Pesquisa aponta que mulheres são 53% dos cientistas no Brasil, mas, segundo a toxicologista industrialMayrla Vasconcelos, elas ainda lutam por igualdade na área
De acordo com uma pesquisa feita pelo Perfil do Cientista Brasileiro, apoiada pela Academia Brasileira de Ciências, as mulheres são maioria entre os cientistas no Brasil, representando 53% do total de profissionais pesquisadores. Mesmo assim, para a toxicologista industrial Mayrla Vasconcelos, ainda há muita desigualdade de gêneros neste meio e enfrentar barreiras enraizadas por uma sociedade patriarcal é o ponto de partida para a conquista da igualdade,
“Sinto que há uma certa aversão ao feminino. Se um homem cientista é fã de futebol e cerveja, está tudo bem; ele precisa se divertir. Ao tempo que, se a mulher gosta de moda e participa de concursos de miss, por exemplo, já não aparenta ter uma cabeça pensante na ciência, pois é muito ‘fútil’. Então, quebrar esse tipo paradigma e romper o preconceito de gênero, para mim, é o primeiro passo”, comenta a pesquisadora, cujo trabalho se baseia na análise dos efeitos de diversas substâncias químicas.
Ela ressalta que, apesar das dificuldades existem inúmeras cientistas que contribuíram e ainda contribuem para o meio científico, como Hedy Lamarr, conhecida como uma inventora do sistema de comunicação baseado em um conceito de “salto de frequência”, além de Marie Curie e Rosalind Franklin.
A toxicologista acredita para que tantas outras obtenham o merecido sucesso é imprescindível oferecer suporte e recursos adequados para as mulheres na ciência e no mercado de trabalho, como programas de mentorias, promoção de um ambiente de trabalho seguro e políticas de licença parental flexíveis. Afinal, a pesquisa do Perfil do Cientista Brasileiro também apontou que a maternidade impactou 39% das profissionais na ciência, contra 16% dos homens – dado que confirma a necessidade de equidade na ciência e na sociedade.
Mayrla destaca que, em um cenário ideal, além da contribuição e disposição do pai, é o mercado de trabalho que deve promover políticas de reinclusão de mães em empresas, faculdades e instituições de pesquisa. “A mulher vai gestar o bebê por nove meses, que já é um esforço físico e traz algumas limitações para ela, principalmente para a que trabalha diretamente em laboratórios químicos com exposição a solventes orgânicos”.
E os desafios relacionados ao gênero se somam a outros que afetam também os homens: poucas bolsas de estudos, falta de verbas para pesquisas, escassez do mercado de trabalho, salários abaixo do ideal e sucateamento da ciência.
Daí a importância das instituições e organizações trabalharem juntas pela representatividade feminina no meio científico e de iniciativas como da ONU (Organização das Nações Unidas) que instituiu, em 2015, a data de 11 de fevereiro como o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência.
Cientistas mulheres já são maioria no Brasil, mas ainda lutam por igualdade
Pesquisa aponta que mulheres são 53% dos cientistas no Brasil, mas, segundo a toxicologista industrial Mayrla Vasconcelos, elas ainda lutam por igualdade na área
De acordo com uma pesquisa feita pelo Perfil do Cientista Brasileiro, apoiada pela Academia Brasileira de Ciências, as mulheres são maioria entre os cientistas no Brasil, representando 53% do total de profissionais pesquisadores. Mesmo assim, para a toxicologista industrial Mayrla Vasconcelos, ainda há muita desigualdade de gêneros neste meio e enfrentar barreiras enraizadas por uma sociedade patriarcal é o ponto de partida para a conquista da igualdade,
“Sinto que há uma certa aversão ao feminino. Se um homem cientista é fã de futebol e cerveja, está tudo bem; ele precisa se divertir. Ao tempo que, se a mulher gosta de moda e participa de concursos de miss, por exemplo, já não aparenta ter uma cabeça pensante na ciência, pois é muito ‘fútil’. Então, quebrar esse tipo paradigma e romper o preconceito de gênero, para mim, é o primeiro passo”, comenta a pesquisadora, cujo trabalho se baseia na análise dos efeitos de diversas substâncias químicas.
Ela ressalta que, apesar das dificuldades existem inúmeras cientistas que contribuíram e ainda contribuem para o meio científico, como Hedy Lamarr, conhecida como uma inventora do sistema de comunicação baseado em um conceito de “salto de frequência”, além de Marie Curie e Rosalind Franklin.
A toxicologista acredita para que tantas outras obtenham o merecido sucesso é imprescindível oferecer suporte e recursos adequados para as mulheres na ciência e no mercado de trabalho, como programas de mentorias, promoção de um ambiente de trabalho seguro e políticas de licença parental flexíveis. Afinal, a pesquisa do Perfil do Cientista Brasileiro também apontou que a maternidade impactou 39% das profissionais na ciência, contra 16% dos homens – dado que confirma a necessidade de equidade na ciência e na sociedade.
Mayrla destaca que, em um cenário ideal, além da contribuição e disposição do pai, é o mercado de trabalho que deve promover políticas de reinclusão de mães em empresas, faculdades e instituições de pesquisa. “A mulher vai gestar o bebê por nove meses, que já é um esforço físico e traz algumas limitações para ela, principalmente para a que trabalha diretamente em laboratórios químicos com exposição a solventes orgânicos”.
E os desafios relacionados ao gênero se somam a outros que afetam também os homens: poucas bolsas de estudos, falta de verbas para pesquisas, escassez do mercado de trabalho, salários abaixo do ideal e sucateamento da ciência.
Daí a importância das instituições e organizações trabalharem juntas pela representatividade feminina no meio científico e de iniciativas como da ONU (Organização das Nações Unidas) que instituiu, em 2015, a data de 11 de fevereiro como o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência.
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