Recursos naturais, talentos e urgência climática podem destacar o país em 2025, colocando-o à frente da tão necessária transição energética
Apagões elétricos, queimadas fora do controle, chuvas intensas, mudanças regulatórias, conflitos geopolíticos e avanços tecnológicos: o ano de 2024 foi marcado por fatos que conduziram transformações e debates relevantes ao setor energético global, dos quais o Brasil não ficou alheio.
Segundo Luiz Mandarino, especialista no setor energético e de inovação, e COO do Energy Hub, o panorama brasileiro é desafiador, mas, ainda assim, positivo. “Especialmente quando consideramos a aplicação de energias renováveis, avanço dos biocombustíveis e novas iniciativas de fomento a startups”.
Impacto global
Mandarino afirma que nos quase três anos da guerra entre Rússia e Ucrânia (que teve início em fevereiro de 2022), é notável o impacto devastador no mercado global de energia, elevando os preços e expondo a vulnerabilidade da dependência de combustíveis fósseis.
“A insegurança energética fez com que países europeus, buscando mitigar os riscos, acelerassem os investimentos em energias renováveis, provocando uma reestruturação do comércio energético internacional, que obviamente refletiu no Brasil”.
Dentre os impactos referidos, ele lista o aumento nos preços dos combustíveis fósseis e a necessidade de aceleração da transição energética no nosso país, uma vez que possuimos matriz energética diversificada, ganhando destaque no fornecimento de biocombustíveis, como etanol e biometano.
O COO ainda afirma que a reestruturação do comércio energético internacional gerou oportunidades para o Brasil expandir sua presença no mercado internacional, como no fornecimento de etanol, biodiesel e, mais recentemente, hidrogênio verde. “Dinâmica que posicionou o país como um player estratégico na descarbonização global”, afirma.
Panorama verde e amarelo
No Brasil, o setor energético viveu um ano de grandes progressos. A expansão de 9,1 GW na matriz elétrica centralizada em 2024 reforçou o papel das energias renováveis na matriz energética do país.
Além disso, a aprovação da Lei dos Combustíveis do Futuro, que incentiva o uso de alternativas como o biometano e o diesel verde, representa um avanço significativo rumo à descarbonização. “Iniciativas como a regulamentação da Energia Eólica Offshore abriram portas para novos investimentos e posicionaram o Brasil como protagonista na transição energética”.
O objetivo é explorar até 700GW de geração eólica no mar, impulsionando a industrialização e o fortalecimento da economia nacional.
Mandarino cita que produtos como o etanol, biodiesel e biometano têm se assumido o papel de rotas estratégicas para realizar a transição dos combustíveis fósseis no transporte terrestre, aéreo e marítimo.
O Brasil, um dos líderes mundiais na produção de etanol, registrou aumentos expressivos na exportação do produto, especialmente para países em busca de soluções sustentáveis. Essa expansão foi alavancada por políticas que incentivaram a diversificação da matriz energética e criaram um ambiente favorável para o mercado.
Fontes energéticas em transição
A regulamentação do Hidrogênio Verde foi outro marco histórico de 2024, segundo o especialista. “O hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis como biomassa, biogás e eletrólise de fontes renováveis desponta como a próxima grande oportunidade na descarbonização industrial e do setor de transportes”.
Outro aspecto foi a aprovação do Mercado Regulado de Carbono, no qual empresas que emitem mais de 10 mil toneladas de CO₂ por ano devem monitorar e compensar suas emissões, visando a uma transição para uma economia de baixo carbono até 2030.
De acordo com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica), os investimentos no setor já superaram R$ 200 bilhões, especialmente para os sistemas de geração distribuída. Mandarino afirma que o setor de energia solar nacional tem se consolidado como uma das principais alternativas para a transição energética e a redução de emissões de carbono.
O futuro da transição energética
Para 2025, Mandarino afirma que a expectativa é de uma aceleração ainda maior na adoção dos biocombustíveis, impulsionada por investimentos em infraestrutura e pelo crescente interesse global em energia limpa.
Ele cita que o Brasil tem recursos e talentos para consolidar sua posição como um dos maiores exportadores de soluções energéticas sustentáveis, mas que “é necessário investir em inovação, alinhado às demandas de mercado, para de forma estruturada, contribuir para o aumento da densidade e maturidade das iniciativas, contratando startups para resolverem problemas críticos como a descarbonização, a digitalização e a descentralização da energia”.
Brasil tem potencial para liderar transição energética global, avalia especialista
Recursos naturais, talentos e urgência climática podem destacar o país em 2025, colocando-o à frente da tão necessária transição energética
Apagões elétricos, queimadas fora do controle, chuvas intensas, mudanças regulatórias, conflitos geopolíticos e avanços tecnológicos: o ano de 2024 foi marcado por fatos que conduziram transformações e debates relevantes ao setor energético global, dos quais o Brasil não ficou alheio.
Segundo Luiz Mandarino, especialista no setor energético e de inovação, e COO do Energy Hub, o panorama brasileiro é desafiador, mas, ainda assim, positivo. “Especialmente quando consideramos a aplicação de energias renováveis, avanço dos biocombustíveis e novas iniciativas de fomento a startups”.
Impacto global
Mandarino afirma que nos quase três anos da guerra entre Rússia e Ucrânia (que teve início em fevereiro de 2022), é notável o impacto devastador no mercado global de energia, elevando os preços e expondo a vulnerabilidade da dependência de combustíveis fósseis.
“A insegurança energética fez com que países europeus, buscando mitigar os riscos, acelerassem os investimentos em energias renováveis, provocando uma reestruturação do comércio energético internacional, que obviamente refletiu no Brasil”.
Dentre os impactos referidos, ele lista o aumento nos preços dos combustíveis fósseis e a necessidade de aceleração da transição energética no nosso país, uma vez que possuimos matriz energética diversificada, ganhando destaque no fornecimento de biocombustíveis, como etanol e biometano.
O COO ainda afirma que a reestruturação do comércio energético internacional gerou oportunidades para o Brasil expandir sua presença no mercado internacional, como no fornecimento de etanol, biodiesel e, mais recentemente, hidrogênio verde. “Dinâmica que posicionou o país como um player estratégico na descarbonização global”, afirma.
Panorama verde e amarelo
No Brasil, o setor energético viveu um ano de grandes progressos. A expansão de 9,1 GW na matriz elétrica centralizada em 2024 reforçou o papel das energias renováveis na matriz energética do país.
Além disso, a aprovação da Lei dos Combustíveis do Futuro, que incentiva o uso de alternativas como o biometano e o diesel verde, representa um avanço significativo rumo à descarbonização. “Iniciativas como a regulamentação da Energia Eólica Offshore abriram portas para novos investimentos e posicionaram o Brasil como protagonista na transição energética”.
O objetivo é explorar até 700GW de geração eólica no mar, impulsionando a industrialização e o fortalecimento da economia nacional.
Mandarino cita que produtos como o etanol, biodiesel e biometano têm se assumido o papel de rotas estratégicas para realizar a transição dos combustíveis fósseis no transporte terrestre, aéreo e marítimo.
O Brasil, um dos líderes mundiais na produção de etanol, registrou aumentos expressivos na exportação do produto, especialmente para países em busca de soluções sustentáveis. Essa expansão foi alavancada por políticas que incentivaram a diversificação da matriz energética e criaram um ambiente favorável para o mercado.
Fontes energéticas em transição
A regulamentação do Hidrogênio Verde foi outro marco histórico de 2024, segundo o especialista. “O hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis como biomassa, biogás e eletrólise de fontes renováveis desponta como a próxima grande oportunidade na descarbonização industrial e do setor de transportes”.
Outro aspecto foi a aprovação do Mercado Regulado de Carbono, no qual empresas que emitem mais de 10 mil toneladas de CO₂ por ano devem monitorar e compensar suas emissões, visando a uma transição para uma economia de baixo carbono até 2030.
De acordo com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica), os investimentos no setor já superaram R$ 200 bilhões, especialmente para os sistemas de geração distribuída. Mandarino afirma que o setor de energia solar nacional tem se consolidado como uma das principais alternativas para a transição energética e a redução de emissões de carbono.
O futuro da transição energética
Para 2025, Mandarino afirma que a expectativa é de uma aceleração ainda maior na adoção dos biocombustíveis, impulsionada por investimentos em infraestrutura e pelo crescente interesse global em energia limpa.
Ele cita que o Brasil tem recursos e talentos para consolidar sua posição como um dos maiores exportadores de soluções energéticas sustentáveis, mas que “é necessário investir em inovação, alinhado às demandas de mercado, para de forma estruturada, contribuir para o aumento da densidade e maturidade das iniciativas, contratando startups para resolverem problemas críticos como a descarbonização, a digitalização e a descentralização da energia”.
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