Coordenadora de um projeto de moda circular que arrecada fundos para a Instituição Aparecido Savegnago, a jornalista Letícia Bighetti Savegnago fala sobre a sua vocação como comunicadora e seu envolvimento em projetos focados na sustentabilidade e na responsabilidade social
Tudo começou com uma conversa informal entre ela e a sogra Shirley Savegnago, presidente da Instituição Aparecido Savegnago. Shirley estava arrumando o guarda-roupas e mostrou alguns cintos que não usava mais. Na mesma época, Letícia Savegnago ficou sabendo que a instituição precisava de R$2 mil para produzir os figurinos de uma apresentação que teriam no final do ano, que era 2017.
A jornalista decidiu, então, acrescentar algumas peças que estavam paradas no seu closet e pedir às amigas para também fazerem doações. Afinal, sendo elas donas de lojas, a maioria possuía roupas no estoque ainda com etiqueta e que não seriam mais vendidas por conta da troca de coleções. Na época, a meta de 2k foi ultrapassada e muito! Na ação, que durou apenas uma tarde, foram arrecadados R$26 mil.
Ali, com aquele objetivo inicial despretencioso, nascia o Projeto Beija-Flor, que hoje arrecada fundos para a instituição responsável por atender crianças e adolescentes com aulas de dança, música e arte. De 2017 até hoje, Letícia não parou mais.
O bazar ganhou vida e os valores só aumentaram: “em 2018, batemos R$55 mil e, em 2019, alcançamos R$90 mil”, revela. “Mas 2020 chegou e nos trouxe a pandemia. Mesmo assim, o projeto não parou e ganhou ainda mais força, já que as pessoas estavam até mais solidárias. Aproveitamos a onda das lives e começamos a garantir as vendas pelo Instagram”, explica.
Brechós ressignificam o consumo
Nos últimos anos, os aspectos ambientais, sociais e de governança (que formam a sigla “ESG”) têm recebido cada vez mais atenção no mundo dos negócios. Seguindo essa linha, a moda circular foi uma das grandes invenções no setor de vestuário, considerada uma ferramenta poderosa para colocar em prática o conceito que está mudando a forma de pensar e consumir dos brasileiros.
Só que, ainda que não fosse tão conhecida por esse nome, a moda circular já era uma prática existente por meio dos brechós. Comprar ou vender peças usadas, contudo, não era algo tão comum no Brasil – até a pandemia.
Depois da crise, a prática se tornou uma forte tendência e, como lembra Letícia, quando falamos de peças usadas, não quer dizer que sejam peças velhas. Muito pelo contrário! “As roupas e acessórios que recebemos no projeto muitas vezes nem foram usadas. Mas, por alguma razão, estavam paradas no armário de alguém. Temos opções ‘high-fashion’ que saem por preços muito atrativos para quem vai comprar. O mais bacana é que, além de você fazer um ótimo negócio, ainda está ajudando o próximo”.
Mãos à obra
Com o crescimento do projeto, Letícia viu que era a hora de ter um espaço físico que também trouxesse a essência da causa: ser sustentável. Foi aí que começou a garimpar um novo tipo de matéria-prima de “segunda mão”: materiais usados em outras obras e que ainda em ótimo estado poderiam ser reutilizados para levantar a loja em Sertãozinho (SP).
“Construímos o espaço com doações de parceiros e também com revestimentos usados na reforma da minha própria casa! Objetos que não seriam mais utilizados em obras dos supermercados Savegnago também foram muito bem-vindos nos ambientes”, revela.
E a iniciativa deu muito certo! Em maio de 2022, o brechó que fica na Rua José Bonini, 526, foi inaugurado e, desde então, são promovidos dois bazares anuais. “Estou animada, o próximo será dia 12 de agosto”.
Desde a sua criação, o projeto Beija-Flor já arrecadou cerca de R$900 mil e conscientizou muitas pessoas para o consumo e o descarte consciente através da moda circular.
Moda ESG: Letícia e o projeto Beija-Flor
Coordenadora de um projeto de moda circular que arrecada fundos para a Instituição Aparecido Savegnago, a jornalista Letícia Bighetti Savegnago fala sobre a sua vocação como comunicadora e seu envolvimento em projetos focados na sustentabilidade e na responsabilidade social
Tudo começou com uma conversa informal entre ela e a sogra Shirley Savegnago, presidente da Instituição Aparecido Savegnago. Shirley estava arrumando o guarda-roupas e mostrou alguns cintos que não usava mais. Na mesma época, Letícia Savegnago ficou sabendo que a instituição precisava de R$2 mil para produzir os figurinos de uma apresentação que teriam no final do ano, que era 2017.
A jornalista decidiu, então, acrescentar algumas peças que estavam paradas no seu closet e pedir às amigas para também fazerem doações. Afinal, sendo elas donas de lojas, a maioria possuía roupas no estoque ainda com etiqueta e que não seriam mais vendidas por conta da troca de coleções. Na época, a meta de 2k foi ultrapassada e muito! Na ação, que durou apenas uma tarde, foram arrecadados R$26 mil.
Ali, com aquele objetivo inicial despretencioso, nascia o Projeto Beija-Flor, que hoje arrecada fundos para a instituição responsável por atender crianças e adolescentes com aulas de dança, música e arte. De 2017 até hoje, Letícia não parou mais.
O bazar ganhou vida e os valores só aumentaram: “em 2018, batemos R$55 mil e, em 2019, alcançamos R$90 mil”, revela. “Mas 2020 chegou e nos trouxe a pandemia. Mesmo assim, o projeto não parou e ganhou ainda mais força, já que as pessoas estavam até mais solidárias. Aproveitamos a onda das lives e começamos a garantir as vendas pelo Instagram”, explica.
Brechós ressignificam o consumo
Nos últimos anos, os aspectos ambientais, sociais e de governança (que formam a sigla “ESG”) têm recebido cada vez mais atenção no mundo dos negócios. Seguindo essa linha, a moda circular foi uma das grandes invenções no setor de vestuário, considerada uma ferramenta poderosa para colocar em prática o conceito que está mudando a forma de pensar e consumir dos brasileiros.
Só que, ainda que não fosse tão conhecida por esse nome, a moda circular já era uma prática existente por meio dos brechós. Comprar ou vender peças usadas, contudo, não era algo tão comum no Brasil – até a pandemia.
Depois da crise, a prática se tornou uma forte tendência e, como lembra Letícia, quando falamos de peças usadas, não quer dizer que sejam peças velhas. Muito pelo contrário! “As roupas e acessórios que recebemos no projeto muitas vezes nem foram usadas. Mas, por alguma razão, estavam paradas no armário de alguém. Temos opções ‘high-fashion’ que saem por preços muito atrativos para quem vai comprar. O mais bacana é que, além de você fazer um ótimo negócio, ainda está ajudando o próximo”.
Mãos à obra
Com o crescimento do projeto, Letícia viu que era a hora de ter um espaço físico que também trouxesse a essência da causa: ser sustentável. Foi aí que começou a garimpar um novo tipo de matéria-prima de “segunda mão”: materiais usados em outras obras e que ainda em ótimo estado poderiam ser reutilizados para levantar a loja em Sertãozinho (SP).
“Construímos o espaço com doações de parceiros e também com revestimentos usados na reforma da minha própria casa! Objetos que não seriam mais utilizados em obras dos supermercados Savegnago também foram muito bem-vindos nos ambientes”, revela.
E a iniciativa deu muito certo! Em maio de 2022, o brechó que fica na Rua José Bonini, 526, foi inaugurado e, desde então, são promovidos dois bazares anuais. “Estou animada, o próximo será dia 12 de agosto”.
Desde a sua criação, o projeto Beija-Flor já arrecadou cerca de R$900 mil e conscientizou muitas pessoas para o consumo e o descarte consciente através da moda circular.
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