Ter um hobby é uma forma de ocupar o seu tempo com atividades em que você não precisar ser necessariamente o melhor, mas que podem ajudar com o estresse e a qualidade de vida
Recentemente, as redes sociais foram invadidas pelo tal Bobbie Goods. Para aqueles que ainda não conhecem, o nome se refere a uma coleção de livros com desenhos para colorir, que caíram no gosto popular e viraram um hobby de um tanto de gente. Mas o qual o verdadeiro valor dessa tendência?
A nova moda, junto com a crescente preocupação com a saúde mental e o bem-estar, nos levam a pensar como os hobbies podem afetar a nossa vida e, no fim das contas, como podemos encontrar um que combine com a gente e ter os benefícios?
Camila Bugliani
Antes de tudo… o que são hobbies?
Definido como uma atividade feita por lazer e distração – e não por obrigação –, o hobby pode ser também entendido como um “passatempo favorito”. A neurocientista Camila Bugliani explica que, do ponto de vista da neurociência, a prática de um hobby não é apenas uma forma de diversão, mas uma ferramenta de estímulo cerebral.
“Quando nos envolvemos em atividades prazerosas, como cozinhar, pintar, tocar um instrumento ou ler, ativamos áreas do cérebro ligadas à recompensa, criatividade e memória, além de estimularmos a liberação de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que promovem bem-estar e reduzem o estresse”, destaca.
Um momento de nutrição
Na vida pessoal, Camila passou a cozinhar com certa frequência e ler com a filha de 3 anos, fazendo desses momentos mais que uma oportunidade de conexão, como de nutrição – literal e simbolicamente – do cérebro.
“A ciência mostra que esses momentos compartilhados são riquíssimos para a chamada ‘neuroplasticidade’, que é a capacidade do cérebro de se transformar e se adaptar ao longo da vida”.
– Camila Bugliani
Lívia Ribeiro
Para que serve um hobby?
Lívia Ribeiro, que é psicóloga e psicanalista, decidiu se dedicar ao teatro e à dança há cerca de quatro anos, a fim de buscar formas de se expressar que fossem além das palavras. O que inicialmente era uma busca por prazer e movimento se transformou em um espaço onde ela conseguiu se encontrar.
“Um lugar para sentir, inventar e existir em contato com o meu corpo e minhas emoções. Foi essa experiência que me ensinou a escutar a mim mesma de um jeito mais profundo e delicado”, afirma.
Profissionalmente falando, Lívia conta que que esses momentos “sem pressão” são preciosos para o equilíbrio psíquico e nos permitem existir sem cobranças de produtividade ou eficiência, oferecendo um tempo de pausa e de prazer.
“Seja dança, teatro, jardinagem, escrita ou qualquer outra atividade que nos conecte ao nosso corpo e ao nosso desejo, cultivar esses momentos é investir em nós mesmos e no nosso próprio bem-estar”.
Ter um hobby ou uma fonte de renda?
A artista Mariela Girotto, proprietária de um ateliê (@ateliemarielag), conta que a pintura sempre esteve presente em sua vida por meio dos seus pais, tia e avó. “Na escolha faculdade, optei por desenho de moda. Então sou desenhista de formação, porém na ‘vida adulta’, parece que a arte não é sinônimo de ‘maturidade’, com isso me envolvi no empreendedorismo”.
Apesar disso, Mariela nunca abandonou a arte. “Passei um momento muito doloroso na vida e senti a necessidade de pintar. Era onde eu encontrava respostas para minhas questões em meio ao silêncio e meditação da pintura. E, do hobby, surgiu minha profissão, na qual juntei a paixão da pintura com o empreendedorismo”.
Que tal ter um hobby? Profissionais revelam os benefícios da atividade
Ter um hobby é uma forma de ocupar o seu tempo com atividades em que você não precisar ser necessariamente o melhor, mas que podem ajudar com o estresse e a qualidade de vida
Recentemente, as redes sociais foram invadidas pelo tal Bobbie Goods. Para aqueles que ainda não conhecem, o nome se refere a uma coleção de livros com desenhos para colorir, que caíram no gosto popular e viraram um hobby de um tanto de gente. Mas o qual o verdadeiro valor dessa tendência?
A nova moda, junto com a crescente preocupação com a saúde mental e o bem-estar, nos levam a pensar como os hobbies podem afetar a nossa vida e, no fim das contas, como podemos encontrar um que combine com a gente e ter os benefícios?
Antes de tudo… o que são hobbies?
Definido como uma atividade feita por lazer e distração – e não por obrigação –, o hobby pode ser também entendido como um “passatempo favorito”. A neurocientista Camila Bugliani explica que, do ponto de vista da neurociência, a prática de um hobby não é apenas uma forma de diversão, mas uma ferramenta de estímulo cerebral.
Um momento de nutrição
Na vida pessoal, Camila passou a cozinhar com certa frequência e ler com a filha de 3 anos, fazendo desses momentos mais que uma oportunidade de conexão, como de nutrição – literal e simbolicamente – do cérebro.
Para que serve um hobby?
Lívia Ribeiro, que é psicóloga e psicanalista, decidiu se dedicar ao teatro e à dança há cerca de quatro anos, a fim de buscar formas de se expressar que fossem além das palavras. O que inicialmente era uma busca por prazer e movimento se transformou em um espaço onde ela conseguiu se encontrar.
“Um lugar para sentir, inventar e existir em contato com o meu corpo e minhas emoções. Foi essa experiência que me ensinou a escutar a mim mesma de um jeito mais profundo e delicado”, afirma.
Profissionalmente falando, Lívia conta que que esses momentos “sem pressão” são preciosos para o equilíbrio psíquico e nos permitem existir sem cobranças de produtividade ou eficiência, oferecendo um tempo de pausa e de prazer.
“Seja dança, teatro, jardinagem, escrita ou qualquer outra atividade que nos conecte ao nosso corpo e ao nosso desejo, cultivar esses momentos é investir em nós mesmos e no nosso próprio bem-estar”.
Ter um hobby ou uma fonte de renda?
A artista Mariela Girotto, proprietária de um ateliê (@ateliemarielag), conta que a pintura sempre esteve presente em sua vida por meio dos seus pais, tia e avó. “Na escolha faculdade, optei por desenho de moda. Então sou desenhista de formação, porém na ‘vida adulta’, parece que a arte não é sinônimo de ‘maturidade’, com isso me envolvi no empreendedorismo”.
Apesar disso, Mariela nunca abandonou a arte. “Passei um momento muito doloroso na vida e senti a necessidade de pintar. Era onde eu encontrava respostas para minhas questões em meio ao silêncio e meditação da pintura. E, do hobby, surgiu minha profissão, na qual juntei a paixão da pintura com o empreendedorismo”.
Leia também
Novos pincéis de maquiagem dão mais autonomia a deficientes visuais
A nova linha de pincéis foi projetada com identificações em alto relevo …
A arte da fotografia gestante e o poder da autoestima
Fernanda Tropiani se dedica aos ensaios gestacionais e possui um diferencial do …
Nutricionista avalia suplementação à alimentação: necessidade ou moda?
Fomos entender com a profissional Vivian Cognetti como a suplementação vitamínica, tão …
Daniel Phelipe traz dicas de makes e inspirações para o fim de ano
Nem bem nos recuperamos das últimas e as festas de fim de …