Parte do projeto Gerando Falcões, iniciativa, revelada durante reunião do LIDE, propõe um modelo de desenvolvimento social para as favelas
Por Amanda Pioli
Ao anunciar o convidado especial do encontro do LIDE Ribeirão Preto desta quarta-feira (2 de agosto), o presidente do grupo, Fábio Fernandes, o definiu como “uma força da natureza” e “uma celebridade com causa nobre” – sem recorrer a exageros. Durante pouco mais de uma hora, o empreendedor social e ativista Edu Lyra prendeu a atenção dos associados do grupo empresarial falando apaixonadamente da iniciativa “Favela 3D”, que será desenvolvida de forma inédita em Ribeirão Preto.
O anúncio do projeto na cidade foi feito minutos antes, no mesmo palco do Centro de Eventos do RibeirãoShopping, pelo prefeito Duarte Nogueira. A proposta é selecionar um dos quase 120 núcleos habitacionais da cidade para desenvolver um programa de reestruturação social, focada na melhoria da qualidade de vida de seus moradores de maneira digital, digna e desenvolvida (3D). “Eu vim nessa cidade não só para transformar a favela, mas para transformar a sociedade. A coisa mais importante que temos é cidadania. E cidadania é participação”, destacou durante sua fala, na qual buscou o apoio das lideranças presentes.
Mandala Social
A abordagem do Favela 3D prevê o desenvolvimento de trilhas personalizadas – rotas de dignidade, segundo Edu Lyra – para as famílias das comunidades, permitindo que elas consigam sair da pobreza. De acordo com o ativista, a iniciativa cria um modelo de emancipação social, que, diferente de programas assistenciais, visa à superação da pobreza, e não apenas um alívio, sem criar uma dependência do sistema assistencial.
Conheça uma pouco mais da Favela 3D:
Para isso, o modelo é baseado em uma “Mandala social”, cujas pétalas representam oito pilares em consonância: moradia digna; geração de renda; cultura, esporte e lazer; autonomia da mulher; primeira infância; direito à educação; cidadania e cultura da paz; e acesso à saúde.
A proposta também faz parte da Gerando Falcões, um ecossistema de desenvolvimento social criado por Lyra, que atua em rede para acelerar o poder de impacto de líderes em favelas do Brasil e tem como missão transformar a pobreza e gerar resultados de longo prazo. Até hoje, já foram mais de 5.500 favelas impactadas, em 25 estados, transformando a vida de quase 720 mil pessoas.
Em entrevista ao Mundo Zumm, Edu Lyra afirmou que espera começar a implementar o Favela 3D em Ribeirão Preto ainda neste semestre, assim que for escolhida a favela e feito o diagnóstico de suas necessidades. Logo após o evento do LIDE, ele, junto com autoridades locais, sobrevoou alguns dos núcleos candidatos.
“Estamos uma etapa de identificar um território e uma liderança local, fazer o diagnóstico e o planejamento, chegar a um valor e buscar um blended finance, que significa ter o dinheiro do município e o dinheiro da sociedade civil, iniciando um plano de transformação para criar um grande case de superação da pobreza”.
Solução multissetorial
Deixando claro a empolgação que sente de poder executar o Favela 3D, Lyra já estava no meio da plateia, entre os convidados, quando destacou mais uma vez a importância do envolvimento de todos os setores da sociedade para que o projeto dê certo, inclusive avaliando que “tem que ter coragem de fazer a coisa certa, porque, às vezes, fazer a coisa certa é impopular”.
Mas aproveitado que estava lado a lado com as principais lideranças empresariais da região, garantiu que jamais viu, entre seus apoiadores, alguém que não tenha colhido frutos ao apoiar a causa. “Nunca vi nenhum doador arrebentado. Tenho certeza que, se vocês jogarem comigo, as coisas só tendem a melhorar”.
Para o Mundo Zumm, ele voltou a avaliar a necessidade de soluções multissetoriais, afirmando que “à mesa, tem que ter governo, sociedade civil e empresas”, além da favela, que deve estar no centro, co-criando um projeto “debaixo para cima, de dentro para fora”. “Quando definirmos as metas – saúde, educação, infraestrutura, habitação, entre outras –, temos que descobrir: quem da sociedade poderá apoiar em cada uma delas? Também vamos buscar soluções que já existem na cidade, porque ela tem as suas inovações também; queremos trazê-las para dentro da favela”, ressaltou.
Falando em emancipação social, Edu Lyra anuncia ‘Favela 3D’ em Ribeirão
Parte do projeto Gerando Falcões, iniciativa, revelada durante reunião do LIDE, propõe um modelo de desenvolvimento social para as favelas
Por Amanda Pioli
Ao anunciar o convidado especial do encontro do LIDE Ribeirão Preto desta quarta-feira (2 de agosto), o presidente do grupo, Fábio Fernandes, o definiu como “uma força da natureza” e “uma celebridade com causa nobre” – sem recorrer a exageros. Durante pouco mais de uma hora, o empreendedor social e ativista Edu Lyra prendeu a atenção dos associados do grupo empresarial falando apaixonadamente da iniciativa “Favela 3D”, que será desenvolvida de forma inédita em Ribeirão Preto.
O anúncio do projeto na cidade foi feito minutos antes, no mesmo palco do Centro de Eventos do RibeirãoShopping, pelo prefeito Duarte Nogueira. A proposta é selecionar um dos quase 120 núcleos habitacionais da cidade para desenvolver um programa de reestruturação social, focada na melhoria da qualidade de vida de seus moradores de maneira digital, digna e desenvolvida (3D). “Eu vim nessa cidade não só para transformar a favela, mas para transformar a sociedade. A coisa mais importante que temos é cidadania. E cidadania é participação”, destacou durante sua fala, na qual buscou o apoio das lideranças presentes.
Mandala Social
A abordagem do Favela 3D prevê o desenvolvimento de trilhas personalizadas – rotas de dignidade, segundo Edu Lyra – para as famílias das comunidades, permitindo que elas consigam sair da pobreza. De acordo com o ativista, a iniciativa cria um modelo de emancipação social, que, diferente de programas assistenciais, visa à superação da pobreza, e não apenas um alívio, sem criar uma dependência do sistema assistencial.
Conheça uma pouco mais da Favela 3D:
Para isso, o modelo é baseado em uma “Mandala social”, cujas pétalas representam oito pilares em consonância: moradia digna; geração de renda; cultura, esporte e lazer; autonomia da mulher; primeira infância; direito à educação; cidadania e cultura da paz; e acesso à saúde.
A proposta também faz parte da Gerando Falcões, um ecossistema de desenvolvimento social criado por Lyra, que atua em rede para acelerar o poder de impacto de líderes em favelas do Brasil e tem como missão transformar a pobreza e gerar resultados de longo prazo. Até hoje, já foram mais de 5.500 favelas impactadas, em 25 estados, transformando a vida de quase 720 mil pessoas.
Em entrevista ao Mundo Zumm, Edu Lyra afirmou que espera começar a implementar o Favela 3D em Ribeirão Preto ainda neste semestre, assim que for escolhida a favela e feito o diagnóstico de suas necessidades. Logo após o evento do LIDE, ele, junto com autoridades locais, sobrevoou alguns dos núcleos candidatos.
“Estamos uma etapa de identificar um território e uma liderança local, fazer o diagnóstico e o planejamento, chegar a um valor e buscar um blended finance, que significa ter o dinheiro do município e o dinheiro da sociedade civil, iniciando um plano de transformação para criar um grande case de superação da pobreza”.
Solução multissetorial
Deixando claro a empolgação que sente de poder executar o Favela 3D, Lyra já estava no meio da plateia, entre os convidados, quando destacou mais uma vez a importância do envolvimento de todos os setores da sociedade para que o projeto dê certo, inclusive avaliando que “tem que ter coragem de fazer a coisa certa, porque, às vezes, fazer a coisa certa é impopular”.
Mas aproveitado que estava lado a lado com as principais lideranças empresariais da região, garantiu que jamais viu, entre seus apoiadores, alguém que não tenha colhido frutos ao apoiar a causa. “Nunca vi nenhum doador arrebentado. Tenho certeza que, se vocês jogarem comigo, as coisas só tendem a melhorar”.
Para o Mundo Zumm, ele voltou a avaliar a necessidade de soluções multissetoriais, afirmando que “à mesa, tem que ter governo, sociedade civil e empresas”, além da favela, que deve estar no centro, co-criando um projeto “debaixo para cima, de dentro para fora”. “Quando definirmos as metas – saúde, educação, infraestrutura, habitação, entre outras –, temos que descobrir: quem da sociedade poderá apoiar em cada uma delas? Também vamos buscar soluções que já existem na cidade, porque ela tem as suas inovações também; queremos trazê-las para dentro da favela”, ressaltou.
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