Aos 78 anos e isolado em uma fazenda no sul da Inglaterra, o músico lançou o álbum McCartney III, que conclui um projeto iniciado em 1970
por José Carlos Pimentel*
Embora alguns contestem chamar de trilogia, considero que o lançamento de Paul McCartney conclui um projeto iniciado em 1970, quando estreou o seu 1º álbum solo, autointitulado McCartney. Assim, em dezembro de 2020 – 50 anos depois – com “McCartney III”, ele oferece um encerramento, que faz menção também ao “McCartney II”, que chegou ao mercado em 1980.
O álbum lançado na pandemia conta, como todos os anteriores, com canções escritas, tocadas e gravadas por Paul. Isso mesmo! Ele foi e é responsável pela sonorização de todos os instrumentos!
Composição artesanal
Com a assinatura do próprio músico em cada elemento das faixas, McCartney III é principalmente construído a partir de tomadas ao vivo de Paul nos vocais, guitarra ou piano, fazendo overdubs em seu baixo e bateria.
Segundo o músico, não estava em seus planos lançar esse álbum. Mas devido à pandemia, que provocou seu isolamento em uma fazenda no sul da Inglaterra, acabou surgindo o material para finalizar a trilogia. Inclusive, a partir de rascunhos criados em 1990.
Assim, a abertura do disco fica por conta de “Long Tailed Winter Bird”, uma batida meio blues, sob a influência de riffs acústicos crus e irregulares. Bem com aquele jeitão de uma jam feita em casa.
“Find My Way”, por sua vez, é um pop rock futurista, enquanto “Pretty Boys” e “Woman Wives” exibem mais à essência do artista e remetem a clássicos bem no estilo dos The Beatles.
A pegada rock’n’roll real vem de “Slidin” e “Lavatory Lil”, que depois é substituida pela melodia emocionante de “The Kiss Of Venus”, exibindo a magia que Paul consegue criar apenas com um violão na mão.
Na minha humilde opinião, o highlight é de “Deep Down”: muito bem trabalhada e com todos os instrumentos e overdubs, é o tipo música para escutar 2 ou 3 vezes seguidas.
Disponível em todas as plataformas digitais e em CD, McCartney III nos garante pouco mais de 44 minutos de intimidade com Paul.
* José Carlos Pimentel é administrador, contabilista e guitarrista. Há 30 anos, acompanha shows nacionais e internacionais e é dono de um acervo com mais 15 mil discos. Escreveu artigos de música para o portal Netsite e hoje desenvolve o canal de conteúdo @rockbluesribeirao.
Paul McCartney encerra ‘trilogia’ de discos depois de 50 anos
Aos 78 anos e isolado em uma fazenda no sul da Inglaterra, o músico lançou o álbum McCartney III, que conclui um projeto iniciado em 1970
por José Carlos Pimentel*
Embora alguns contestem chamar de trilogia, considero que o lançamento de Paul McCartney conclui um projeto iniciado em 1970, quando estreou o seu 1º álbum solo, autointitulado McCartney. Assim, em dezembro de 2020 – 50 anos depois – com “McCartney III”, ele oferece um encerramento, que faz menção também ao “McCartney II”, que chegou ao mercado em 1980.
O álbum lançado na pandemia conta, como todos os anteriores, com canções escritas, tocadas e gravadas por Paul. Isso mesmo! Ele foi e é responsável pela sonorização de todos os instrumentos!
Composição artesanal
Com a assinatura do próprio músico em cada elemento das faixas, McCartney III é principalmente construído a partir de tomadas ao vivo de Paul nos vocais, guitarra ou piano, fazendo overdubs em seu baixo e bateria.
Segundo o músico, não estava em seus planos lançar esse álbum. Mas devido à pandemia, que provocou seu isolamento em uma fazenda no sul da Inglaterra, acabou surgindo o material para finalizar a trilogia. Inclusive, a partir de rascunhos criados em 1990.
Assim, a abertura do disco fica por conta de “Long Tailed Winter Bird”, uma batida meio blues, sob a influência de riffs acústicos crus e irregulares. Bem com aquele jeitão de uma jam feita em casa.
“Find My Way”, por sua vez, é um pop rock futurista, enquanto “Pretty Boys” e “Woman Wives” exibem mais à essência do artista e remetem a clássicos bem no estilo dos The Beatles.
A pegada rock’n’roll real vem de “Slidin” e “Lavatory Lil”, que depois é substituida pela melodia emocionante de “The Kiss Of Venus”, exibindo a magia que Paul consegue criar apenas com um violão na mão.
Na minha humilde opinião, o highlight é de “Deep Down”: muito bem trabalhada e com todos os instrumentos e overdubs, é o tipo música para escutar 2 ou 3 vezes seguidas.
Disponível em todas as plataformas digitais e em CD, McCartney III nos garante pouco mais de 44 minutos de intimidade com Paul.
* José Carlos Pimentel é administrador, contabilista e guitarrista. Há 30 anos, acompanha shows nacionais e internacionais e é dono de um acervo com mais 15 mil discos. Escreveu artigos de música para o portal Netsite e hoje desenvolve o canal de conteúdo @rockbluesribeirao.
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