Muitas mulheres sonham em ser mães. Mas quando o sonho realmente vira realidade o mundo passa a girar em torno do novo amor que toma conta de toda família. Mas e a mulher por trás daquelas recém-nascida mamãe?
Influenciadora digital e mãe do Thomas, de 1 ano e 9 meses, Manuela Cavalcanti compartilha em sua primeira coluna para o Mundo Zumm, os desafios que enfrentou após o nascimento de seu bebê em 2022. No relato a seguir, ela ressalta como recuperou a autoestima perdida e o lado profissional após viver a maternidade.
POR MANUELA CAVALCANTI
Sempre tive o sonho de ser mãe, mas ele ficou adormecido por sete anos, até que um dia, ele então despertou. Acredito que cada mulher tem o seu tempo, mas quando esse desejo bate à porta do nosso coração, é um sentimento inconfundível. Claro que nunca vamos estar totalmente preparadas, mas acredito que Deus me guiou por um caminho que eu precisava trilhar antes de me tornar mãe.
E no dia 18 de outubro de 2021, vivi um dos momentos mais emocionantes da minha vida: descobri que estava grávida! É inevitável não reconhecer a grandeza do nosso Criador, o milagre da vida tinha acontecido em mim! No mesmo dia contei ao meu marido, que ficou extremamente feliz e extasiado, pois nosso sonho tinha se realizado.
Tive uma gravidez muito saudável e feliz, amei estar grávida e ver meu corpo gerando meu maior sonho. No dia 04 de dezembro descobri que era o Thomas. A barriga foi crescendo, as roupas não serviam mais, e a dificuldade de manter minha personalidade e estilo foi surgindo. Eu sabia que esse momento chegaria, mas só vivendo na pele essa transformação pra entender. Já não era mais somente a Manu que habitava ali.
No final da gestação, a barriga já estava pesando mais, e a dificuldade de andar apareceu, então tive que aquietar a mulher acelerada que habita em mim e mudar minha rotina, conter minha mente, pois o corpo não acompanhava mais. Sim, eu já era mãe, e estava nesse processo para fazer minha mente entender isso. Como os nove meses são importantes para nos tornarmos mãe, porque eu acredito de verdade que a gente vai se tornando mãe aos poucos, a cada roupa que não entra mais, a cada ultrassom, a cada renúncia, o amor vai crescendo e nos conscientizando de que agora somos mães.
Quando Thomas nasceu, a ficha caiu de verdade, agora eu era também o alimento daquela criança, quanta responsabilidade! Imediatamente, meu olhar se voltou totalmente para suprir todas as necessidades dele, até que um dia vi minha mãe penteando meus cabelos, pois com certeza ali eu já tinha esquecido de mim. Ah, como a mãe daquela recém-nascida mãe é importante, ela não se esquece da filha! Ela é suporte, e sua presença é fundamental, afinal, filho é pra sempre, né?!
Meu pai, me levava flores, salada de frutas e tentava me mimar de todas as formas, enquanto todos os olhares das visitas eram voltados ao bebê! Meu marido, foi meu segundo pai, ele ficava acordado de madrugada pra cuidar do Thomas pra eu poder dormir, ele aprendeu a dar o banho, trocara fralda, e sempre lembrava de dar todos os meus remédios, porque eu já não lembrava mais de mim.
A cada amamentação, a cada choro, a cada privação de sono, uma leoa se levantava. Confesso que me surpreendi comigo mesma. A rotina foi chegando, tomando conta de todo o meu dia, inclusive madrugadas. Até o inevitável surgiu: comecei a me sentir solitária. Todos voltaram a trabalhar, e me vi sozinha com um bebê. Quanta responsabilidade é cuidar de uma outra pessoa com uma demanda tão alta.
Não tinha tempo mais pra mim, nem motivação para me cuidar. Quando me olhava no espelho, não me reconhecia mais, logo, o evitava olhar. E fui seguindo, me evitando, me anulando, me esquecendo… Os dias eram intensos, desafiadores, cansativos, mas nunca faltou momentos em que eu olhava para o Thomas e não sentisse um amor enorme, que não cabia no meu peito.
Era uma dualidade de realização por ter um filho e amá-lo tanto, mas ao mesmo tempo eu tinha me perdido como mulher, sabe? Parecia que eu sabia somente ser mãe! Me desconectei de mim mesma, não de forma intencional, mas aconteceu sem eu perceber. Até que chegou um momento que eu realmente, entendi que não poderia mais viver assim, que eu precisava me reencontrar também como mulher, esposa e profissional.
Sempre fiz terapia, inclusive durante toda a gestação, e, no puerpério, a Dra. Daniella foi essencial para me ajudar a me reencontrar de maneira saudável. Eu entendi que naquele momento eu precisava viver a maternidade intensamente, mas agora eu também queria cuidar mais de mim e da minha autoestima.
Além das terapias, sempre tive um relacionamento íntimo com Deus, acredito que Ele me fortaleceu e esteve ao meu lado o tempo todo! Mesmo vivendo momentos de altos e baixos na maternidade, a terapia e minhas práticas devocionais foram imprescindíveis para manter um equilíbrio emocional, físico e espiritual.
E quando Thomas completou 1 aninho, eu decidi colocar ele na escolinha. Foi um divisor de águas na minha vida, sinceramente. Ao mesmo tempo, que eu senti alegria por ter um tempo agora pra mim, senti que não era mais tão necessária, porque outra pessoa cuidaria dele meio período. É como se eu sentisse que não era mais tão necessária, afinal, ele praticamente não teve adaptação, de tanto que amou ir pra escolinha. Sei que foi bom pra ele evoluir, desenvolver e interagir com outras crianças da idade dele também, mas coração de mãe sente.
Foi uma dualidade de sentimentos, mas que enfrentei e foi tão necessário para eu me reencontrar. Porque acredito mesmo na famosa frase “mãe feliz, bebê feliz”. Comecei a ter tempo para ir à academia e me cuidar. Fazer uma simples unha me trazia mais pra perto de mim.
E eu me reencontrei mesmo, de verdade quando entreguei todas as peças do meu quebra cabeça que estavam embaralhadas para o meu Criador! Durante todo esse caminho, Ele foi me mostrando o verdadeiro significado de cada peça: Jesus, família, casamento, filho, pais, saúde, identidade, autoestima, profissão, propósito e chamado.
Quando eu entendi que sem o Autor não seria capaz de colocar tudo em ordem, e reconheci que dependia Dele, então Ele veio e ressignificou tudo em mim. Mudou minhas prioridades, trouxe clareza, direção e propósito. Eu apenas buscava montar o quebra cabeça antigo, e assim achava que iria me encontrar novamente. Porém, os planos Dele eram mais altos e melhores que os meus! Ele trouxe coisas novas, me ensinou ser pessoa melhor, ser mais mansa, humilde, flexível, doce, assim como Ele é! Pois, para montar um novo quebra-cabeça é preciso enxergá-lo sob uma nova ótica, ser uma nova pessoa, alicerçada Naquele que revela a minha identidade Nele.
Para saber ser mãe, é preciso aprender ser filha! Afinal, para ensinar, é preciso aprender! Para mostrar o Caminho, é preciso caminhar por Ele, que é o Caminho, a Verdade e a Vida! Quando eu entendi que a presença do meu Criador é tudo que eu preciso, então eu me reencontrei Naquele que me diz todos os dias quem eu sou, filha!
A influenciadora Manu Cavalcanti conta como se encontrou como mulher após a maternidade
Muitas mulheres sonham em ser mães. Mas quando o sonho realmente vira realidade o mundo passa a girar em torno do novo amor que toma conta de toda família. Mas e a mulher por trás daquelas recém-nascida mamãe?
Influenciadora digital e mãe do Thomas, de 1 ano e 9 meses, Manuela Cavalcanti compartilha em sua primeira coluna para o Mundo Zumm, os desafios que enfrentou após o nascimento de seu bebê em 2022. No relato a seguir, ela ressalta como recuperou a autoestima perdida e o lado profissional após viver a maternidade.
POR MANUELA CAVALCANTI
Sempre tive o sonho de ser mãe, mas ele ficou adormecido por sete anos, até que um dia, ele então despertou. Acredito que cada mulher tem o seu tempo, mas quando esse desejo bate à porta do nosso coração, é um sentimento inconfundível. Claro que nunca vamos estar totalmente preparadas, mas acredito que Deus me guiou por um caminho que eu precisava trilhar antes de me tornar mãe.
E no dia 18 de outubro de 2021, vivi um dos momentos mais emocionantes da minha vida: descobri que estava grávida! É inevitável não reconhecer a grandeza do nosso Criador, o milagre da vida tinha acontecido em mim! No mesmo dia contei ao meu marido, que ficou extremamente feliz e extasiado, pois nosso sonho tinha se realizado.
Tive uma gravidez muito saudável e feliz, amei estar grávida e ver meu corpo gerando meu maior sonho. No dia 04 de dezembro descobri que era o Thomas. A barriga foi crescendo, as roupas não serviam mais, e a dificuldade de manter minha personalidade e estilo foi surgindo. Eu sabia que esse momento chegaria, mas só vivendo na pele essa transformação pra entender. Já não era mais somente a Manu que habitava ali.
No final da gestação, a barriga já estava pesando mais, e a dificuldade de andar apareceu, então tive que aquietar a mulher acelerada que habita em mim e mudar minha rotina, conter minha mente, pois o corpo não acompanhava mais. Sim, eu já era mãe, e estava nesse processo para fazer minha mente entender isso. Como os nove meses são importantes para nos tornarmos mãe, porque eu acredito de verdade que a gente vai se tornando mãe aos poucos, a cada roupa que não entra mais, a cada ultrassom, a cada renúncia, o amor vai crescendo e nos conscientizando de que agora somos mães.
Quando Thomas nasceu, a ficha caiu de verdade, agora eu era também o alimento daquela criança, quanta responsabilidade!
Imediatamente, meu olhar se voltou totalmente para suprir todas as necessidades dele, até que um dia vi minha mãe penteando meus cabelos, pois com certeza ali eu já tinha esquecido de mim. Ah, como a mãe daquela recém-nascida mãe é importante, ela não se esquece da filha! Ela é suporte, e sua presença é fundamental, afinal, filho é pra sempre, né?!
Meu pai, me levava flores, salada de frutas e tentava me mimar de todas as formas, enquanto todos os olhares das visitas eram voltados ao bebê! Meu marido, foi meu segundo pai, ele ficava acordado de madrugada pra cuidar do Thomas pra eu poder dormir, ele aprendeu a dar o banho, trocara fralda, e sempre lembrava de dar todos os meus remédios, porque eu já não lembrava mais de mim.
A cada amamentação, a cada choro, a cada privação de sono, uma leoa se levantava. Confesso que me surpreendi comigo mesma. A rotina foi chegando, tomando conta de todo o meu dia, inclusive madrugadas. Até o inevitável surgiu: comecei a me sentir solitária. Todos voltaram a trabalhar, e me vi sozinha com um bebê. Quanta responsabilidade é cuidar de uma outra pessoa com uma demanda tão alta.
Não tinha tempo mais pra mim, nem motivação para me cuidar. Quando me olhava no espelho, não me reconhecia mais, logo, o evitava olhar. E fui seguindo, me evitando, me anulando, me esquecendo… Os dias eram intensos, desafiadores, cansativos, mas nunca faltou momentos em que eu olhava para o Thomas e não sentisse um amor enorme, que não cabia no meu peito.
Era uma dualidade de realização por ter um filho e amá-lo tanto, mas ao mesmo tempo eu tinha me perdido como mulher, sabe? Parecia que eu sabia somente ser mãe! Me desconectei de mim mesma, não de forma intencional, mas aconteceu sem eu perceber. Até que chegou um momento que eu realmente, entendi que não poderia mais viver assim, que eu precisava me reencontrar também como mulher, esposa e profissional.
Sempre fiz terapia, inclusive durante toda a gestação, e, no puerpério, a Dra. Daniella foi essencial para me ajudar a me reencontrar de maneira saudável. Eu entendi que naquele momento eu precisava viver a maternidade intensamente, mas agora eu também queria cuidar mais de mim e da minha autoestima.
Além das terapias, sempre tive um relacionamento íntimo com Deus, acredito que Ele me fortaleceu e esteve ao meu lado o tempo todo! Mesmo vivendo momentos de altos e baixos na maternidade, a terapia e minhas práticas devocionais foram imprescindíveis para manter um equilíbrio emocional, físico e espiritual.
E quando Thomas completou 1 aninho, eu decidi colocar ele na escolinha. Foi um divisor de águas na minha vida, sinceramente. Ao mesmo tempo, que eu senti alegria por ter um tempo agora pra mim, senti que não era mais tão necessária, porque outra pessoa cuidaria dele meio período. É como se eu sentisse que não era mais tão necessária, afinal, ele praticamente não teve adaptação, de tanto que amou ir pra escolinha. Sei que foi bom pra ele evoluir, desenvolver e interagir com outras crianças da idade dele também, mas coração de mãe sente.
Foi uma dualidade de sentimentos, mas que enfrentei e foi tão necessário para eu me reencontrar. Porque acredito mesmo na famosa frase “mãe feliz, bebê feliz”. Comecei a ter tempo para ir à academia e me cuidar. Fazer uma simples unha me trazia mais pra perto de mim.
E eu me reencontrei mesmo, de verdade quando entreguei todas as peças do meu quebra cabeça que estavam embaralhadas para o meu Criador! Durante todo esse caminho, Ele foi me mostrando o verdadeiro significado de cada peça: Jesus, família, casamento, filho, pais, saúde, identidade, autoestima, profissão, propósito e chamado.
Quando eu entendi que sem o Autor não seria capaz de colocar tudo em ordem, e reconheci que dependia Dele, então Ele veio e ressignificou tudo em mim. Mudou minhas prioridades, trouxe clareza, direção e propósito. Eu apenas buscava montar o quebra cabeça antigo, e assim achava que iria me encontrar novamente. Porém, os planos Dele eram mais altos e melhores que os meus! Ele trouxe coisas novas, me ensinou ser pessoa melhor, ser mais mansa, humilde, flexível, doce, assim como Ele é! Pois, para montar um novo quebra-cabeça é preciso enxergá-lo sob uma nova ótica, ser uma nova pessoa, alicerçada Naquele que revela a minha identidade Nele.
Para saber ser mãe, é preciso aprender ser filha! Afinal, para ensinar, é preciso aprender! Para mostrar o Caminho, é preciso caminhar por Ele, que é o Caminho, a Verdade e a Vida! Quando eu entendi que a presença do meu Criador é tudo que eu preciso, então eu me reencontrei Naquele que me diz todos os dias quem eu sou, filha!
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