Esta foi a primeira cirurgia no hospital com uso da tecnologia, que reduz riscos e proporciona precisão para a extração de tumores na base do crânio. Considerado de alta complexidade, procedimento foi realizado em uma mulher de 39 anos, que passa bem e já está em casa
A utilização de técnicas minimamente invasivas, como o laser, sinaliza avanços positivos nas neurocirurgias. Além do da redução do tempo cirúrgico e de internação, a técnica proporciona a extração de tumores com muito mais precisão e segurança. No Brasil, terapias com laser vêm sendo utilizadas há cerca de quatro anos. Em Ribeirão Preto, no Hospital Unimed, no início do mês, uma cirurgia de alta complexidade de tumor cerebral usou a tecnologia no intraoperatório e foi considerada um sucesso. O procedimento foi realizado em uma mulher de 39 anos, que após quatro dias obteve alta médica e está em casa se recuperando sem nenhuma sequela.
A intervenção cirúrgica foi comandada pelo neurocirurgião Breno Nery e contou com a participação de uma equipe composta por mais um neurocirurgião, anestesistas e um neurofisiologista. Segundo o médico, trata-se de um caso complexo de tumor cerebral na base do crânio, conhecido como Meningioma do Forame Magno, localizado na transição entre a cabeça e a coluna cervical. É uma patologia rara, que representa um dos mais desafiantes tumores do sistema nervoso central em relação ao seu tratamento cirúrgico.
O médico Breno Nery explica que nesta região há estruturas importantes, desde vasos, como a artéria vertebral e cerebelar inferior posterior (da cabeça), até nervos cranianos baixos. “É uma região com muitos nervos. Se há uma lesão durante a cirurgia, o paciente pode ficar com sequelas grandes como rouquidão e dificuldades para engolir e respirar”, explica.
Para a remoção do tumor no pré-operatório, foi realizada uma embolização, ou seja, a retirada de toda a vascularização do tumor para que ele sangrasse menos. Dessa forma, a equipe médica conseguiu ter uma visão correta da anatomia da região para, então, utilizar o laser. “Com o laser foi possível destruir a célula tumoral de maneira extremamente precisa, sem atingir nenhum nervo da região”, destaca o neurocirurgião.
Normalmente, em uma operação desse porte uma equipe médica leva em torno de 8 a 10 horas para concluir a extração de um tumor. Neste procedimento, com uso do laser, o tempo da microcirurgia foi em torno de 1h20 e a cirurgia total levou 3 horas e meia. “É uma intervenção que se torna muito menos perigosa, mais precisa e que é possível destruir a célula com grande facilidade. Com o uso do laser, junto com o aspirador ultrassônico, é possível a remoção muito mais rápida e segura”, avalia o médico, destacando que, neste tipo de tumor, é muito difícil extrair sua base de implantação porque é necessário cortar regiões que não podem ser manipuladas. “O uso da tecnologia permitiu um menor tempo cirúrgico e minimizou as possíveis sequelas da paciente, que teve alta médica em cinco dias após a cirurgia”, completa Nery.
De acordo com o médico, em cirurgias de base de crânio o paciente geralmente fica internado durante duas semanas, por conta da necessidade do uso de sonda no período pós operatório. Em alguns casos, são necessários, também, alguns procedimentos como a traqueostomia.
O uso de laser
A tecnologia do raio laser – luz monocromática que concentra um feixe de luz de alta intensidade direcional e coerente – vem colaborando de forma bastante positiva no processo de retirada de tumores em áreas perigosas, pois possui propriedade especiais que o transformam em um poderoso instrumento de uso científico. Com a técnica, a temperatura da célula tumoral é elevada de uma forma tão intensa que ela desidrata e morre.
Hospital Unimed Ribeirão Preto utiliza laser em cirurgia de tumor cerebral
Esta foi a primeira cirurgia no hospital com uso da tecnologia, que reduz riscos e proporciona precisão para a extração de tumores na base do crânio. Considerado de alta complexidade, procedimento foi realizado em uma mulher de 39 anos, que passa bem e já está em casa
A utilização de técnicas minimamente invasivas, como o laser, sinaliza avanços positivos nas neurocirurgias. Além do da redução do tempo cirúrgico e de internação, a técnica proporciona a extração de tumores com muito mais precisão e segurança. No Brasil, terapias com laser vêm sendo utilizadas há cerca de quatro anos. Em Ribeirão Preto, no Hospital Unimed, no início do mês, uma cirurgia de alta complexidade de tumor cerebral usou a tecnologia no intraoperatório e foi considerada um sucesso. O procedimento foi realizado em uma mulher de 39 anos, que após quatro dias obteve alta médica e está em casa se recuperando sem nenhuma sequela.
A intervenção cirúrgica foi comandada pelo neurocirurgião Breno Nery e contou com a participação de uma equipe composta por mais um neurocirurgião, anestesistas e um neurofisiologista. Segundo o médico, trata-se de um caso complexo de tumor cerebral na base do crânio, conhecido como Meningioma do Forame Magno, localizado na transição entre a cabeça e a coluna cervical. É uma patologia rara, que representa um dos mais desafiantes tumores do sistema nervoso central em relação ao seu tratamento cirúrgico.
O médico Breno Nery explica que nesta região há estruturas importantes, desde vasos, como a artéria vertebral e cerebelar inferior posterior (da cabeça), até nervos cranianos baixos. “É uma região com muitos nervos. Se há uma lesão durante a cirurgia, o paciente pode ficar com sequelas grandes como rouquidão e dificuldades para engolir e respirar”, explica.
Para a remoção do tumor no pré-operatório, foi realizada uma embolização, ou seja, a retirada de toda a vascularização do tumor para que ele sangrasse menos. Dessa forma, a equipe médica conseguiu ter uma visão correta da anatomia da região para, então, utilizar o laser. “Com o laser foi possível destruir a célula tumoral de maneira extremamente precisa, sem atingir nenhum nervo da região”, destaca o neurocirurgião.
Normalmente, em uma operação desse porte uma equipe médica leva em torno de 8 a 10 horas para concluir a extração de um tumor. Neste procedimento, com uso do laser, o tempo da microcirurgia foi em torno de 1h20 e a cirurgia total levou 3 horas e meia. “É uma intervenção que se torna muito menos perigosa, mais precisa e que é possível destruir a célula com grande facilidade. Com o uso do laser, junto com o aspirador ultrassônico, é possível a remoção muito mais rápida e segura”, avalia o médico, destacando que, neste tipo de tumor, é muito difícil extrair sua base de implantação porque é necessário cortar regiões que não podem ser manipuladas. “O uso da tecnologia permitiu um menor tempo cirúrgico e minimizou as possíveis sequelas da paciente, que teve alta médica em cinco dias após a cirurgia”, completa Nery.
De acordo com o médico, em cirurgias de base de crânio o paciente geralmente fica internado durante duas semanas, por conta da necessidade do uso de sonda no período pós operatório. Em alguns casos, são necessários, também, alguns procedimentos como a traqueostomia.
O uso de laser
A tecnologia do raio laser – luz monocromática que concentra um feixe de luz de alta intensidade direcional e coerente – vem colaborando de forma bastante positiva no processo de retirada de tumores em áreas perigosas, pois possui propriedade especiais que o transformam em um poderoso instrumento de uso científico. Com a técnica, a temperatura da célula tumoral é elevada de uma forma tão intensa que ela desidrata e morre.
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