De acordo com articuladora do coletivo Mobicicleta, é fundamental que a comunidade participe das oficinas para elaboração coletiva de um plano
Desde os últimos dias de fevereiro, estão acontecendo em Ribeirão Preto as oficinas do Plano Cicloviário, reuniões que tem como objetivo incluir a sociedade civil no desenvolvimento de um projeto de mobilidade urbana com bicileta e que reflita as reais necessidades da população.
Sendo um total de 10 encontros, a articuladora do Mobicicleta – Coletivo de Ciclomobilidade de Ribeirão Preto Luciana Freitas convoca que todas as pessoas que façam uso dos espaços públicos da cidade participem dessas discussões, visto que suas vivências são de extrema importância para a elaboração de um documento que faça sentido para quem vive em Ribeirão.
“A malha cicloviária precisa estar inserida de maneira orgânica com as demais malhas da cidade, como as de carro ou as rotas de pedestre. Por isso, quanto mais cedo a população se envolver nesse processo, melhor é. Assim, desde o começo, a empresa responsável consegue colher informações que só são possíveis por meio das percepções que os cidadãos têm ao circularem pela cidade. Todos podem influenciar no projeto até que um plano seja elaborado. Depois, a nossa capacidade de interferir ou pedir mudanças é bem menor”, aleta Luciana.
A articuladora enfatiza ainda que essa participação envolve inclusive aqueles que não se identificam como ciclistas, visto que “estamos falando de impacto para todo tipo de mobilidade”.
Plano de mobilidade
O Plano Cicloviário será um braço do PlanMob, o recém aprovado Plano de Mobilidade Urbana de Ribeirão Preto. Fazendo uma projeção até 2040, ele deverá considerar todo o território municipal, com especial atenção à área urbana, abrangendo aspectos pertinentes à regulação legal, à estruturação administrativa, à proposição de políticas e ações de caráter promocional, educacional e de viabilização econômico-financeira.
“Dentro desse plano, chamado ProMobi, aprovado com o nosso acompanhamento e apoio, tem o Plano Cicloviário, do qual uma das primeiras etapas é o diagnóstico social, que é essa coleta junto à população das demandas de mobilidade, prioritariamente de bicicleta, mas não só. Porque precisamos pensar em todos os componentes do sistema. Então, a ideia das oficinas é justamente coletar a percepção que as pessoas têm de seus espaços, para que os técnicos utilizem quando fizerem o diagnóstico deles”, explica a articuladora, que participa de discussões sobre o tema desde 2015.
As últimas oficinas acontecerão nos dias 14, 19 e 20 de março, nos seguintes locais:
Região 9 – Parque dos Flamboyans, Jardim Juliana, Jardim Interlagos, Parque dos Lagos
Região 5 – Vila Carvalho, Vila Elisa, Quintino Facci I e II, Adelino Simioni, Jardim Aeroporto
Quando: 19/03 (terça-feira), às 19h
Onde: EMEF Prof. Honorato de Lucca (Rua Anhembi, 401, Jardim Salgado Filho)
Região 8 – Jardim das Palmeiras, Jardim Florestan Fernandes, Ribeirão Verde, Cândido Portinari
Quando: 20/03 (quarta-feira), às 19h
Onde: EMEF Prof. Waldemar Roberto (Rua Antônio Gomes de Souza, 355, Jardim Professor Antônio Palocci)
Depois das oficinas, serão realizadas pelo menos duas audiências públicas (ainda sem data) na Câmara Municipal, nas quais um esboço com mais conteúdo será apresentado, abrindo novo espaço para a participação popular.
Primeira grande conquista
Há quase uma década debatendo a questão cicloviária em Ribeirão Preto, Luciana cita a ciclovia da Avenida do Café como uma conquista fruto do diálogo aberto entre o Mobicileta e os técnicos da Secretaria de Planejamento nas discussões. “Ela nem estava prevista no projeto inicial. Ela foi fruto da sensibilização que fizemos juntos aos técnicos da secretaria, nas várias audiências que participamos. A partir delas, eles fizeram um estudo das obras do PAC, tentando acomodar as ciclovias nos projetos dos corredores de ônibus”, conta Luciana.
Atualmente, Ribeirão Preto conta com 51km de ciclovias, sendo que 29km foram construídas recentemente pelo programa Ribeirão Mobilidade. Em 2016, eram cerca de 19km. “Com o PlanMob aprovado, mais ciclovias serão implantadas e precisamos continuar a discutir essa e outras demandas. Não sabemos quem assumirá a prefeitura no fim desde ano. Então, cabe a gente, como sociedade civil, exigir que todo o plano seja de fato realizado e não fique engavetado”, finaliza a articuladora.
Sociedade civil precisa se engajar e exigir plano cicloviário para Ribeirão
De acordo com articuladora do coletivo Mobicicleta, é fundamental que a comunidade participe das oficinas para elaboração coletiva de um plano
Desde os últimos dias de fevereiro, estão acontecendo em Ribeirão Preto as oficinas do Plano Cicloviário, reuniões que tem como objetivo incluir a sociedade civil no desenvolvimento de um projeto de mobilidade urbana com bicileta e que reflita as reais necessidades da população.
Sendo um total de 10 encontros, a articuladora do Mobicicleta – Coletivo de Ciclomobilidade de Ribeirão Preto Luciana Freitas convoca que todas as pessoas que façam uso dos espaços públicos da cidade participem dessas discussões, visto que suas vivências são de extrema importância para a elaboração de um documento que faça sentido para quem vive em Ribeirão.
“A malha cicloviária precisa estar inserida de maneira orgânica com as demais malhas da cidade, como as de carro ou as rotas de pedestre. Por isso, quanto mais cedo a população se envolver nesse processo, melhor é. Assim, desde o começo, a empresa responsável consegue colher informações que só são possíveis por meio das percepções que os cidadãos têm ao circularem pela cidade. Todos podem influenciar no projeto até que um plano seja elaborado. Depois, a nossa capacidade de interferir ou pedir mudanças é bem menor”, aleta Luciana.
A articuladora enfatiza ainda que essa participação envolve inclusive aqueles que não se identificam como ciclistas, visto que “estamos falando de impacto para todo tipo de mobilidade”.
Plano de mobilidade
O Plano Cicloviário será um braço do PlanMob, o recém aprovado Plano de Mobilidade Urbana de Ribeirão Preto. Fazendo uma projeção até 2040, ele deverá considerar todo o território municipal, com especial atenção à área urbana, abrangendo aspectos pertinentes à regulação legal, à estruturação administrativa, à proposição de políticas e ações de caráter promocional, educacional e de viabilização econômico-financeira.
“Dentro desse plano, chamado ProMobi, aprovado com o nosso acompanhamento e apoio, tem o Plano Cicloviário, do qual uma das primeiras etapas é o diagnóstico social, que é essa coleta junto à população das demandas de mobilidade, prioritariamente de bicicleta, mas não só. Porque precisamos pensar em todos os componentes do sistema. Então, a ideia das oficinas é justamente coletar a percepção que as pessoas têm de seus espaços, para que os técnicos utilizem quando fizerem o diagnóstico deles”, explica a articuladora, que participa de discussões sobre o tema desde 2015.
As últimas oficinas acontecerão nos dias 14, 19 e 20 de março, nos seguintes locais:
Região 9 – Parque dos Flamboyans, Jardim Juliana, Jardim Interlagos, Parque dos Lagos
Região 5 – Vila Carvalho, Vila Elisa, Quintino Facci I e II, Adelino Simioni, Jardim Aeroporto
Região 8 – Jardim das Palmeiras, Jardim Florestan Fernandes, Ribeirão Verde, Cândido Portinari
Depois das oficinas, serão realizadas pelo menos duas audiências públicas (ainda sem data) na Câmara Municipal, nas quais um esboço com mais conteúdo será apresentado, abrindo novo espaço para a participação popular.
Primeira grande conquista
Há quase uma década debatendo a questão cicloviária em Ribeirão Preto, Luciana cita a ciclovia da Avenida do Café como uma conquista fruto do diálogo aberto entre o Mobicileta e os técnicos da Secretaria de Planejamento nas discussões. “Ela nem estava prevista no projeto inicial. Ela foi fruto da sensibilização que fizemos juntos aos técnicos da secretaria, nas várias audiências que participamos. A partir delas, eles fizeram um estudo das obras do PAC, tentando acomodar as ciclovias nos projetos dos corredores de ônibus”, conta Luciana.
Atualmente, Ribeirão Preto conta com 51km de ciclovias, sendo que 29km foram construídas recentemente pelo programa Ribeirão Mobilidade. Em 2016, eram cerca de 19km. “Com o PlanMob aprovado, mais ciclovias serão implantadas e precisamos continuar a discutir essa e outras demandas. Não sabemos quem assumirá a prefeitura no fim desde ano. Então, cabe a gente, como sociedade civil, exigir que todo o plano seja de fato realizado e não fique engavetado”, finaliza a articuladora.
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