Seguindo a série sobre ESG, o tema de hoje é o S, de Social
Hoje seguimos com nossa trilogia corporativa sobre ESG e vamos tratar da letrinha que ocupa o meio desse sanduíche de boas práticas: o Social.
Como aqui tratamos de interações humanas entre stakeholders internos e externos de uma organização, temos um leque imenso de análise, sendo impossível esgotar o tema em apenas alguns parágrafos. Mas para esta contribuição, levaremos em conta conceito abrangente, que atinge todas as práticas que afetam o desenvolvimento das pessoas que estão relacionadas à empresa, direta ou indiretamente.
Em linhas gerais e para esse primeiro contato, posso dizer que o “S” engloba a gestão da diversidade e da inclusão, o combate ao trabalho infantil e análogo à escravidão, as relações trabalhistas, os direitos humanos e as relações com as comunidades.
Vamos pensar no ambiente interno primeiro. O que sua empresa faz para promover o desenvolvimento humano de seus empregados? Oferece boas condições de trabalho para além da obrigação legal? Paga salários igualitários para homens e mulheres na mesma função? Se preocupa em ter um quadro de empregados diverso e inclusivo? Respeita e cumpre os direitos trabalhistas sem ressalvas e desvios? Observa a cota de trabalhadores com deficiência preocupando-se realmente em integra-los ao ambiente de trabalho?
Responder sim a estas e outras tantas perguntas é o que torna a empresa alinhada com as boas práticas sociais.
Agora vamos levar nosso olhar para o ambiente externo. Aqui precisamos analisar todas as interações que ocorrem do portão para fora, por exemplo: a produção de matérias primas que são compradas, a cadeia produtiva, a fiscalização de prestadores de serviço, as relações com a comunidade do lugar em que a empresa está inserida, dentre tantas outras relações existentes. É justamente aqui que o calo aperta!
A cadeia produtiva cada dia mais está globalizada e a terceirização já virou arroz com feijão nas estratégias para redução de custos da produção. E não é para menos, afinal é uma tendência mundial descentralizar cada vez mais o processo produtivo por ser mais barato e eficiente.
Contudo, essa descentralização não tira da empresa o dever de fiscalizar e saber de onde vem a matéria prima que está comprando, as condições de trabalho dos empregados que a estão produzindo, a regularidade social de seus fornecedores; isto se torna uma tarefa hercúlea. Arrisco dizer que você está pensando: “como vou saber a jornada de trabalho do empregado que faz minha matéria prima lá na China?”, e é esse justamente o desafio.
Uma saída da indústria deste seguimento, por exemplo, foi a criação de selos de certificação. A Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) publica uma relação de confecções aprovadas e fiscalizadas, com as quais as marcas podem escolher trabalhar.
A transparência também é uma alternativa. Grandes marcas divulgam a relação de fornecedores em seus sites, e com isso tornam sua rede de fiscalização e possibilidade de denúncias muito mais ampla.
Quando denúncias de omissão vêm a público, a imprensa, investidores e os consumidores não costumam buscar explicações e imediatamente tomam medidas de retaliação à denunciada. Por isso a construção e efetivação das boas práticas é tão importante.
Mesmo que não contem com uma estrutura complexa, pequenas e médias empresas podem se preocupar com a construção de uma rede de desenvolvimento social com “pequenas” boas práticas, como a promoção e o respeito à diversidade em seu quadro, o investimento em projetos sociais da comunidade local, a valorização de seus empregados com salários justos e o respeito à legislação.
E convenhamos, por menor que seja o porte da empresa, contribuir para o bom desenvolvimento de um ser humano nunca é “pequeno”.
O ESG na prática: o que é o Social?
Seguindo a série sobre ESG, o tema de hoje é o S, de Social
Hoje seguimos com nossa trilogia corporativa sobre ESG e vamos tratar da letrinha que ocupa o meio desse sanduíche de boas práticas: o Social.
Como aqui tratamos de interações humanas entre stakeholders internos e externos de uma organização, temos um leque imenso de análise, sendo impossível esgotar o tema em apenas alguns parágrafos. Mas para esta contribuição, levaremos em conta conceito abrangente, que atinge todas as práticas que afetam o desenvolvimento das pessoas que estão relacionadas à empresa, direta ou indiretamente.
Em linhas gerais e para esse primeiro contato, posso dizer que o “S” engloba a gestão da diversidade e da inclusão, o combate ao trabalho infantil e análogo à escravidão, as relações trabalhistas, os direitos humanos e as relações com as comunidades.
Vamos pensar no ambiente interno primeiro. O que sua empresa faz para promover o desenvolvimento humano de seus empregados? Oferece boas condições de trabalho para além da obrigação legal? Paga salários igualitários para homens e mulheres na mesma função? Se preocupa em ter um quadro de empregados diverso e inclusivo? Respeita e cumpre os direitos trabalhistas sem ressalvas e desvios? Observa a cota de trabalhadores com deficiência preocupando-se realmente em integra-los ao ambiente de trabalho?
Responder sim a estas e outras tantas perguntas é o que torna a empresa alinhada com as boas práticas sociais.
Agora vamos levar nosso olhar para o ambiente externo. Aqui precisamos analisar todas as interações que ocorrem do portão para fora, por exemplo: a produção de matérias primas que são compradas, a cadeia produtiva, a fiscalização de prestadores de serviço, as relações com a comunidade do lugar em que a empresa está inserida, dentre tantas outras relações existentes. É justamente aqui que o calo aperta!
A cadeia produtiva cada dia mais está globalizada e a terceirização já virou arroz com feijão nas estratégias para redução de custos da produção. E não é para menos, afinal é uma tendência mundial descentralizar cada vez mais o processo produtivo por ser mais barato e eficiente.
Contudo, essa descentralização não tira da empresa o dever de fiscalizar e saber de onde vem a matéria prima que está comprando, as condições de trabalho dos empregados que a estão produzindo, a regularidade social de seus fornecedores; isto se torna uma tarefa hercúlea. Arrisco dizer que você está pensando: “como vou saber a jornada de trabalho do empregado que faz minha matéria prima lá na China?”, e é esse justamente o desafio.
Empresas de grande visibilidade enfrentam estas questões com frequência. Não raro a imprensa divulga denúncias que atrelam produtos ou serviços à exploração de trabalhadores em diversas partes do mundo, em locais bem distantes do polo industrial da empresa denunciada, submetidos a condições análogas à escravidão, como ocorreu algumas vezes com indústria têxtil. Marcas famosas acabam incluídas no rol daquelas que não se preocupam com o Social e exploram indevidamente a mão-de-obra alheia, o que é muito ruim.
Uma saída da indústria deste seguimento, por exemplo, foi a criação de selos de certificação. A Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) publica uma relação de confecções aprovadas e fiscalizadas, com as quais as marcas podem escolher trabalhar.
A transparência também é uma alternativa. Grandes marcas divulgam a relação de fornecedores em seus sites, e com isso tornam sua rede de fiscalização e possibilidade de denúncias muito mais ampla.
Quando denúncias de omissão vêm a público, a imprensa, investidores e os consumidores não costumam buscar explicações e imediatamente tomam medidas de retaliação à denunciada. Por isso a construção e efetivação das boas práticas é tão importante.
Mesmo que não contem com uma estrutura complexa, pequenas e médias empresas podem se preocupar com a construção de uma rede de desenvolvimento social com “pequenas” boas práticas, como a promoção e o respeito à diversidade em seu quadro, o investimento em projetos sociais da comunidade local, a valorização de seus empregados com salários justos e o respeito à legislação.
E convenhamos, por menor que seja o porte da empresa, contribuir para o bom desenvolvimento de um ser humano nunca é “pequeno”.
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