As pessoas não procuram outro tipo de local para viver; a maioria quer sua moradia em uma cidade eficiente
Por Daniel Gerardi*
O crescimento das cidades brasileiras foi significativo no decorrer do século XX, período em que milhares de famílias deixaram as zonas rurais e migraram para as áreas urbanas. Segundo um estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a população urbana cresceu de 54% na década de 70 para 80% no início do ano 2000. E de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, em 2015, 84,72% da população brasileira estava na zona urbana.
Um crescimento não-ordenado nas cidades brasileiras vem se formando, a exemplo dos bairros populares que apresentam uma tendência automática de expansão populacional.
O que acontece é que os governos locais sabem desse crescimento por meio da especulação imobiliária, principalmente focada nos programas habitacionais aprovados anualmente. A busca pelas zonas mais ricas também chama atenção, exploradas tanto pelos empreendedores como pela população que tem o desejo de morar em áreas mais nobres. Há também os estudos de impacto de vizinhança, que classificam o impacto que será gerado por essas novas moradias.
Sendo assim, o que falta para se ter um crescimento ordenado e planejado? Investimento (não apenas o monetário), mas também no trabalho; ou seja, usar primeiro os dados e o material que já existem a fim de que seja preparada a cidade para o dia de amanhã.
Os estudos de impactos não podem ser usados apenas para solicitar uma mitigação de infraestrutura atual e ficarem esquecidos em um arquivo. É importante que sejam usados como planejamento para um futuro das cidades que, em longo prazo, o poder público pode construir.
Esse é o principal foco das Smart Cities ou cidades inteligentes que tem como conceito o crescimento sustentável das cidades. As pessoas não procuram outro tipo de local para viver; a maioria quer morar em uma cidade eficiente, onde o transporte tanto público como privado é conectado e de fácil acesso; elas querem morar em bairros que ofereçam serviços. Hoje, o que se busca é agilidade e simplicidade: não se abre mais mão de lazer, sombra e água fresca em todos os percursos.
Pode parecer poético, mas tudo isso é simples de conquistar. Basta olhar para a cidade como olhamos para nossas casas. O planejamento começa desde o primeiro dia em que mudamos até o dia em que iremos deixá-la, pensando sempre em oferecer o mínimo para o próximo morador.
* Daniel Gerardi é arquiteto e urbanista. Ele atua nas áreas de projetos das construtoras Bild Desenvolvimento Imobiliário e Vitta Residencial Construtora e Incorporadora.
Cidades inteligentes formam novo desejo de moradia
As pessoas não procuram outro tipo de local para viver; a maioria quer sua moradia em uma cidade eficiente
Por Daniel Gerardi*
O crescimento das cidades brasileiras foi significativo no decorrer do século XX, período em que milhares de famílias deixaram as zonas rurais e migraram para as áreas urbanas. Segundo um estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a população urbana cresceu de 54% na década de 70 para 80% no início do ano 2000. E de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, em 2015, 84,72% da população brasileira estava na zona urbana.
Um crescimento não-ordenado nas cidades brasileiras vem se formando, a exemplo dos bairros populares que apresentam uma tendência automática de expansão populacional.
O que acontece é que os governos locais sabem desse crescimento por meio da especulação imobiliária, principalmente focada nos programas habitacionais aprovados anualmente. A busca pelas zonas mais ricas também chama atenção, exploradas tanto pelos empreendedores como pela população que tem o desejo de morar em áreas mais nobres. Há também os estudos de impacto de vizinhança, que classificam o impacto que será gerado por essas novas moradias.
Sendo assim, o que falta para se ter um crescimento ordenado e planejado? Investimento (não apenas o monetário), mas também no trabalho; ou seja, usar primeiro os dados e o material que já existem a fim de que seja preparada a cidade para o dia de amanhã.
Os estudos de impactos não podem ser usados apenas para solicitar uma mitigação de infraestrutura atual e ficarem esquecidos em um arquivo. É importante que sejam usados como planejamento para um futuro das cidades que, em longo prazo, o poder público pode construir.
Esse é o principal foco das Smart Cities ou cidades inteligentes que tem como conceito o crescimento sustentável das cidades. As pessoas não procuram outro tipo de local para viver; a maioria quer morar em uma cidade eficiente, onde o transporte tanto público como privado é conectado e de fácil acesso; elas querem morar em bairros que ofereçam serviços. Hoje, o que se busca é agilidade e simplicidade: não se abre mais mão de lazer, sombra e água fresca em todos os percursos.
Pode parecer poético, mas tudo isso é simples de conquistar. Basta olhar para a cidade como olhamos para nossas casas. O planejamento começa desde o primeiro dia em que mudamos até o dia em que iremos deixá-la, pensando sempre em oferecer o mínimo para o próximo morador.
* Daniel Gerardi é arquiteto e urbanista. Ele atua nas áreas de projetos das construtoras Bild Desenvolvimento Imobiliário e Vitta Residencial Construtora e Incorporadora.
Contato: daniel.gerardi@aprovoprojetos.com.br
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