Nesse artigo, o gestor educacional Rodrigo Valentim Fialho discute o novo modelo de ensino prático para o Ensino Superior
Por Rodrigo Valentim Fialho*
A Educação Superior vive um momento de transformação urgente. A Geração Z, formada por jovens nascidos a partir de meados dos anos 90, exige não apenas conhecimento teórico, mas experiências práticas que conectem o aprendizado ao mercado de trabalho. Essa geração, marcada pela ansiedade por resultados rápidos e pela busca por propósito, desafia as instituições de ensino a repensarem seus modelos tradicionais.
Na Harven Agribusiness School, temos observado de perto essa demanda. Como gestor educacional, percebo que o Ensino Superior precisa acelerar o ritmo de inovação para acompanhar as expectativas dos jovens.
A crescente evasão em cursos tradicionais, especialmente no EAD (ensino a distância), é um sinal claro de que os alunos buscam mais que aulas expositivas. Dados do INEP mostram que a taxa de evasão em cursos EAD pode chegar a 50%, enquanto nos presenciais gira em torno de 30%. A falta de um ensino prático e de conexão com o mercado é apontada como uma das causas importantes desse cenário.
Historicamente, a evolução do número de formandos em cursos presenciais também revela uma tendência preocupante. Muitos alunos iniciam a jornada acadêmica, mas não concluem o curso. Segundo o Censo da Educação Superior, apenas 60% dos ingressantes em cursos presenciais se formam dentro do tempo previsto.
Esse dado reforça a necessidade de um ensino que vá além da teoria, oferecendo vivências reais que engajem e preparem os estudantes para os desafios do mercado. Na Harven, temos respondido a essa urgência com um modelo de ensino aplicado, que integra teoria e prática desde o primeiro contato do aluno com a instituição.
E se o vestibular fosse mais que uma prova?
Recentemente, inovamos no processo seletivo ao incluir no vestibular tradicional uma etapa com a experiência de um Design Thinking. Os candidatos foram desafiados a estudar um caso real sobre as queimadas no agronegócio e propor soluções em grupo. Essa dinâmica não apenas avaliou habilidades técnicas, como permitiu que os jovens vivenciassem o modelo de sala de aula invertida e colaborativa que adotamos em nossos cursos.
O resultado foi surpreendente. A taxa de conversão de inscritos para matriculados saltou mais de 25%, um indicativo claro de que a experiência prática aproxima os candidatos da proposta pedagógica.
Além disso, a atividade permitiu que os alunos demonstrassem habilidades socioemocionais, como colaboração e resolução de problemas, competências essenciais para o mercado de trabalho atual.
Essa abordagem reflete a proposição de que o Ensino Superior deve ser um espaço de experimentação e conexão com o mundo real. Apresentar aos alunos as melhores práticas desenvolvidas no agronegócio, no mundo jurídico, preparando-os para os desafios das carreiras, tem se mostrado um caminho importante. Parcerias com empresas e a imersão em desafios reais do mercado garantem que os alunos saiam da faculdade não apenas com um diploma, mas com a capacidade de vivenciar, refletir e transformar o setor. Como diz Howard Gardner, psicólogo e criador da Teoria das Inteligências Múltiplas:
“A Educação deve ser uma ponte entre a teoria e a prática. Sem a aplicação do conhecimento, o aprendizado permanece abstrato e distante da realidade do aluno”.
Acredito que a experiência prática é a chave para conectar o aprendizado à vida real. Nosso modelo de ensino na Harven, aplicado no agronegócio e no ambiente jurídico (com o nosso curso de Direito), é um exemplo de como podemos transformar essa visão em realidade.
Parceiras no aprendizado teórico, desafios no ensino prático
Um outro ingrediente importante que potencializa essa discussão é a ascensão de ferramentas de inteligência artificial, como ChatGPT e DeepSeek, que tem revolucionado a forma como os estudantes acessam e processam informações.
Essas tecnologias são aliadas poderosas no aprendizado teórico, capazes de organizar dados, sugerir referências e até mesmo auxiliar na produção textual. No entanto, seu uso traz um desafio crucial: como garantir que os alunos não apenas consumam informações, mas também desenvolvam seu próprio raciocínio e pensamento crítico?
Aqui entra o papel fundamental das instituições de Ensino Superior. Enquanto as IAs potencializam o acesso ao conhecimento teórico, cabe às escolas e às universidades oferecerem um ensino prático que complementem e aprofundem esse aprendizado. Entendo que a tecnologia não substitui a necessidade de vivências reais, mas pode ser uma ferramenta valiosa quando usada de forma consciente.
O papel do professor
Rodrigo Valentim Fialho
O educador, nesse contexto, assume um novo papel: o de facilitador e mentor. Ele guia os alunos no uso adequado dessas ferramentas, lembrando-os que a construção do conhecimento ainda depende do esforço cognitivo individual.
O DeepSeek, por exemplo, que tenho me dedicado a compreender nesses últimos dias, após o lançamento de sua versão mais contundente nesse mês, o Deep Think R1, pode ser um parceiro na organização de dados e na estruturação de textos. Contudo, a análise crítica, a criatividade e a aplicação prática desse conhecimento devem ser desenvolvidas pelo aluno.
Essa abordagem prepara os jovens para um mercado de trabalho cada vez mais tecnológico e os ensina a usar as IAs de forma ética e estratégica. Afinal, o futuro pertence àqueles que sabem equilibrar a eficiência das máquinas com a capacidade humana de pensar, criar, inovar, ser empático.
A Geração Z pede por uma educação prática que faça sentido, que entregue resultados tangíveis e que acelere seu desenvolvimento profissional. Cabe a nós, educadores, responder a essa demanda com modelos inovadores que combinem teoria, prática e propósito. A experiência da Harven mostra que, quando o aluno vivencia o que estuda, ele se engaja, se forma e se transforma em um profissional preparado para os desafios do futuro.
A educação do amanhã já começou. E ela é prática, colaborativa e conectada com o mercado.
* Rodrigo Valentim Fialho é diretor Comercial e de Marketing da Harven Agribusiness School e gestor educacional há 15 anos.
A emergência do ensino prático para atender às demandas da Geração Z
Nesse artigo, o gestor educacional Rodrigo Valentim Fialho discute o novo modelo de ensino prático para o Ensino Superior
Por Rodrigo Valentim Fialho*
A Educação Superior vive um momento de transformação urgente. A Geração Z, formada por jovens nascidos a partir de meados dos anos 90, exige não apenas conhecimento teórico, mas experiências práticas que conectem o aprendizado ao mercado de trabalho. Essa geração, marcada pela ansiedade por resultados rápidos e pela busca por propósito, desafia as instituições de ensino a repensarem seus modelos tradicionais.
Na Harven Agribusiness School, temos observado de perto essa demanda. Como gestor educacional, percebo que o Ensino Superior precisa acelerar o ritmo de inovação para acompanhar as expectativas dos jovens.
A crescente evasão em cursos tradicionais, especialmente no EAD (ensino a distância), é um sinal claro de que os alunos buscam mais que aulas expositivas. Dados do INEP mostram que a taxa de evasão em cursos EAD pode chegar a 50%, enquanto nos presenciais gira em torno de 30%. A falta de um ensino prático e de conexão com o mercado é apontada como uma das causas importantes desse cenário.
Historicamente, a evolução do número de formandos em cursos presenciais também revela uma tendência preocupante. Muitos alunos iniciam a jornada acadêmica, mas não concluem o curso. Segundo o Censo da Educação Superior, apenas 60% dos ingressantes em cursos presenciais se formam dentro do tempo previsto.
Esse dado reforça a necessidade de um ensino que vá além da teoria, oferecendo vivências reais que engajem e preparem os estudantes para os desafios do mercado. Na Harven, temos respondido a essa urgência com um modelo de ensino aplicado, que integra teoria e prática desde o primeiro contato do aluno com a instituição.
E se o vestibular fosse mais que uma prova?
Recentemente, inovamos no processo seletivo ao incluir no vestibular tradicional uma etapa com a experiência de um Design Thinking. Os candidatos foram desafiados a estudar um caso real sobre as queimadas no agronegócio e propor soluções em grupo. Essa dinâmica não apenas avaliou habilidades técnicas, como permitiu que os jovens vivenciassem o modelo de sala de aula invertida e colaborativa que adotamos em nossos cursos.
O resultado foi surpreendente. A taxa de conversão de inscritos para matriculados saltou mais de 25%, um indicativo claro de que a experiência prática aproxima os candidatos da proposta pedagógica.
Além disso, a atividade permitiu que os alunos demonstrassem habilidades socioemocionais, como colaboração e resolução de problemas, competências essenciais para o mercado de trabalho atual.
Essa abordagem reflete a proposição de que o Ensino Superior deve ser um espaço de experimentação e conexão com o mundo real. Apresentar aos alunos as melhores práticas desenvolvidas no agronegócio, no mundo jurídico, preparando-os para os desafios das carreiras, tem se mostrado um caminho importante. Parcerias com empresas e a imersão em desafios reais do mercado garantem que os alunos saiam da faculdade não apenas com um diploma, mas com a capacidade de vivenciar, refletir e transformar o setor. Como diz Howard Gardner, psicólogo e criador da Teoria das Inteligências Múltiplas:
Acredito que a experiência prática é a chave para conectar o aprendizado à vida real. Nosso modelo de ensino na Harven, aplicado no agronegócio e no ambiente jurídico (com o nosso curso de Direito), é um exemplo de como podemos transformar essa visão em realidade.
Parceiras no aprendizado teórico, desafios no ensino prático
Um outro ingrediente importante que potencializa essa discussão é a ascensão de ferramentas de inteligência artificial, como ChatGPT e DeepSeek, que tem revolucionado a forma como os estudantes acessam e processam informações.
Essas tecnologias são aliadas poderosas no aprendizado teórico, capazes de organizar dados, sugerir referências e até mesmo auxiliar na produção textual. No entanto, seu uso traz um desafio crucial: como garantir que os alunos não apenas consumam informações, mas também desenvolvam seu próprio raciocínio e pensamento crítico?
Aqui entra o papel fundamental das instituições de Ensino Superior. Enquanto as IAs potencializam o acesso ao conhecimento teórico, cabe às escolas e às universidades oferecerem um ensino prático que complementem e aprofundem esse aprendizado. Entendo que a tecnologia não substitui a necessidade de vivências reais, mas pode ser uma ferramenta valiosa quando usada de forma consciente.
O papel do professor
O educador, nesse contexto, assume um novo papel: o de facilitador e mentor. Ele guia os alunos no uso adequado dessas ferramentas, lembrando-os que a construção do conhecimento ainda depende do esforço cognitivo individual.
O DeepSeek, por exemplo, que tenho me dedicado a compreender nesses últimos dias, após o lançamento de sua versão mais contundente nesse mês, o Deep Think R1, pode ser um parceiro na organização de dados e na estruturação de textos. Contudo, a análise crítica, a criatividade e a aplicação prática desse conhecimento devem ser desenvolvidas pelo aluno.
Essa abordagem prepara os jovens para um mercado de trabalho cada vez mais tecnológico e os ensina a usar as IAs de forma ética e estratégica. Afinal, o futuro pertence àqueles que sabem equilibrar a eficiência das máquinas com a capacidade humana de pensar, criar, inovar, ser empático.
A Geração Z pede por uma educação prática que faça sentido, que entregue resultados tangíveis e que acelere seu desenvolvimento profissional. Cabe a nós, educadores, responder a essa demanda com modelos inovadores que combinem teoria, prática e propósito. A experiência da Harven mostra que, quando o aluno vivencia o que estuda, ele se engaja, se forma e se transforma em um profissional preparado para os desafios do futuro.
A educação do amanhã já começou. E ela é prática, colaborativa e conectada com o mercado.
* Rodrigo Valentim Fialho é diretor Comercial e de Marketing da Harven Agribusiness School e gestor educacional há 15 anos.
Leia também
Faculdade do Comércio oferece pós a quem se matricular em graduação
O ingresso à FAC, que tem polo na Acirp, é feito via …
Alunos da região de Ribeirão Preto terão apoio de IA para melhorar redação
Novidade está em teste desde o final do ano letivo anterior; em …
Projeto “Era Uma Vez… Brasil” lança nova edição em Ribeirão Preto
Iniciativa levará estudantes e professores brasileiros da rede pública de ensino para …
Ribeirão Preto é ouro em selo nacional de alfabetização 2024
A cidade recebeu a categoria Ouro do Selo Nacional “Compromisso com a …