Insônia e apneia lideram as principais buscas por tratamento; problemas relacionados ao sono interferem diretamente na qualidade de vida
Um levantamento feito pela Fiocruz, realizado recentemente, mostrou que 72% dos brasileiros sofrem com distúrbios do sono. Dentre os problemas mais comuns, a insônia lidera o ranking, seguida da apneia do sono. “O sono exerce um papel fundamental na qualidade de vida, e a diminuição ou ausência dele, acarreta, além de diversos danos ao corpo e a mente, no aumento do número de doenças e maior risco de mortalidade”, explica Cintia Felicio Rosa, otorrinolaringologista.
A insônia, conhecida como a manifestação em que há dificuldade em iniciar ou manter o sono, acomete 45% da população. Já a insônia crônica, que ocorre mais de três vezes por semana e por um período maior do que três meses, é percebida em 15% da população, explica a especialista, argumentando que este é um dos problemas mais comuns que leva os pacientes a buscarem tratamento. “A insônia também é, por estatística, mais observada em mulheres, por questões biológicas e sociais. Além das questões hormonais, que as torna mais pré-dispostas à condição, mulheres também costumam acumular mais tarefas durante o dia, além de ansiedade e stress, que são grandes fatores causadores”, complementa.
Já a apneia do sono, condição caracterizada por interrupções repetitivas na respiração durante o ciclo de sono, pode ser mais facilmente observada no público masculino. “Fatores fisiológicos, hormonais e de estilo de vida fazem com que mais homens sejam diagnosticados com apneia”, comenta a médica. Mas os distúrbios do sono não param por aí: casos de sonambulismo, falar dormindo, sonolência excessiva, terror noturno ou despertar confusional também necessitam tratamento para que a qualidade do sono possa ser melhorada. “Observamos que cada distúrbio do sono acomete faixas etárias e gêneros específicos. Contudo, cada caso precisa ser avaliado individualmente para que a causa e o tratamento ideal sejam recomendados”, explica.
A especialista também esclarece que nem todo tratamento necessita ser medicamentoso. “Antes de tudo, as pessoas precisam entender que não é normal não dormir bem. A insônia, por exemplo, pode ser tratada com Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), que são medidas que trabalham psicoeducação, mudanças comportamentais, além da já conhecida higiene do sono. Mas claro, o diagnóstico ainda é necessário para que questões psiquiátricas possam ser descartadas”, destaca Cintia.
Já os distúrbios respiratórios, como a apneia do sono, necessitam avaliação para que seja entendida também a gravidade do problema. “Em alguns casos, além da mudança de estilo de vida, pode ser recomendado o uso de dispositivos que auxiliam na respiração ou até cirurgia para a desobstrução das vias aéreas”, elucida a médica. “Por isso é tão importante que cada caso seja avaliado individualmente, para que o plano de tratamento adequado seja recomendado”, completa.
Distúrbios do sono atingem 72% dos brasileiros, diz estudo da Fiocruz
Insônia e apneia lideram as principais buscas por tratamento; problemas relacionados ao sono interferem diretamente na qualidade de vida
Um levantamento feito pela Fiocruz, realizado recentemente, mostrou que 72% dos brasileiros sofrem com distúrbios do sono. Dentre os problemas mais comuns, a insônia lidera o ranking, seguida da apneia do sono. “O sono exerce um papel fundamental na qualidade de vida, e a diminuição ou ausência dele, acarreta, além de diversos danos ao corpo e a mente, no aumento do número de doenças e maior risco de mortalidade”, explica Cintia Felicio Rosa, otorrinolaringologista.
A insônia, conhecida como a manifestação em que há dificuldade em iniciar ou manter o sono, acomete 45% da população. Já a insônia crônica, que ocorre mais de três vezes por semana e por um período maior do que três meses, é percebida em 15% da população, explica a especialista, argumentando que este é um dos problemas mais comuns que leva os pacientes a buscarem tratamento. “A insônia também é, por estatística, mais observada em mulheres, por questões biológicas e sociais. Além das questões hormonais, que as torna mais pré-dispostas à condição, mulheres também costumam acumular mais tarefas durante o dia, além de ansiedade e stress, que são grandes fatores causadores”, complementa.
Já a apneia do sono, condição caracterizada por interrupções repetitivas na respiração durante o ciclo de sono, pode ser mais facilmente observada no público masculino. “Fatores fisiológicos, hormonais e de estilo de vida fazem com que mais homens sejam diagnosticados com apneia”, comenta a médica. Mas os distúrbios do sono não param por aí: casos de sonambulismo, falar dormindo, sonolência excessiva, terror noturno ou despertar confusional também necessitam tratamento para que a qualidade do sono possa ser melhorada. “Observamos que cada distúrbio do sono acomete faixas etárias e gêneros específicos. Contudo, cada caso precisa ser avaliado individualmente para que a causa e o tratamento ideal sejam recomendados”, explica.
A especialista também esclarece que nem todo tratamento necessita ser medicamentoso. “Antes de tudo, as pessoas precisam entender que não é normal não dormir bem. A insônia, por exemplo, pode ser tratada com Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), que são medidas que trabalham psicoeducação, mudanças comportamentais, além da já conhecida higiene do sono. Mas claro, o diagnóstico ainda é necessário para que questões psiquiátricas possam ser descartadas”, destaca Cintia.
Já os distúrbios respiratórios, como a apneia do sono, necessitam avaliação para que seja entendida também a gravidade do problema. “Em alguns casos, além da mudança de estilo de vida, pode ser recomendado o uso de dispositivos que auxiliam na respiração ou até cirurgia para a desobstrução das vias aéreas”, elucida a médica. “Por isso é tão importante que cada caso seja avaliado individualmente, para que o plano de tratamento adequado seja recomendado”, completa.
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