Entre as grandiosidades dos monumentos, tudo se mistura na Índia: da diversidade cultural a fé, passando pelo cinza da poluição
Sócia da POPit Comunicação, Alexandra Pereira Lima Whately aceitou dar um tempo na sua agenda cheia de compromissos para nos contar, neste Zumm Review, um pouco de suas incríveis experiências de viagem. Dessa vez, ela escolheu falar da realidade – e da dualidade – da Índia. Na memória da empresária, ficaram as cores vibrantes, os grandes monumentos e os lugares inesquecíveis, ao mesmo tempo em que é difícil esquecer o cinza da poluição, o lixo em excesso e as cenas de pobreza.
A viagem pelo chamado “Triângulo Dourado na Índia” (Nova Delhi, Agra, Jaipur), segundo Alexandra, foi maravilhosa, mas com a realidade nua e crua exposta constantemente. Ela conta, por exemplo, que um dos momentos magistrais do passeio foi vivenciar o Holi Festival, uma festa secular e muito popular, que comemora a chegada da primavera indiana. Da mesma forma, a grandiosidade do Taj Mahal, o ícone mais conhecido do país, impressiona pela riqueza de detalhes em mármore.
Mas, em um poema, a viajante ressalta a dualidade presente a cada minuto. “As buzinas desenfreadas silenciam o tilintar de tantas pulseiras, tornozeleiras e brincos que carregam penduricalhos sonoros. O caos funciona com fluidez. Por lá, temos a certeza que a Terra é só uma e que certamente está muito pesado carregar tanta gente em cima de tanto lixo acumulado”, relembra.
Lá, ela percebeu que a vida pulsa a cada metro quadrado, dando espaço para qualquer forma de existência, seja ela das vacas, macacos, cachorros, gatos, pombos, camelos e até elefantes. “Todos possuem a mesma liberdade de ir e vir. A mesma sensação de pertencimento é proporcional a falta de lugares, higiene e alimentos adequados nos dois grupos: humano e animal”.
Enquanto descobria a Índia, Alexandra sentiu que a religião, traduzida naquele país pela fé Hindu – ainda que qualquer Deus pareça ser bem-vindo -, conforta e acomoda tanta pobreza. Por isso, diferentemente do Brasil, a violência não se faz tão presente.
“O respeito pelo outro, pelas diferenças, pela existência, prevalece. Os incensos perfumam o cheiro da existência, o sândalo disfarça o odor do corpo e o perfume de rosa traz suavidade para o picante. Na comida, o iogurte neutraliza a pimenta. Toda a sabedoria e as tradições de uma sociedade muito antiga. Com certeza, uma verdadeira lição de vida”, conclui ela.
Cores vibrantes e resistência representam dualidade indiana aos olhos de Alexandra Lima
Entre as grandiosidades dos monumentos, tudo se mistura na Índia: da diversidade cultural a fé, passando pelo cinza da poluição
Sócia da POPit Comunicação, Alexandra Pereira Lima Whately aceitou dar um tempo na sua agenda cheia de compromissos para nos contar, neste Zumm Review, um pouco de suas incríveis experiências de viagem. Dessa vez, ela escolheu falar da realidade – e da dualidade – da Índia. Na memória da empresária, ficaram as cores vibrantes, os grandes monumentos e os lugares inesquecíveis, ao mesmo tempo em que é difícil esquecer o cinza da poluição, o lixo em excesso e as cenas de pobreza.
A viagem pelo chamado “Triângulo Dourado na Índia” (Nova Delhi, Agra, Jaipur), segundo Alexandra, foi maravilhosa, mas com a realidade nua e crua exposta constantemente. Ela conta, por exemplo, que um dos momentos magistrais do passeio foi vivenciar o Holi Festival, uma festa secular e muito popular, que comemora a chegada da primavera indiana. Da mesma forma, a grandiosidade do Taj Mahal, o ícone mais conhecido do país, impressiona pela riqueza de detalhes em mármore.
Mas, em um poema, a viajante ressalta a dualidade presente a cada minuto. “As buzinas desenfreadas silenciam o tilintar de tantas pulseiras, tornozeleiras e brincos que carregam penduricalhos sonoros. O caos funciona com fluidez. Por lá, temos a certeza que a Terra é só uma e que certamente está muito pesado carregar tanta gente em cima de tanto lixo acumulado”, relembra.
Lá, ela percebeu que a vida pulsa a cada metro quadrado, dando espaço para qualquer forma de existência, seja ela das vacas, macacos, cachorros, gatos, pombos, camelos e até elefantes. “Todos possuem a mesma liberdade de ir e vir. A mesma sensação de pertencimento é proporcional a falta de lugares, higiene e alimentos adequados nos dois grupos: humano e animal”.
Enquanto descobria a Índia, Alexandra sentiu que a religião, traduzida naquele país pela fé Hindu – ainda que qualquer Deus pareça ser bem-vindo -, conforta e acomoda tanta pobreza. Por isso, diferentemente do Brasil, a violência não se faz tão presente.
“O respeito pelo outro, pelas diferenças, pela existência, prevalece. Os incensos perfumam o cheiro da existência, o sândalo disfarça o odor do corpo e o perfume de rosa traz suavidade para o picante. Na comida, o iogurte neutraliza a pimenta. Toda a sabedoria e as tradições de uma sociedade muito antiga. Com certeza, uma verdadeira lição de vida”, conclui ela.
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