No dia 19/10, Dia Oficial do Câncer de Mama, especialistas ressaltam a importância da reconstrução mamária, procedimento que impacta positivamente na saúde psicológica da paciente
Durante o mês de outubro, as atenções ficam voltadas para a prevenção e conscientização do câncer de mama. Não por acaso, esse é o tipo de câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo. Só no Brasil, foram estimados 66.280 casos novos em 2021, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
“Hoje não conseguimos dissociar o tratamento do câncer de mama da importância da cirurgia plástica. A reconstrução é responsável por trazer o bem-estar corporal, estético e emocional para as pacientes. Podemos dizer que ele é fundamental no processo de recuperação da paciente”, afirma Lydia Masako Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, médica cirurgiã plástica e professora titular da disciplina de Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo
Nos Estados Unidos, em um ano típico, 400 mil implantes de mama são realizados por ano. Um terço deles (100 mil) é destinado às mulheres em processo de tratamento do câncer de mama. No Brasil, a reconstrução mamária pós-mastectomia é garantida por lei (13.770) desde 2018, o que aumentou as taxas de adesão ao procedimento que, em 2017, era de 34% das mulheres mastectomizadas.
Reconstrução mamária
A cirurgia de reconstrução é realizada logo após a retirada do tumor quando há condições técnicas, caso não seja possível realizar imediatamente, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá garantida a realização da cirurgia após alcançar as condições clínicas necessárias.
Alexandre Piassi, cirurgião plástico e diretor do DEMID da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica explica que mesmo quando o tumor desaparece após a quimioterapia neoadjuvante, a conduta hoje é realizar a cirurgia e retirar os tecidos da região afetada pela doença, com uma margem de segurança.
Para as mulheres que não conseguiram realizar a cirurgia de reconstrução imediatamente, a indicação é esperar um período. “A quimioterapia costuma durar seis meses e a radioterapia um mês. Só após oito meses da finalização das sessões de radioterapia que é indicado realizar a cirurgia, pois durante esse período a cicatrização fica prejudicada”, completa.
Tipos de reconstrução
Piassi explica que o procedimento cirúrgico depende de vários fatores, entre eles o tamanho da mama, a localização e tipo do tumor e o tipo da cirurgia realizada pela equipe de mastologia.
• Mastectomia poupadora de pele: O tumor é removido e quase todo tecido mamário também, porém a pele da mama é poupada.
• Cirurgia conservadora: um quarto ou menos da mama é retirado, dependendo da característica do tumor.
• Mastectomia não poupadora de pele: é extraída a mama em sua totalidade, tumor, parênquima mamária (conjunto de células que são responsáveis pela função de um determinado órgão) e uma porção grande da pele.
Reconstrução mamária é parte essencial no tratamento do câncer de mama
No dia 19/10, Dia Oficial do Câncer de Mama, especialistas ressaltam a importância da reconstrução mamária, procedimento que impacta positivamente na saúde psicológica da paciente
Durante o mês de outubro, as atenções ficam voltadas para a prevenção e conscientização do câncer de mama. Não por acaso, esse é o tipo de câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo. Só no Brasil, foram estimados 66.280 casos novos em 2021, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
“Hoje não conseguimos dissociar o tratamento do câncer de mama da importância da cirurgia plástica. A reconstrução é responsável por trazer o bem-estar corporal, estético e emocional para as pacientes. Podemos dizer que ele é fundamental no processo de recuperação da paciente”, afirma Lydia Masako Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, médica cirurgiã plástica e professora titular da disciplina de Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo
Nos Estados Unidos, em um ano típico, 400 mil implantes de mama são realizados por ano. Um terço deles (100 mil) é destinado às mulheres em processo de tratamento do câncer de mama. No Brasil, a reconstrução mamária pós-mastectomia é garantida por lei (13.770) desde 2018, o que aumentou as taxas de adesão ao procedimento que, em 2017, era de 34% das mulheres mastectomizadas.
Reconstrução mamária
A cirurgia de reconstrução é realizada logo após a retirada do tumor quando há condições técnicas, caso não seja possível realizar imediatamente, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá garantida a realização da cirurgia após alcançar as condições clínicas necessárias.
Alexandre Piassi, cirurgião plástico e diretor do DEMID da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica explica que mesmo quando o tumor desaparece após a quimioterapia neoadjuvante, a conduta hoje é realizar a cirurgia e retirar os tecidos da região afetada pela doença, com uma margem de segurança.
Para as mulheres que não conseguiram realizar a cirurgia de reconstrução imediatamente, a indicação é esperar um período. “A quimioterapia costuma durar seis meses e a radioterapia um mês. Só após oito meses da finalização das sessões de radioterapia que é indicado realizar a cirurgia, pois durante esse período a cicatrização fica prejudicada”, completa.
Tipos de reconstrução
Piassi explica que o procedimento cirúrgico depende de vários fatores, entre eles o tamanho da mama, a localização e tipo do tumor e o tipo da cirurgia realizada pela equipe de mastologia.
• Mastectomia poupadora de pele: O tumor é removido e quase todo tecido mamário também, porém a pele da mama é poupada.
• Cirurgia conservadora: um quarto ou menos da mama é retirado, dependendo da característica do tumor.
• Mastectomia não poupadora de pele: é extraída a mama em sua totalidade, tumor, parênquima mamária (conjunto de células que são responsáveis pela função de um determinado órgão) e uma porção grande da pele.
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