A tecnologia evoluiu de forma tão rápida que acabou chegando a níveis perigosos, afirma o PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela
Os celulares já fazem parte da rotina de uma forma irreversível: de acordo com a União Internacional das Telecomunicações, 78% da população mundial com 10 anos ou mais tinha um celular em 2023.
Esse alto índice dos celulares, especialmente entre jovens, chamou a atenção para os impactos no aprendizado, fazendo surgir medidas em diversos países que limitam o uso dos aparelhos. Aqui no Brasil, o momento é de discutir se precisa proibir o celular na escola ou, pelo menos, limitar.
Mocinho ou vilão?
Segundo o PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que há vários anos já alerta para problemas relacionados ao uso de celulares, o excesso afeta o foco e concentração.
“O uso excessivo de celulares por crianças e adolescentes afeta áreas do cérebro como o córtex pré-frontal, responsável por manter a atenção, e o hipocampo, ligado à memória. Com tantos estímulos rápidos, como redes sociais e jogos, fica mais difícil se concentrar em atividades que exigem mais tempo e atenção, desregulando o sistema de recompensa do cérebro, o que pode prejudicar a capacidade de concentração”, explica.
O Brasil vai proibir celular na escola?
Recentemente, foi divulgado que o Ministério da Educação (MEC) está concluindo os ajustes finais para apresentar um projeto de lei que busca proibir celular na escola em todo o país.
De acordo com a pasta, a medida dará respaldo legal para estados e municípios que já vinham debatendo a proibição. No entanto, a data exata do anúncio ainda não foi definida e não há mais detalhes sobre a medida.
Limitar o uso seria suficiente?
O Dr. Fabiano de Abreu Agrela defende que a simples limitação do uso de celulares não é eficaz, nem capaz de sozinha reverter esses efeitos negativos. “Apesar de limitar o uso de celulares em escolas já ser um passo importante para melhorar o desempenho e o aprendizado dos alunos, não é o suficiente, pois é difícil manter esse controle e não há garantias de que o período de ‘pausa’ irá compensar o período de uso do aparelho”.
Por outro lado, ele afirma que, além de proibir, é importante ensinar a usar os celulares com sabedoria, já que não dá para voltar atrás. “Eles já fazem parte da nossa rotina de uma forma irreversível. Por isso, é preciso incluir a educação digital nas escolas e ensinar as crianças a usarem bem a tecnologia, mas também os pais a controlarem e mediarem esse uso”, alerta.
Em meio a debates, neurocientista opina sobre proibir celular na escola
A tecnologia evoluiu de forma tão rápida que acabou chegando a níveis perigosos, afirma o PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela
Os celulares já fazem parte da rotina de uma forma irreversível: de acordo com a União Internacional das Telecomunicações, 78% da população mundial com 10 anos ou mais tinha um celular em 2023.
Esse alto índice dos celulares, especialmente entre jovens, chamou a atenção para os impactos no aprendizado, fazendo surgir medidas em diversos países que limitam o uso dos aparelhos. Aqui no Brasil, o momento é de discutir se precisa proibir o celular na escola ou, pelo menos, limitar.
Mocinho ou vilão?
Segundo o PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que há vários anos já alerta para problemas relacionados ao uso de celulares, o excesso afeta o foco e concentração.
“O uso excessivo de celulares por crianças e adolescentes afeta áreas do cérebro como o córtex pré-frontal, responsável por manter a atenção, e o hipocampo, ligado à memória. Com tantos estímulos rápidos, como redes sociais e jogos, fica mais difícil se concentrar em atividades que exigem mais tempo e atenção, desregulando o sistema de recompensa do cérebro, o que pode prejudicar a capacidade de concentração”, explica.
O Brasil vai proibir celular na escola?
Recentemente, foi divulgado que o Ministério da Educação (MEC) está concluindo os ajustes finais para apresentar um projeto de lei que busca proibir celular na escola em todo o país.
De acordo com a pasta, a medida dará respaldo legal para estados e municípios que já vinham debatendo a proibição. No entanto, a data exata do anúncio ainda não foi definida e não há mais detalhes sobre a medida.
Limitar o uso seria suficiente?
O Dr. Fabiano de Abreu Agrela defende que a simples limitação do uso de celulares não é eficaz, nem capaz de sozinha reverter esses efeitos negativos. “Apesar de limitar o uso de celulares em escolas já ser um passo importante para melhorar o desempenho e o aprendizado dos alunos, não é o suficiente, pois é difícil manter esse controle e não há garantias de que o período de ‘pausa’ irá compensar o período de uso do aparelho”.
Por outro lado, ele afirma que, além de proibir, é importante ensinar a usar os celulares com sabedoria, já que não dá para voltar atrás. “Eles já fazem parte da nossa rotina de uma forma irreversível. Por isso, é preciso incluir a educação digital nas escolas e ensinar as crianças a usarem bem a tecnologia, mas também os pais a controlarem e mediarem esse uso”, alerta.
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