O executivo em investimentos para o agronegócio Henrique Galvani analisa o atual momento do setor no Brasil e no mundo dentro da perspectiva do Agro 5.0
A agricultura tem sido uma atividade fundamental para a humanidade ao longo da história e, nas últimas décadas, temos testemunhado uma transformação significativa no segmento, impulsionada pela tecnologia.
Um estudo realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em parceria com o Sebrae identificou que 84% dos agricultores já utilizam ao menos uma plataforma digital. Ao mesmo tempo, o levantamento da consultoria 360 Research & Reports registrou que os recursos tecnológicos no setor devem movimentar mais de US$ 8 bilhões até 2026.
Diante desse contexto, é possível começar a falar sobre a próxima fase da revolução tecnológica na agricultura: o Agro 5.0. “Ele tem o intuito de otimizar a produtividade na agricultura, mas sem deixar a sustentabilidade de lado”, resume Henrique Galvani, COO e sócio-fundador da Arara Seed, 1ª plataforma de investimentos coletivos do setor do Agronegócio.
De acordo com Galvani, o conceito é caracterizado pelo uso integrado de recursos tecnológicos avançados, tais como Inteligência Artificial (IA), Big Data, Internet das Coisas (IoT), automação e drones, sendo uma evolução dos estágios anteriores do segmento.
O caminho até o Agro 5.0
A fim de esclarecer como o Agro 5.0 surgiu, o especialista em investimentos explica o caminho até este momento.
“O Agro 1.0 refere-se a uma agricultura tradicional e manual. Em seguida, veio o 2.0, marcado pela mecanização por meio da introdução de máquinas como tratores e colheitadeiras. Já o 3.0 foi impulsionado pela automação e controle eletrônico a partir da adoção de sistemas de GPS e monitoramento remoto, permitindo uma maior precisão das operações agrícolas. Por sua vez, o 4.0 passou a contar com a integração de sistemas, e, consequentemente, com a análise de dados”, aponta.
Dessa maneira, segundo Galvani, o Agro 5.0 veio para elevar a atuação estratégica desse mercado a um novo nível. “Com o avanço da IA, os agricultores têm acesso a sistemas de tomada de decisão com base em algoritmos que podem analisar um grande volume de informação, além de fornecer recomendações precisas em tempo real. A IoT é capaz de conectar máquinas, sensores e dispositivos em toda a cadeia produtiva, contribuindo para o aumento da eficácia do monitoramento”.
O papel das agtechs
Nesse ponto, o COO ressalta que toda essa realidade somente é possível por conta das agtechs – startups que unem a tecnologia ao agronegócio. Segundo dados divulgados pelo Distrito, ecossistema independente de startups, hoje existem 769 dessas empresas na América Latina, sendo que 76,5% estão no Brasil. Ao todo, esses negócios chegaram a captar mais de US$ 650 milhões desde 2017.
“Na prática, as startups do agro desempenham um papel fundamental na disseminação do Agro 5.0 por meio da implementação de soluções agrícolas inovadoras. Essas iniciativas permitem o monitoramento em tempo real das produções, otimizando o uso de recursos, automatizando tarefas, promovendo a conectividade e a integração de dados”, destaca Gavani.
Também segundo ele, para que toda essa evolução tenha bons resultados, é fundamental acelerar a capacitação dos agricultores, permitindo a eles conhecimentos e habilidades para utilizar e gerenciar essas novas máquinas e softwares.
“A educação agrícola e o treinamento são fundamentais para que os agricultores e operadores possam aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pela tecnologização. Pois, no final das contas, as agtechs aumentam a produtividade, sustentabilidade e eficiência do setor agrícola, abrindo as portas para a transição do segmento para o Agro 5.0”, conclui.
O Agro 5.0 e o papel das agtechs para o desenvolvimento do setor
O executivo em investimentos para o agronegócio Henrique Galvani analisa o atual momento do setor no Brasil e no mundo dentro da perspectiva do Agro 5.0
A agricultura tem sido uma atividade fundamental para a humanidade ao longo da história e, nas últimas décadas, temos testemunhado uma transformação significativa no segmento, impulsionada pela tecnologia.
Um estudo realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em parceria com o Sebrae identificou que 84% dos agricultores já utilizam ao menos uma plataforma digital. Ao mesmo tempo, o levantamento da consultoria 360 Research & Reports registrou que os recursos tecnológicos no setor devem movimentar mais de US$ 8 bilhões até 2026.
Diante desse contexto, é possível começar a falar sobre a próxima fase da revolução tecnológica na agricultura: o Agro 5.0. “Ele tem o intuito de otimizar a produtividade na agricultura, mas sem deixar a sustentabilidade de lado”, resume Henrique Galvani, COO e sócio-fundador da Arara Seed, 1ª plataforma de investimentos coletivos do setor do Agronegócio.
De acordo com Galvani, o conceito é caracterizado pelo uso integrado de recursos tecnológicos avançados, tais como Inteligência Artificial (IA), Big Data, Internet das Coisas (IoT), automação e drones, sendo uma evolução dos estágios anteriores do segmento.
O caminho até o Agro 5.0
A fim de esclarecer como o Agro 5.0 surgiu, o especialista em investimentos explica o caminho até este momento.
“O Agro 1.0 refere-se a uma agricultura tradicional e manual. Em seguida, veio o 2.0, marcado pela mecanização por meio da introdução de máquinas como tratores e colheitadeiras. Já o 3.0 foi impulsionado pela automação e controle eletrônico a partir da adoção de sistemas de GPS e monitoramento remoto, permitindo uma maior precisão das operações agrícolas. Por sua vez, o 4.0 passou a contar com a integração de sistemas, e, consequentemente, com a análise de dados”, aponta.
Dessa maneira, segundo Galvani, o Agro 5.0 veio para elevar a atuação estratégica desse mercado a um novo nível. “Com o avanço da IA, os agricultores têm acesso a sistemas de tomada de decisão com base em algoritmos que podem analisar um grande volume de informação, além de fornecer recomendações precisas em tempo real. A IoT é capaz de conectar máquinas, sensores e dispositivos em toda a cadeia produtiva, contribuindo para o aumento da eficácia do monitoramento”.
O papel das agtechs
Nesse ponto, o COO ressalta que toda essa realidade somente é possível por conta das agtechs – startups que unem a tecnologia ao agronegócio. Segundo dados divulgados pelo Distrito, ecossistema independente de startups, hoje existem 769 dessas empresas na América Latina, sendo que 76,5% estão no Brasil. Ao todo, esses negócios chegaram a captar mais de US$ 650 milhões desde 2017.
“Na prática, as startups do agro desempenham um papel fundamental na disseminação do Agro 5.0 por meio da implementação de soluções agrícolas inovadoras. Essas iniciativas permitem o monitoramento em tempo real das produções, otimizando o uso de recursos, automatizando tarefas, promovendo a conectividade e a integração de dados”, destaca Gavani.
Também segundo ele, para que toda essa evolução tenha bons resultados, é fundamental acelerar a capacitação dos agricultores, permitindo a eles conhecimentos e habilidades para utilizar e gerenciar essas novas máquinas e softwares.
“A educação agrícola e o treinamento são fundamentais para que os agricultores e operadores possam aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pela tecnologização. Pois, no final das contas, as agtechs aumentam a produtividade, sustentabilidade e eficiência do setor agrícola, abrindo as portas para a transição do segmento para o Agro 5.0”, conclui.
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