Descubra algumas curiosidades sobre a bebida destilada típica das Américas e como fazer a degustação apropriada da cachaça
Você sabia que a cachaça é a 3ª bebida destilada mais consumida no mundo e a 1ª no Brasil? Segundo dados do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Aguardente de Cana, Caninha ou Cachaça (PBDAC), a produção é em torno de 1,3 bilhão de litros por ano, sendo que cerca de 75% é proveniente da fabricação industrial e 25% artesanal.
Além disso, de acordo com a Embrapa, o Brasil consome quase toda a produção de cachaça, ou seja, apenas entre 1% e 2% da produção é exportado. Neste caso, os principais países compradores são Alemanha, Paraguai, Itália, Uruguai e Portugal.
De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), a bebida faz parte de manifestações folclóricas, profanas e religiosas, como bailes, folguedos, jogos, casamentos, nascimentos, batizados, velórios, folias, novenas, ladainhas e rezas. Além disso, por estar presente em todo o tipo de ambiente, a cachaça serviu, no passado, como veículo de comunicação de acontecimentos políticos e sociais por meio dos seus rótulos.
Dada a importância para o país e nossa cultura, de que bebida exatamente estamos falando: Cachaça, pinga ou aguardente?
Não é tudo igual!
Essa confusão é mais comum que se imagina. A cachaça ou pinga – porque, sim, dá no mesmo! – é um destilado 100% brasileiro que provêm exclusivamente da cana-de-açúcar, com a graduação alcoólica entre 38% e 48% em volume.
Já “aguardente” é o nome dado a qualquer bebida obtida a partir da fermentação e destilação de vegetais doces, com graduação alcoólica de 38% a 54%. Por exemplo: a aguardente de cereais produz diversos tipos de uísque, assim como a aguardente de agave traz opções de tequilas.
Atualmente, existem mais de 4 mil marcas de cachaça no mercado brasileiro. E no início de 2023 foi lançada a mais cara do mundo, aqui mesmo, no Brasil: o valor de venda é de US$180 mil, o equivalente a quase R$ 1 milhão.
Eis, a caipirinha
Ainda segundo o IBRAC, feita exclusivamente com cachaça, limão, açúcar e gelo, a caipirinha foi criada no interior do estado de São Paulo, como remédio contra gripe. Isso ocorreu em 1918, durante o surto da Gripe Espanhola no Brasil. Mas tornou-se conhecida apenas na Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922. Hoje, é um dos drinks mais consumidos no país e mundo afora quando o assunto é cachaça.
Ah, mais uma curiosidade: a cachaça é brasileira, mas sua matéria-prima não. A origem da planta que pertence à família das gramíneas é da ilha de Nova Guiné, na Oceania. Aqui, a cana-de-açúcar foi trazida pelos portugueses em 1520.
Como beber cachaça?
Tente ver a transparência, a pureza e a oleosidade da cachaça ao movê-la dentro de um copo ou taça translúcida. Se aparecerem “lágrimas” que descem lentamente no vidro é sinal de que a bebida é encorpada, como são as verdadeiras cachaças de qualidade envelhecidas em tonéis de madeira. O segundo passo para beber o destilado é sentir o cheiro e o gosto. Deixe-a na boca por 20 segundos para que sinta o sabor nas partes palatáveis.
“Normalmente, a cachaça possui um teor alcoólico mais elevado, dando a sensação que esquenta ao tomá-la. Sempre brinco que a bebida tem que esquentar e não arranhar. Cachaça boa não tem disso. Já o segundo golinho fica melhor para apreciação. Geralmente, degusto 25 ml, para avaliar uma cachaça de qualidade em 20 ou 25 minutos. Para identificar uma boa cachaça, deve mastigar o cheiro ou o líquido. É dessa forma que se aprende o que é uma cachaça de bálsamo, de carvalho e amburana”, revela Delfino Golfeto, especialista em aguardente e fundador da rede de franquias Água Doce.
Cachaça, pinga ou aguardente? Bebidas diferentes ou tudo igual?
Descubra algumas curiosidades sobre a bebida destilada típica das Américas e como fazer a degustação apropriada da cachaça
Você sabia que a cachaça é a 3ª bebida destilada mais consumida no mundo e a 1ª no Brasil? Segundo dados do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Aguardente de Cana, Caninha ou Cachaça (PBDAC), a produção é em torno de 1,3 bilhão de litros por ano, sendo que cerca de 75% é proveniente da fabricação industrial e 25% artesanal.
Além disso, de acordo com a Embrapa, o Brasil consome quase toda a produção de cachaça, ou seja, apenas entre 1% e 2% da produção é exportado. Neste caso, os principais países compradores são Alemanha, Paraguai, Itália, Uruguai e Portugal.
De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), a bebida faz parte de manifestações folclóricas, profanas e religiosas, como bailes, folguedos, jogos, casamentos, nascimentos, batizados, velórios, folias, novenas, ladainhas e rezas. Além disso, por estar presente em todo o tipo de ambiente, a cachaça serviu, no passado, como veículo de comunicação de acontecimentos políticos e sociais por meio dos seus rótulos.
Dada a importância para o país e nossa cultura, de que bebida exatamente estamos falando: Cachaça, pinga ou aguardente?
Não é tudo igual!
Essa confusão é mais comum que se imagina. A cachaça ou pinga – porque, sim, dá no mesmo! – é um destilado 100% brasileiro que provêm exclusivamente da cana-de-açúcar, com a graduação alcoólica entre 38% e 48% em volume.
Já “aguardente” é o nome dado a qualquer bebida obtida a partir da fermentação e destilação de vegetais doces, com graduação alcoólica de 38% a 54%. Por exemplo: a aguardente de cereais produz diversos tipos de uísque, assim como a aguardente de agave traz opções de tequilas.
Atualmente, existem mais de 4 mil marcas de cachaça no mercado brasileiro. E no início de 2023 foi lançada a mais cara do mundo, aqui mesmo, no Brasil: o valor de venda é de US$180 mil, o equivalente a quase R$ 1 milhão.
Eis, a caipirinha
Ainda segundo o IBRAC, feita exclusivamente com cachaça, limão, açúcar e gelo, a caipirinha foi criada no interior do estado de São Paulo, como remédio contra gripe. Isso ocorreu em 1918, durante o surto da Gripe Espanhola no Brasil. Mas tornou-se conhecida apenas na Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922. Hoje, é um dos drinks mais consumidos no país e mundo afora quando o assunto é cachaça.
Ah, mais uma curiosidade: a cachaça é brasileira, mas sua matéria-prima não. A origem da planta que pertence à família das gramíneas é da ilha de Nova Guiné, na Oceania. Aqui, a cana-de-açúcar foi trazida pelos portugueses em 1520.
Como beber cachaça?
Tente ver a transparência, a pureza e a oleosidade da cachaça ao movê-la dentro de um copo ou taça translúcida. Se aparecerem “lágrimas” que descem lentamente no vidro é sinal de que a bebida é encorpada, como são as verdadeiras cachaças de qualidade envelhecidas em tonéis de madeira. O segundo passo para beber o destilado é sentir o cheiro e o gosto. Deixe-a na boca por 20 segundos para que sinta o sabor nas partes palatáveis.
“Normalmente, a cachaça possui um teor alcoólico mais elevado, dando a sensação que esquenta ao tomá-la. Sempre brinco que a bebida tem que esquentar e não arranhar. Cachaça boa não tem disso. Já o segundo golinho fica melhor para apreciação. Geralmente, degusto 25 ml, para avaliar uma cachaça de qualidade em 20 ou 25 minutos. Para identificar uma boa cachaça, deve mastigar o cheiro ou o líquido. É dessa forma que se aprende o que é uma cachaça de bálsamo, de carvalho e amburana”, revela Delfino Golfeto, especialista em aguardente e fundador da rede de franquias Água Doce.
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