Contatos com ácaros e aglomerações em locais fechados aumentam o risco de contaminação; doença também é muito comum no inverno
Quando se pensa em inverno, logo vem à cabeça as doenças respiratórias. Porém, outros males atacam com frequência, como a conjuntivite. O contato com ácaros alojados em roupas de frio e agrupamentos em lugares fechados favorecem a propagação da doença, que também pode ser transmitida pela poluição.
Somente este ano, o Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi) já foi notificado sobre surtos de conjuntivite pelos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, totalizando mais de 184.840 casos.
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana fina que reveste o branco dos olhos e o lado de dentro das pálpebras. Os sinais de alerta da doença são olhos vermelhos, coceira, ardência e lacrimação. Quando os sintomas se manifestam, um oftalmologista deve ser consultado.
Existem três tipos mais comuns de conjuntivite durante o inverno, a alérgica, a viral e a bacteriana. A conjuntivite viral é altamente contagiosa e pode ser transmitida pelo ar ou contato com objetos contaminados. Nesse caso não há remédios específicos recomendados para tratamento, mas, para reduzir o desconforto é importante limpar os olhos com frequência e fazer compressas com água gelada.
A bacteriana é mais delicada e altamente contagiosa quando há contato com secreções contaminadas. Já a alérgica é desencadeada por agentes comuns no dia a dia, como de animais domésticos e poeira domiciliar. O tratamento é feito com colírios anti-inflamatórios à base de Trometamol Cetorolaco ou lubrificantes, também chamados de lágrimas artificiais.
Prevenção
- Lavar as mãos com água e sabão sempre que possível e, principalmente, quando passar por lugares públicos, além de não levar as mãos aos olhos;
- Não compartilhar toalhas, lenços ou maquiagem;
- Manter os ambientes limpos e arejados, mesmo no inverno.
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