Confira a orientação de uma psicanalista e pedagoga sobre o que fazer para ajudar nessas situações e mudar o comportamento
As aulas já voltaram na maioria das escolas e as rotinas, a entrar nos eixos. Ou quase isso. Em alguns casos, o retorno traz angústia e insegurança para crianças ou jovens, que se recusam a ir, e aos pais, que não sabem o que fazer. Acolher, agir com firmeza, investigar o que está acontecendo, procurar a direção, mudar de escola?
Segundo a psicanalista e pedagoga Maristela Carvalho, o problema pode surgir por diversas razões, desde dificuldade em acordar cedo ou engajar com o conteúdo, até situações com professores e colegas. Seja o que for, é importante entender a escola como a primeira grande sociedade da criança, onde enfrentará as dificuldades do dia a dia e aprenderá a lidar com elas.
“A criança que passa por uma dificuldade muito grande não deve ser afastada do problema; ela precisa ser acompanhada, acolhida, orientada neste processo. Isso irá fortalecê-la para que, não apenas neste, mas também nos problemas futuros, quando adulta, consiga ter força para enfrentar”, explica.
Também formada em Psicanálise pelo Centro de Estudo Psicanalítico, Maristela aponta que o modo como lidamos com os impasses de hoje e apoiamos os filhos refletirá em como eles farão mais tarde, na vida adulta.
“Os problemas seguirão acontecendo. Hoje, é na escola, mas, em breve, será com um chefe, um colega de trabalho, com colaboradores. Como resolvemos as situações ao longo da vida está relacionado às experiências da nossa infância. Por isso, é tão importante apoiar desde cedo crianças e jovens a enfrentarem cada desafio”.
O que fazer?
Se a criança não quer ir para a escola, o primeiro passo é estar perto para acompanhar e ajudar a enfrentar – não se esconder. A pedagoga destaca que precisamos deixar claro que entendemos a sua angústia, que estamos ao seu lado e que acreditamos que aquele desafio será ultrapassado.
“A mãe com medo, que não enxerga a capacidade do filho, transmite a ele toda a sua insegurança, deixando-o ainda mais fragilizado. Reconhecer que ele é capaz de superar e transmitir com clareza esse sentimento fortalecerá esta criança a acreditar em si mesma”.
Caso estas medidas não sejam suficientes, é importante procurar ajuda profissional, seja na escola ou apoio psicológico para a criança. O que não podemos é ignorar um sinal de alerta, afirma Maristela.
Meu filho não quer ir para a escola. O que eu faço?
Confira a orientação de uma psicanalista e pedagoga sobre o que fazer para ajudar nessas situações e mudar o comportamento
As aulas já voltaram na maioria das escolas e as rotinas, a entrar nos eixos. Ou quase isso. Em alguns casos, o retorno traz angústia e insegurança para crianças ou jovens, que se recusam a ir, e aos pais, que não sabem o que fazer. Acolher, agir com firmeza, investigar o que está acontecendo, procurar a direção, mudar de escola?
Segundo a psicanalista e pedagoga Maristela Carvalho, o problema pode surgir por diversas razões, desde dificuldade em acordar cedo ou engajar com o conteúdo, até situações com professores e colegas. Seja o que for, é importante entender a escola como a primeira grande sociedade da criança, onde enfrentará as dificuldades do dia a dia e aprenderá a lidar com elas.
“A criança que passa por uma dificuldade muito grande não deve ser afastada do problema; ela precisa ser acompanhada, acolhida, orientada neste processo. Isso irá fortalecê-la para que, não apenas neste, mas também nos problemas futuros, quando adulta, consiga ter força para enfrentar”, explica.
Também formada em Psicanálise pelo Centro de Estudo Psicanalítico, Maristela aponta que o modo como lidamos com os impasses de hoje e apoiamos os filhos refletirá em como eles farão mais tarde, na vida adulta.
“Os problemas seguirão acontecendo. Hoje, é na escola, mas, em breve, será com um chefe, um colega de trabalho, com colaboradores. Como resolvemos as situações ao longo da vida está relacionado às experiências da nossa infância. Por isso, é tão importante apoiar desde cedo crianças e jovens a enfrentarem cada desafio”.
O que fazer?
Se a criança não quer ir para a escola, o primeiro passo é estar perto para acompanhar e ajudar a enfrentar – não se esconder. A pedagoga destaca que precisamos deixar claro que entendemos a sua angústia, que estamos ao seu lado e que acreditamos que aquele desafio será ultrapassado.
“A mãe com medo, que não enxerga a capacidade do filho, transmite a ele toda a sua insegurança, deixando-o ainda mais fragilizado. Reconhecer que ele é capaz de superar e transmitir com clareza esse sentimento fortalecerá esta criança a acreditar em si mesma”.
Caso estas medidas não sejam suficientes, é importante procurar ajuda profissional, seja na escola ou apoio psicológico para a criança. O que não podemos é ignorar um sinal de alerta, afirma Maristela.
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