Conhecemos a artista Carina Camargo e seu jeito simples de fazer o Studio Lúdico acontecer
Por Miguel El Debs*
Nem toda virada pede pressa. Ao conversar com Carina Camargo, diretora criativa do Studio Lúdico, vejo uma escolha que respeito muito. Gosto quando a estratégia nasce do trabalho bem-feito. É o caso aqui: em vez de perseguir fórmulas, ela decidiu sustentar o processo, a escuta e a coerência.
Carina veio de mais de 15 anos de mercado publicitário. Sabe trabalhar com metas, prazos e objetividade. Então, o maior nó foi tentar caber em formatos prontos quando começou o estúdio.
Ela me contou que uma decisão foi certeira: desde o início, nunca aceitou projetos que não conversavam com sua linguagem (mesmo quando o caixa apertava) e hoje enxerga como valeu a pena esse posicionamento, pois ele trouxe autoridade e identidade para sua marca nesses cinco anos.
“Quando honro minha trajetória, o trabalho flui. A clareza vem da ação. Eu crio melhor quando estou conectada com meu porquê.”
– Carina Camargo
Nasceu aí uma régua simples: estética com sentido. Se o projeto ou a parceria não respira isso, não entra.
Sempre que o Studio amadurece ou cria novas frentes, ela faz ajustes práticos: revisa o portfólio, reposiciona o discurso, resenha briefings e passa a conduzir trabalhos e parcerias com foco em intenção.
Inovar com os pés no chão
O Studio Lúdico começou enxuto, sem espaço físico, com materiais que cabiam na lavanderia de casa e uma agenda organizada para atender com coerência e profissionalismo.
Primeiro, eram apenas intervenções artísticas em paredes; hoje atua também com design de produtos autorais, obras de arte, exposições, oficinas, experiências artísticas e, recentemente, com trabalhos pontuais de branding, reposicionamento de marca e estratégias de marketing para profissionais da arquitetura, unindo sua sensibilidade artística à trajetória na publicidade e propaganda.
“Inovação, para mim, é evoluir sem perder a essência. Um passo por vez, bem dado. É o tipo de crescimento que não depende de aposta grandiosa. Depende de olhar atento e aprender rápido, manter o que funciona e se abrir para novos desafios, sempre com coerência e propósito”, define.
Quando as coisas apertam, Carina sempre volta ao essencial: propósito e consistência.
Aprender na prática
Nem tudo deu certo nessa trajetória. Espelhar-se em métodos convencionais de empreendedorismo de outros tipos de negócio só trouxe barulho, ansiedade, adoecimento e pouca profundidade.
O aprendizado veio rápido: menos tendência, mais identidade. Para manter o foco, Carina criou rituais simples: as primeiras horas do dia são dedicadas a si – com devocional, alimentação, atividade física, distância das telas. E, ao criar, busca sempre mergulhar em referências analógicas antes de ir para o software. No ateliê, faz pausas para testar materiais, textura, cor e luz. Parece detalhe, mas muda a entrega.
“Errei quando quis correr. Hoje sustento o que acredito e deixo amadurecer. O trabalho fica mais honesto para mim e para os meus clientes”.
Inclusive, perguntei a ela como nasce um projeto. Ela descreveu que sempre começou com lápis e papel, mas que atualmente inicia pela escrita da ideia. É a escrita que conduz os materiais, o mood de cores e o caminho visual. Nada de pressa.
O mito que ficou para trás
No começo, Carina acreditava que o empreendedor criativo precisava performar como agência, sempre com novas ideias, muitas demandas, comunicação massiva, vários cases por mês. A prática mostrou outra realidade: para o tipo de entrega que ela busca, a qualidade da atenção vale mais que a escala. “Eu troquei volume por cuidado. É menos instantâneo, mas é sustentável”, garante.
E existe disciplina nessa escolha. Quem opta por profundidade precisa dizer não, precisa criar uma rotina que proteja o tempo de estudo e descanso. Carina fez isso ao desenhar semanas com três blocos: estratégias, comercial e imersão criativa. Três caixas, cada uma com sua medida.
Vejo o Studio Lúdico como o encontro de arte e ofício. Empreender, aqui, é alinhar quem Carina é com o que ela entrega. Quando isso acontece, o crescimento vem mais limpo e mais leve.
Miguel El Debs | Crédito: Érico Andrade
Não é sobre correr. É sobre sustentar – e sustentar pede método, limites e coragem de dizer não. É o tipo de construção que dura.
Se você conhece alguém cuja história empreendedora merece ser contada, escreva para contato@grupozumm.com.br
* Miguel El Debs, empresário, Head do DBShub e do LIDE Empreendedor, sócio do Grupo ZK, e conselheiro estratégico com foco em Branding e Marketing.
Sustentar antes de correr
Conhecemos a artista Carina Camargo e seu jeito simples de fazer o Studio Lúdico acontecer
Por Miguel El Debs*
Nem toda virada pede pressa. Ao conversar com Carina Camargo, diretora criativa do Studio Lúdico, vejo uma escolha que respeito muito. Gosto quando a estratégia nasce do trabalho bem-feito. É o caso aqui: em vez de perseguir fórmulas, ela decidiu sustentar o processo, a escuta e a coerência.
Carina veio de mais de 15 anos de mercado publicitário. Sabe trabalhar com metas, prazos e objetividade. Então, o maior nó foi tentar caber em formatos prontos quando começou o estúdio.
Ela me contou que uma decisão foi certeira: desde o início, nunca aceitou projetos que não conversavam com sua linguagem (mesmo quando o caixa apertava) e hoje enxerga como valeu a pena esse posicionamento, pois ele trouxe autoridade e identidade para sua marca nesses cinco anos.
Nasceu aí uma régua simples: estética com sentido. Se o projeto ou a parceria não respira isso, não entra.
Sempre que o Studio amadurece ou cria novas frentes, ela faz ajustes práticos: revisa o portfólio, reposiciona o discurso, resenha briefings e passa a conduzir trabalhos e parcerias com foco em intenção.
Inovar com os pés no chão
O Studio Lúdico começou enxuto, sem espaço físico, com materiais que cabiam na lavanderia de casa e uma agenda organizada para atender com coerência e profissionalismo.
Primeiro, eram apenas intervenções artísticas em paredes; hoje atua também com design de produtos autorais, obras de arte, exposições, oficinas, experiências artísticas e, recentemente, com trabalhos pontuais de branding, reposicionamento de marca e estratégias de marketing para profissionais da arquitetura, unindo sua sensibilidade artística à trajetória na publicidade e propaganda.
“Inovação, para mim, é evoluir sem perder a essência. Um passo por vez, bem dado. É o tipo de crescimento que não depende de aposta grandiosa. Depende de olhar atento e aprender rápido, manter o que funciona e se abrir para novos desafios, sempre com coerência e propósito”, define.
Quando as coisas apertam, Carina sempre volta ao essencial: propósito e consistência.
Aprender na prática
Nem tudo deu certo nessa trajetória. Espelhar-se em métodos convencionais de empreendedorismo de outros tipos de negócio só trouxe barulho, ansiedade, adoecimento e pouca profundidade.
O aprendizado veio rápido: menos tendência, mais identidade. Para manter o foco, Carina criou rituais simples: as primeiras horas do dia são dedicadas a si – com devocional, alimentação, atividade física, distância das telas. E, ao criar, busca sempre mergulhar em referências analógicas antes de ir para o software. No ateliê, faz pausas para testar materiais, textura, cor e luz. Parece detalhe, mas muda a entrega.
Inclusive, perguntei a ela como nasce um projeto. Ela descreveu que sempre começou com lápis e papel, mas que atualmente inicia pela escrita da ideia. É a escrita que conduz os materiais, o mood de cores e o caminho visual. Nada de pressa.
O mito que ficou para trás
No começo, Carina acreditava que o empreendedor criativo precisava performar como agência, sempre com novas ideias, muitas demandas, comunicação massiva, vários cases por mês. A prática mostrou outra realidade: para o tipo de entrega que ela busca, a qualidade da atenção vale mais que a escala. “Eu troquei volume por cuidado. É menos instantâneo, mas é sustentável”, garante.
E existe disciplina nessa escolha. Quem opta por profundidade precisa dizer não, precisa criar uma rotina que proteja o tempo de estudo e descanso. Carina fez isso ao desenhar semanas com três blocos: estratégias, comercial e imersão criativa. Três caixas, cada uma com sua medida.
Vejo o Studio Lúdico como o encontro de arte e ofício. Empreender, aqui, é alinhar quem Carina é com o que ela entrega. Quando isso acontece, o crescimento vem mais limpo e mais leve.
Não é sobre correr. É sobre sustentar – e sustentar pede método, limites e coragem de dizer não. É o tipo de construção que dura.
Se você conhece alguém cuja história empreendedora merece ser contada, escreva para contato@grupozumm.com.br
* Miguel El Debs, empresário, Head do DBShub e do LIDE Empreendedor, sócio do Grupo ZK, e conselheiro estratégico com foco em Branding e Marketing.
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