A charmosa capital da Eslovênia é um destino em que o design, a história e a arte se fundem em pura inspiração
Por Maura Robusti*
Quando a arquitetura é tocada pela natureza, o tempo se encarrega de transformar ruínas em beleza. Depois do terremoto de 1895, que danificou mais de 500 prédios e levou quase 1 mil à demolição, Liubliana, a capital da Eslovênia, renasceu.
A reconstrução trouxe a modernidade da Art Nouveau com o traço inventivo de arquitetos como Maks Fabiani e Ciril Koch. Com eles, surgiu uma nova alma urbana, feita de linhas limpas, padrões geométricos e detalhes delicadamente decorativos.
Hoje, Liubliana é uma capital de menos de 300 mil habitantes, mas com uma força criativa difícil de medir. Sua arquitetura mistura o barroco, o contemporâneo e até o aço, material que ergue a única mesquita da Eslovênia, um projeto monumental e símbolo de fé e convivência.
Há uma tradição que atravessa os séculos. Os tijolos vermelhos herdados dos tempos romanos permanecem como testemunhas da história e dão aos prédios um ar de permanência. Ao mesmo tempo, a arquitetura contemporânea segue em busca de harmonia, integrando paisagem e propósito, tradição e modernidade.
O design esloveno reflete esse mesmo espírito, sustentável, ousado e essencialmente humano. Não se pauta apenas pela estética, mas pela função, pela emoção e pelo desejo de melhorar o cotidiano.
A cidade respira arte e design. Não por acaso é o berço da 1ª Bienal de Design da Europa, criada em 1963, testemunha de um percurso criativo que vai da tradição ao futuro.
É também palco de uma das expressões mais intensas da arte contemporânea europeia. Metelkova é um conjunto de sete prédios que um dia foram quartéis militares e que, desde os anos 1990, abrigam uma das zonas artísticas mais vibrantes do continente.
As paredes estão cobertas de murais, esculturas e mosaicos. As janelas se abrem para um mundo livre, plural e criativo. Metelkova pulsa, é resistência e poesia; é o lugar onde a arte se levanta contra o silêncio, onde o passado se dissolve em cor, som e expressão.
O espaço se tornou símbolo de aceitação, vanguarda e liberdade, inspirando gerações que compreendem que o design e a arte não estão apenas nos objetos, mas nas ideias que transformam a vida.
A designer Nika Zupanc é o reflexo mais nítido desse espírito. Seus móveis emocionam e comunicam um universo próprio, poético, feminino, delicado e forte ao mesmo tempo. Cada peça é feita para a vida, não apenas para o instante.
Maura Robusti | Crédito: Érico Andrade
Liubliana é um cenário que inspira, conecta e acolhe. Vibrante, charmosa, romântica. Uma cidade que não se impõe, convida. E, em cada esquina, há um lembrete de que a arte é o que nos faz permanecer.
Neverjetna Slovenija! (“Incrível Eslovênia!”)
* Maura Robusti é diretora do Mundo Robusti, um dos maiores do segmento de móveis e decoração do interior do estado de São Paulo.
Liubliana: onde a arte respira com a cidade
A charmosa capital da Eslovênia é um destino em que o design, a história e a arte se fundem em pura inspiração
Por Maura Robusti*
Quando a arquitetura é tocada pela natureza, o tempo se encarrega de transformar ruínas em beleza. Depois do terremoto de 1895, que danificou mais de 500 prédios e levou quase 1 mil à demolição, Liubliana, a capital da Eslovênia, renasceu.
A reconstrução trouxe a modernidade da Art Nouveau com o traço inventivo de arquitetos como Maks Fabiani e Ciril Koch. Com eles, surgiu uma nova alma urbana, feita de linhas limpas, padrões geométricos e detalhes delicadamente decorativos.
Hoje, Liubliana é uma capital de menos de 300 mil habitantes, mas com uma força criativa difícil de medir. Sua arquitetura mistura o barroco, o contemporâneo e até o aço, material que ergue a única mesquita da Eslovênia, um projeto monumental e símbolo de fé e convivência.
Há uma tradição que atravessa os séculos. Os tijolos vermelhos herdados dos tempos romanos permanecem como testemunhas da história e dão aos prédios um ar de permanência. Ao mesmo tempo, a arquitetura contemporânea segue em busca de harmonia, integrando paisagem e propósito, tradição e modernidade.
O design esloveno reflete esse mesmo espírito, sustentável, ousado e essencialmente humano. Não se pauta apenas pela estética, mas pela função, pela emoção e pelo desejo de melhorar o cotidiano.
A cidade respira arte e design. Não por acaso é o berço da 1ª Bienal de Design da Europa, criada em 1963, testemunha de um percurso criativo que vai da tradição ao futuro.
É também palco de uma das expressões mais intensas da arte contemporânea europeia. Metelkova é um conjunto de sete prédios que um dia foram quartéis militares e que, desde os anos 1990, abrigam uma das zonas artísticas mais vibrantes do continente.
As paredes estão cobertas de murais, esculturas e mosaicos. As janelas se abrem para um mundo livre, plural e criativo. Metelkova pulsa, é resistência e poesia; é o lugar onde a arte se levanta contra o silêncio, onde o passado se dissolve em cor, som e expressão.
O espaço se tornou símbolo de aceitação, vanguarda e liberdade, inspirando gerações que compreendem que o design e a arte não estão apenas nos objetos, mas nas ideias que transformam a vida.
A designer Nika Zupanc é o reflexo mais nítido desse espírito. Seus móveis emocionam e comunicam um universo próprio, poético, feminino, delicado e forte ao mesmo tempo. Cada peça é feita para a vida, não apenas para o instante.
Liubliana é um cenário que inspira, conecta e acolhe. Vibrante, charmosa, romântica. Uma cidade que não se impõe, convida. E, em cada esquina, há um lembrete de que a arte é o que nos faz permanecer.
Neverjetna Slovenija! (“Incrível Eslovênia!”)
* Maura Robusti é diretora do Mundo Robusti, um dos maiores do segmento de móveis e decoração do interior do estado de São Paulo.
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