O chef Henrique Fogaça foi capa da primeira edição da revista Life Zumm, novo produto oficial do Mundo Zumm, e contou um pouco mais da sua trajetória
Um dos chefs mais renomados do país, Henrique Fogaça relembra momentos marcantes na cidade onde passou grande parte da vida e conta como conquistou seu espaço no cenário gastronômico nacional. Em entrevista exclusiva para a revista Life Zumm, o dono do Sal, renomado restaurante em São Paulo, que tem duas unidades, compartilhou com a gente a paixão pela música, família e, claro, a cozinha!
Você nasceu em Piracicaba, mas se considera ribeirão-pretano de coração?
Sim, eu nasci em Piracicaba em 1974. Tenho boas lembranças da cidade! Vivi lá até os 8 anos de idade. Morei muito mais tempo em Ribeirão Preto, mas Piracicaba também está no meu coração, porque foi o lugar onde eu nasci. Eu e minha avó materna morávamos perto do rio. Minha avó paterna em Águas de São Pedro, que era próximo. Tenho muitas lembranças boas de lá e de Ribeirão Preto, onde passei minha adolescência e o início da vida adulta.
Como era sua infância quando morava no interior?
A minha infância foi muito feliz na época de Piracicaba. Eu jogava muita bola na rua, fazia guerra de mamona, que é uma árvore típica que tinha perto da onde eu morava. Andava muito de bicicleta, de patins e tinha um skate também quando era pequeno! A infância em Piracicaba foi muito gostosa. Cheguei em Ribeirão Preto com quando eu tinha aproximadamente 10 anos. Não jogava tanta bola, mas comecei a jogar tênis, andava bastante de bicicleta também e o skate ficou mais presente na minha vida. Estava sempre na rua, aproveitando! Eu e meus amigos fazíamos campeonato de bicicleta no canavial e chupávamos cana-de-açúcar. Uma lembrança que posso relacionar com a gastronomia na minha vida, pois eu sempre gostei muito de comer e a cana-de-açúcar é algo que está muito presente na minha memória. Isso é tão verdade que quando eu abri o Sal (meu restaurante), eu servia de couvert e até mesmo nos eventos: palitos de cana-de-açúcar gelado. Eram deliciosos e as pessoas adoravam.
Sua família ainda mora em Ribeirão Preto, certo? Costuma visitar a cidade? Quais seus programas favoritos?
Sim, hoje eu vou visitar minha família em Ribeirão e como a gente vai ficando mais velho eu fico bastante em casa com os meus pais. Vou a alguns restaurantes para conhecer, visito os velhos amigos do rock e de toda adolescência e a galera do punk também, mas, realmente, fico em família!
Como começou sua relação com a gastronomia? Você ainda continua achando que nenhum prato é melhor do que o arroz, feijão, bife acebolado e ovo frito da sua avó?
Ah, eu continuo achando, viu, haha, isso nunca deve mudar! Era a melhor comida da vida, tinha sabor de infância. Bom, minha relação com a gastronomia começou quando me mudei para São Paulo. Eu fazia faculdade de arquitetura e estava morando sozinho, portanto, comecei a cozinhar por necessidade. Peguei gosto pela coisa, me profissionalizei e tornei isso o meu ganha-pão. Com o tempo, construí meu próprio restaurante, e, com esse reconhecimento, veio o convite do Masterchef.
Conta para a gente: como foi o seu processo de mudança da cidade de Ribeirão Preto?
Bom, eu estava em Ribeirão Preto e cursava arquitetura, fiz metade da faculdade. Minha irmã morava em São Paulo e eu decidi ir para a capital fazer outra faculdade e ver como era morar na cidade grande. De uma certa forma me assustava o trânsito, muita gente, muita coisa, mas em um ano na cidade eu me adaptei muito e estou até hoje! Foi uma transição muito assertiva, devia ter meus 23/24 anos de idade.
Seu primeiro negócio foi um food truck e depois integrou a equipe de uma cafeteria. Conta para gente como foi essa trajetória (até chegar ao Sal)
Nossa, é uma trajetória longa! Com muitos desafios, mas conquistas também. Mas para resumir, eu sempre me dediquei ao máximo em todos os trabalhos que executei na minha vida, independente da área. Eu trabalhava em banco, estava cursando administração e aí parei a administração também quando comecei a cozinhar e ter maior interesse pela comida. Comecei a fazer jantares para pessoas conhecidas, e logo na sequência tive o food truck com um sócio, durou aproximadamente 6 meses. Foi onde eu saí do banco, e comecei a produzir as comidas em casa, e levava todos os dias comida para a Kombi. O food truck chamava-se “O Rei das Ruas”. Depois de 6 meses a Kombi parou, mas eu saí batendo perna e oferecendo lanches nas lojas de conveniência e nas lan-houses da época e ouvia muitos “nãos”. Fiquei algum tempo fazendo isso, e logo depois comecei a fazer estágios até chegar no Sal. Toda minha trajetória, até eu me encontrar e me realizar na cozinha, fez com que eu aprendesse a sempre dar o meu melhor e nunca desistir, além de valorizar a oportunidade de trabalhar com a gastronomia.
Como é hoje (com a rotina agitada) a relação com os filhos?
Eu tenho conseguido, cada vez mais, separar um tempo para estar com eles, para me dedicar a eles, e isso tem sido muito importante para nossa relação.
A paixão pelo rock te inspira na cozinha?
Inspira sim! Eu costumo dizer que o Fogaça rockeiro veio antes de todas as outras facetas que me completam hoje, sou apaixonado por música desde a infância, principalmente rock e harcore, e adotei esse estilo de vida para todas as áreas da minha vida. Isso se reflete até no nome dos meus negócios.
Como foi passar pelo MasterChef? O que essa experiência trouxe para sua carreira?
Na verdade não foi, mas é importante esclarecer aqui que não deixei o programa, fiz uma pausa temporária no Masterchef amadores, para conseguir me dedicar aos projetos pessoais e profissionais, principalmente no que se diz respeito a família. Mas, logo estarei de volta nas temporadas do MasterChef Profissionais MasterChef+. Retorno ainda esse ano! Estou no programa desde 2014. São tantos anos que para mim se tornou mais que um programa. É uma família que faz parte da minha vida! Sou muito grato por tudo, por todos os momentos com meus colegas jurados, que se tornaram amigos. Toda a equipe da Band e aos meus fãs, que sempre me acompanharam e me incentivaram com muito carinho e respeito. Logo estarei de volta para dar continuidade nessa incrível experiência de vida.
E o livro: “O Mundo do Sal”, de onde veio a ideia?
Sem o sal a gastronomia não seria a mesma que é hoje, é um ingrediente milenar e que traz muitas histórias culturais e sociais. Decidi abordar sobre o Sal porque se trata de um ingrediente muito democrático e universal, usado em todas as cozinhas do mundo.
Quais os planos do Fogaça para 2023?
São muitos planos e pouco tempo, haha. Eu gosto de estar sempre em movimento, e logo mais estarei com novidades no setor de motos. Não posso falar ainda, mas coisas muito boas virão!
Em entrevista exclusiva, Fogaça relembra a infância em Ribeirão e conta os planos para 2023
O chef Henrique Fogaça foi capa da primeira edição da revista Life Zumm, novo produto oficial do Mundo Zumm, e contou um pouco mais da sua trajetória
Um dos chefs mais renomados do país, Henrique Fogaça relembra momentos marcantes na cidade onde passou grande parte da vida e conta como conquistou seu espaço no cenário gastronômico nacional. Em entrevista exclusiva para a revista Life Zumm, o dono do Sal, renomado restaurante em São Paulo, que tem duas unidades, compartilhou com a gente a paixão pela música, família e, claro, a cozinha!
Você nasceu em Piracicaba, mas se considera ribeirão-pretano de coração?
Sim, eu nasci em Piracicaba em 1974. Tenho boas lembranças da cidade! Vivi lá até os 8 anos de idade. Morei muito mais tempo em Ribeirão Preto, mas Piracicaba também está no meu coração, porque foi o lugar onde eu nasci. Eu e minha avó materna morávamos perto do rio. Minha avó paterna em Águas de São Pedro, que era próximo. Tenho muitas lembranças boas de lá e de Ribeirão Preto, onde passei minha adolescência e o início da vida adulta.
Como era sua infância quando morava no interior?
A minha infância foi muito feliz na época de Piracicaba. Eu jogava muita bola na rua, fazia guerra de mamona, que é uma árvore típica que tinha perto da onde eu morava. Andava muito de bicicleta, de patins e tinha um skate também quando era pequeno! A infância em Piracicaba foi muito gostosa. Cheguei em Ribeirão Preto com quando eu tinha aproximadamente 10 anos. Não jogava tanta bola, mas comecei a jogar tênis, andava bastante de bicicleta também e o skate ficou mais presente na minha vida. Estava sempre na rua, aproveitando! Eu e meus amigos fazíamos campeonato de bicicleta no canavial e chupávamos cana-de-açúcar. Uma lembrança que posso relacionar com a gastronomia na minha vida, pois eu sempre gostei muito de comer e a cana-de-açúcar é algo que está muito presente na minha memória. Isso é tão verdade que quando eu abri o Sal (meu restaurante), eu servia de couvert e até mesmo nos eventos: palitos de cana-de-açúcar gelado. Eram deliciosos e as pessoas adoravam.
Sua família ainda mora em Ribeirão Preto, certo? Costuma visitar a cidade? Quais seus programas favoritos?
Sim, hoje eu vou visitar minha família em Ribeirão e como a gente vai ficando mais velho eu fico bastante em casa com os meus pais. Vou a alguns restaurantes para conhecer, visito os velhos amigos do rock e de toda adolescência e a galera do punk também, mas, realmente, fico em família!
Como começou sua relação com a gastronomia? Você ainda continua achando que nenhum prato é melhor do que o arroz, feijão, bife acebolado e ovo frito da sua avó?
Ah, eu continuo achando, viu, haha, isso nunca deve mudar! Era a melhor comida da vida, tinha sabor de infância. Bom, minha relação com a gastronomia começou quando me mudei para São Paulo. Eu fazia faculdade de arquitetura e estava morando sozinho, portanto, comecei a cozinhar por necessidade. Peguei gosto pela coisa, me profissionalizei e tornei isso o meu ganha-pão. Com o tempo, construí meu próprio restaurante, e, com esse reconhecimento, veio o convite do Masterchef.
Conta para a gente: como foi o seu processo de mudança da cidade de Ribeirão Preto?
Bom, eu estava em Ribeirão Preto e cursava arquitetura, fiz metade da faculdade. Minha irmã morava em São Paulo e eu decidi ir para a capital fazer outra faculdade e ver como era morar na cidade grande. De uma certa forma me assustava o trânsito, muita gente, muita coisa, mas em um ano na cidade eu me adaptei muito e estou até hoje! Foi uma transição muito assertiva, devia ter meus 23/24 anos de idade.
Seu primeiro negócio foi um food truck e depois integrou a equipe de uma cafeteria. Conta para gente como foi essa trajetória (até chegar ao Sal)
Nossa, é uma trajetória longa! Com muitos desafios, mas conquistas também. Mas para resumir, eu sempre me dediquei ao máximo em todos os trabalhos que executei na minha vida, independente da área. Eu trabalhava em banco, estava cursando administração e aí parei a administração também quando comecei a cozinhar e ter maior interesse pela comida. Comecei a fazer jantares para pessoas conhecidas, e logo na sequência tive o food truck com um sócio, durou aproximadamente 6 meses. Foi onde eu saí do banco, e comecei a produzir as comidas em casa, e levava todos os dias comida para a Kombi. O food truck chamava-se “O Rei das Ruas”. Depois de 6 meses a Kombi parou, mas eu saí batendo perna e oferecendo lanches nas lojas de conveniência e nas lan-houses da época e ouvia muitos “nãos”. Fiquei algum tempo fazendo isso, e logo depois comecei a fazer estágios até chegar no Sal. Toda minha trajetória, até eu me encontrar e me realizar na cozinha, fez com que eu aprendesse a sempre dar o meu melhor e nunca desistir, além de valorizar a oportunidade de trabalhar com a gastronomia.
Como é hoje (com a rotina agitada) a relação com os filhos?
Eu tenho conseguido, cada vez mais, separar um tempo para estar com eles, para me dedicar a eles, e isso tem sido muito importante para nossa relação.
A paixão pelo rock te inspira na cozinha?
Inspira sim! Eu costumo dizer que o Fogaça rockeiro veio antes de todas as outras facetas que me completam hoje, sou apaixonado por música desde a infância, principalmente rock e harcore, e adotei esse estilo de vida para todas as áreas da minha vida. Isso se reflete até no nome dos meus negócios.
Como foi passar pelo MasterChef? O que essa experiência trouxe para sua carreira?
Na verdade não foi, mas é importante esclarecer aqui que não deixei o programa, fiz uma pausa temporária no Masterchef amadores, para conseguir me dedicar aos projetos pessoais e profissionais, principalmente no que se diz respeito a família. Mas, logo estarei de volta nas temporadas do MasterChef Profissionais MasterChef+. Retorno ainda esse ano! Estou no programa desde 2014. São tantos anos que para mim se tornou mais que um programa. É uma família que faz parte da minha vida! Sou muito grato por tudo, por todos os momentos com meus colegas jurados, que se tornaram amigos. Toda a equipe da Band e aos meus fãs, que sempre me acompanharam e me incentivaram com muito carinho e respeito. Logo estarei de volta para dar continuidade nessa incrível experiência de vida.
E o livro: “O Mundo do Sal”, de onde veio a ideia?
Sem o sal a gastronomia não seria a mesma que é hoje, é um ingrediente milenar e que traz muitas histórias culturais e sociais. Decidi abordar sobre o Sal porque se trata de um ingrediente muito democrático e universal, usado em todas as cozinhas do mundo.
Quais os planos do Fogaça para 2023?
São muitos planos e pouco tempo, haha. Eu gosto de estar sempre em movimento, e logo mais estarei com novidades no setor de motos. Não posso falar ainda, mas coisas muito boas virão!
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