À frente do Grupo Santa Clara há quase 15 anos, Talita Cury é uma das 40 mulheres convidadas a fazer parte do grupo de líderes que discutirá pautas e eventos sobre o agronegócio no Brasil
A 28ª edição da Agrishow, realizada na última semana, em Ribeirão Preto, apresentou uma importante novidade: o lançamento do Forbes MulherAgro, lançado durante a feira. A Forbes Brasil convidou 40 mulheres líderes no agronegócio de todo o país para ter encontros periódicos e discutir assuntos do setor, além, é claro, de inspirar outras mulheres.
Isso porque pesquisa recente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostra que cresceu em 109% o número de mulheres na gestão do agronegócio. Além disso, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas), 34% dos cargos gerenciados no agronegócio no Brasil são ocupados por mulheres. E, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 947 mil mulheres estão no comando de propriedades no Brasil.
“Esses dados são muito relevantes e trazem um embasamento sobre este crescimento. A Forbes entendeu que este grupo seria uma forma de promover a inclusão e diversidade, já que ainda é um setor muito masculinizado. E a formação do FMA se torna fundamental para fomentar essa necessidade latente, além de ter um encontro de gerações”, destaca Talita Cury.
“Fiquei muito honrada com este convite porque sou uma das únicas, senão a única, representante da indústria de fertilizantes e biológicos. Muitas vezes, quando falam em mulher no agro, só tratam das agropecuaristas, mas, na verdade, precisamos pensar em toda a cadeia e incluir as mulheres que atuam em outras áreas, como por exemplo na pesquisa e na indústria. Então, eu acabo representando mulheres dessas outras partes da cadeia, além de ser representante da nova geração, tenho 38 anos e sou uma das mais novas do grupo. Além disso, temos um papel importante de desconstrução da imagem de que precisamos ser uma mulher masculinizada para sermos respeitadas e consideradas competentes em nosso setor, que a predominância dos homens ainda é uma realidade, especialmente em posições de cargos e liderança.”
Talita Cury
Ainda segundo Talita, a visibilidade da Forbes Brasil também é fundamental, “porque é uma revista conceituada e apolítica e, neste cenário tão desafiador que é a política no Brasil, é importante desmistificar esta questão. Nós profissionais do agronegócio estamos a favor do desenvolvimento do Brasil, na geração de renda e empregos, assim como no crescimento econômico brasileiro como um todo”, diz.
Próximos passos
O grupo, agora, se prepara para os primeiros encontros e discussões de temas e agendas. Durante o lançamento, Antonio Camarotti, CEO da Forbes Brasil, explicou a ideia da formação do grupo e destacou: “Trouxe a Forbes para o Brasil há 11 anos e venho tentando entender quais as necessidades dos nossos leitores. O Agro, que puxa a economia do país, tinha que ter uma presença importante dentro disso, e as mulheres também”, resumiu. “Não estamos aqui a passeio. O grupo existe para discutir o setor e os rumos do setor. Proximidade é poder”, complementou Helen Jacintho, presidente do FMA.
“O que posso adiantar é: vamos discutir assuntos relevantes sobre o setor e promover ações e eventos para fomentar o espaço da mulher, da diversidade, da sustentabilidade, de governança, ou seja, do ESG como um todo no agronegócio”, antecipa Talita, que, ao lado das agropecuaristas Carmen Perez e Beatriz Biagi Becker, formam o time de ribeirão-pretanas do grupo. “Das 40 mulheres líderes selecionadas, três são da nossa cidade. Com certeza podemos trazer mais eventos, participação e gerar mais economia para Ribeirão Preto e região”, garante.
Inclusão no dia a dia
Talita está à frente do Grupo Santa Clara, formado atualmente pelas empresas SANTA CLARA AGROCIÊNCIA, indústria de fertilizantes especiais, HYDROMOL, indústria voltada para a terceirização de produtos e serviços e CCA AGROINDUSTRIAL, indústria de biológicos, que juntas se tornaram uma das maiores no segmento de nutrição e proteção vegetal com atuação em mais de 30 países, contribuindo para o ganho de produtividade e rentabilidade, atentando-se sempre à processos mais sustentáveis e sócio econômicos adequados.
Ela afirma que a empresa promove tanto a inclusão, quanto a diversidade, no dia a dia. “Hoje, somos 29% do quadro de funcionários, algo que há 15 anos atrás era quase zero”, recorda ela, que destaca algumas ações realizadas pelo grupo.
“Uma das nossas principais ações é o projeto Damas do Agro da Família Santa Clara, que promove não só a motivação, como a capacitação e valorização das colaboradoras da empresa, no campo, na indústria e no administrativo. E além disso, fazemos trocas de experiências com outras líderes e grupos femininos espalhados pelo Brasil e em países que exportamos. Temos visto mulheres incríveis fazendo um excelente trabalho à frente de negócios pelo país e no mundo participando desses encontros”, explica. “Além disso, lançamos este ano o Projeto Crianças no Agro, que leva conhecimento às crianças de escolas de Ribeirão Preto e região, de como o Agro nos dias atuais se modernizou, se tornando, além de tecnológico, muito sustentável, diferente do que algumas vezes é ensinado de forma ultrapassada através de materiais escolares que estão defasados. A ideia principal é transformar as próximas gerações em cidadãos conscientes de como podemos produzir alimento para a população humana sem deixar de preservar o meio ambiente”.
Talita Cury é uma das representantes do Forbes Mulher Agro, lançado neste mês durante a Agrishow, em Ribeirão Preto
À frente do Grupo Santa Clara há quase 15 anos, Talita Cury é uma das 40 mulheres convidadas a fazer parte do grupo de líderes que discutirá pautas e eventos sobre o agronegócio no Brasil
A 28ª edição da Agrishow, realizada na última semana, em Ribeirão Preto, apresentou uma importante novidade: o lançamento do Forbes MulherAgro, lançado durante a feira. A Forbes Brasil convidou 40 mulheres líderes no agronegócio de todo o país para ter encontros periódicos e discutir assuntos do setor, além, é claro, de inspirar outras mulheres.
Isso porque pesquisa recente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostra que cresceu em 109% o número de mulheres na gestão do agronegócio. Além disso, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas), 34% dos cargos gerenciados no agronegócio no Brasil são ocupados por mulheres. E, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 947 mil mulheres estão no comando de propriedades no Brasil.
“Esses dados são muito relevantes e trazem um embasamento sobre este crescimento. A Forbes entendeu que este grupo seria uma forma de promover a inclusão e diversidade, já que ainda é um setor muito masculinizado. E a formação do FMA se torna fundamental para fomentar essa necessidade latente, além de ter um encontro de gerações”, destaca Talita Cury.
Ainda segundo Talita, a visibilidade da Forbes Brasil também é fundamental, “porque é uma revista conceituada e apolítica e, neste cenário tão desafiador que é a política no Brasil, é importante desmistificar esta questão. Nós profissionais do agronegócio estamos a favor do desenvolvimento do Brasil, na geração de renda e empregos, assim como no crescimento econômico brasileiro como um todo”, diz.
Próximos passos
O grupo, agora, se prepara para os primeiros encontros e discussões de temas e agendas. Durante o lançamento, Antonio Camarotti, CEO da Forbes Brasil, explicou a ideia da formação do grupo e destacou: “Trouxe a Forbes para o Brasil há 11 anos e venho tentando entender quais as necessidades dos nossos leitores. O Agro, que puxa a economia do país, tinha que ter uma presença importante dentro disso, e as mulheres também”, resumiu. “Não estamos aqui a passeio. O grupo existe para discutir o setor e os rumos do setor. Proximidade é poder”, complementou Helen Jacintho, presidente do FMA.
“O que posso adiantar é: vamos discutir assuntos relevantes sobre o setor e promover ações e eventos para fomentar o espaço da mulher, da diversidade, da sustentabilidade, de governança, ou seja, do ESG como um todo no agronegócio”, antecipa Talita, que, ao lado das agropecuaristas Carmen Perez e Beatriz Biagi Becker, formam o time de ribeirão-pretanas do grupo. “Das 40 mulheres líderes selecionadas, três são da nossa cidade. Com certeza podemos trazer mais eventos, participação e gerar mais economia para Ribeirão Preto e região”, garante.
Inclusão no dia a dia
Talita está à frente do Grupo Santa Clara, formado atualmente pelas empresas SANTA CLARA AGROCIÊNCIA, indústria de fertilizantes especiais, HYDROMOL, indústria voltada para a terceirização de produtos e serviços e CCA AGROINDUSTRIAL, indústria de biológicos, que juntas se tornaram uma das maiores no segmento de nutrição e proteção vegetal com atuação em mais de 30 países, contribuindo para o ganho de produtividade e rentabilidade, atentando-se sempre à processos mais sustentáveis e sócio econômicos adequados.
Ela afirma que a empresa promove tanto a inclusão, quanto a diversidade, no dia a dia. “Hoje, somos 29% do quadro de funcionários, algo que há 15 anos atrás era quase zero”, recorda ela, que destaca algumas ações realizadas pelo grupo.
“Uma das nossas principais ações é o projeto Damas do Agro da Família Santa Clara, que promove não só a motivação, como a capacitação e valorização das colaboradoras da empresa, no campo, na indústria e no administrativo. E além disso, fazemos trocas de experiências com outras líderes e grupos femininos espalhados pelo Brasil e em países que exportamos. Temos visto mulheres incríveis fazendo um excelente trabalho à frente de negócios pelo país e no mundo participando desses encontros”, explica. “Além disso, lançamos este ano o Projeto Crianças no Agro, que leva conhecimento às crianças de escolas de Ribeirão Preto e região, de como o Agro nos dias atuais se modernizou, se tornando, além de tecnológico, muito sustentável, diferente do que algumas vezes é ensinado de forma ultrapassada através de materiais escolares que estão defasados. A ideia principal é transformar as próximas gerações em cidadãos conscientes de como podemos produzir alimento para a população humana sem deixar de preservar o meio ambiente”.
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