Fora do mundo das telas, esses brinquedos são também ferramentas que auxiliam no desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas e sociais
O ato de brincar é uma parte muito importante da infância e do desenvolvimento da criança, sendo uma ferramenta de aprendizagem fora do sistema escolar – ou mesmo dentro dele. Afinal, professores e pedagogos recorrem aos brinquedos para explicar diferentes fundamentos, do português e da matemática, a dinâmicas sociais.
Mas, ao contrário do que os últimos anos fizeram parecer, as crianças ainda se apaixonam por brinquedos “analógicos” – aqueles sem tecnologia embutida e que, acima de tudo, exigem a sua participação ativa durante a brincadeira.
“Um dos brinquedos que mais encantam as crianças aqui na loja é o carrinho de supermercado. Elas pegam o carrinho de madeira e saem elas mesmas fazendo as compras. É muito bacana ver essa atitude, essa interação com o brinquedo, e o encantamento dos pais, querendo brincar de novo com os filhos. Porque as crianças precisam participar da brincadeira e não assistir passivamente o brinquedo brincar sozinho”, avalia Marcella Guimarães, proprietária da Bambalalão Brinquedos, loja especializada em brinquedos que oferecem benefícios ao desenvolvimento infantil enquanto divertem.
Brinquedos inteligentes
Quando abriu a loja, há 15 anos, Marcella conta que preferiu não se limitar a um nicho, com medo de não conseguir espaço no mercado, tomado pelas grandes varejistas. Mas logo percebeu que ter foco era justamente o segredo para atrair o público que ela gostaria.
“Brincamos dentro da loja, e eu explico nos treinamentos, que o nosso intuito é ter brinquedos inteligentes, ou seja, brinquedos que promovam aprendizados, coordenação motora, noções espaciais, concentração… enfim, com os quais seja possível a criança se desenvolver através do brincar”.
Dessa forma, a Bambalalão Brinquedos faz uma curadoria rigorosa para selecionar produtos variados e criativos, focando nos artesanais, diferentes e que conquistem os pequenos, como a linha Faz de Conta, na qual ambientes como cozinha e oficinas são todas reproduzidas em madeira, junto com suas comidinhas e ferramentas.
“As crianças ficam alucinadas e é muito bacana ver esse resgate, esse brilho no olhar com esses brinquedos em madeira, ou com os fantoches, a própria casinha de boneca. Porque é o brincar do faz de conta, o brincar da criatividade, o brincar da criança precisando participar da brincadeira”.
E o antigo também faz sucesso entre os novos – basta apenas dar a chance dos dois se encontrarem: elástico para a brincadeira do pula-elástico; cinco Marias; bolinha de gude e carrinho de rolimã passam de gerações para gerações, resgatando o verdadeiro sentido de brincar.
Tipos de brinquedos
Nesse universo do “desenvolver e aprender brincando”, os brinquedos podem ser considerados educativos, pedagógicos, artísticos e musicais. Mesmo existindo as categorias, Marcella explica que não é raro elas se confundirem, visto que os brinquedos oferecem mais de uma vantagem ao mesmo tempo.
“Educativo é todo brinquedo que traz algum tipo de aprendizado ou desenvolvimento de forma natural, ali, brincando, sem auxílio de nada mais. Já os que chamamos de pedagógicos, são aqueles utilizados para um aprendizado específico, inclusive em salas de aula. Mas, na realidade, eles se misturam, porque quase todos os pedagógicos são educativos, e os pedagógicos apenas são mais usados por profissionais”, explica.
Para exemplificar, ela cita os alfabetos, as letrinhas, os joguinhos de sílabas ou de montar palavras que são usados na alfabetização; para a matemática, tem o dominó, os ábacos e os quebra-cabeças.
Existem ainda os musicais – paixão da criançada –, que ensinam, por meio dos sons, tanto noções de musicalidade, quanto conhecimentos gerais; e os artísticos, que precisam da criança para construir, pintar e montar, “algo que sabemos ser muito importante para a criatividade, para entender como as coisas são feitas, para ter a capacidade de resolver problemas e achar soluções ‘fora da caixinha’”, afirma Marcella.
Outro aspecto muito importante desses brinquedos, segundo ela, é o incentivo ao convívio social. “Os jogos eletrônicos, por exemplo, desenvolvem habilidades, como coordenação motora e concentração, mas de uma forma fora do mundo, digamos assim, meio que deixando os pequenos sozinhos. Já os brinquedos inteligentes incentivam e ensinam a interagir em comunidade. Em uma atividade com outra pessoa, as crianças precisam aprender a perder, a emprestar, a esperar a vez, a seguir regras, a ter paciência. Enfim, muitos valores os quais a tecnologia vem eliminando”.
Desenvolvimento em etapas
Normalmente, os brinquedos são também categorizados por faixas etárias, estabelecidas de acordo com parâmetros do Inmetro. Segundo Marcella, seguir essa indicação é importante, mas não deve ser o único critério na hora de escolher um brinquedo.
“Apesar da idade ser necessária, é fundamental observar a criança e o contexto do qual ela faz parte. Por exemplo: muitos brinquedos são indicados para mais de 3 anos por conter peças pequenas que podem ser engolidas. O perigo é real e tem que ser respeitado. Mas é diferente de um brinquedo de alfabetização, que é indicado de acordo com um entendimento da idade com a qual a criança será alfabetizada – o que pode acontecer em fases diferentes”, explica.
A partir de tais critérios e apostando nos brinquedos inteligentes, a proprietária da Bambalalão garante, sem medo de errar, que pelo menos 90% das crianças que entram na loja saem com um brinquedo diferente daquele que queriam quando entraram. “E isso é muito gratificante. Hoje, conseguimos trabalhar realmente só com a linha de produtos na qual acreditamos, sem o risco de sermos taxados de uma loja ‘chata’. Muito pelo contrário: todos ficam encantados com a variedade e a quantidade de brinquedos diferentes e bacanas que temos. O brilho nos olhos das crianças e os sorrisos dos pais fazem a gente ver que estamos no caminho certo”.
Brinquedos ‘analógicos’ reconquistam crianças e resgatam vantagens de brincar
Fora do mundo das telas, esses brinquedos são também ferramentas que auxiliam no desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas e sociais
O ato de brincar é uma parte muito importante da infância e do desenvolvimento da criança, sendo uma ferramenta de aprendizagem fora do sistema escolar – ou mesmo dentro dele. Afinal, professores e pedagogos recorrem aos brinquedos para explicar diferentes fundamentos, do português e da matemática, a dinâmicas sociais.
Mas, ao contrário do que os últimos anos fizeram parecer, as crianças ainda se apaixonam por brinquedos “analógicos” – aqueles sem tecnologia embutida e que, acima de tudo, exigem a sua participação ativa durante a brincadeira.
“Um dos brinquedos que mais encantam as crianças aqui na loja é o carrinho de supermercado. Elas pegam o carrinho de madeira e saem elas mesmas fazendo as compras. É muito bacana ver essa atitude, essa interação com o brinquedo, e o encantamento dos pais, querendo brincar de novo com os filhos. Porque as crianças precisam participar da brincadeira e não assistir passivamente o brinquedo brincar sozinho”, avalia Marcella Guimarães, proprietária da Bambalalão Brinquedos, loja especializada em brinquedos que oferecem benefícios ao desenvolvimento infantil enquanto divertem.
Brinquedos inteligentes
Quando abriu a loja, há 15 anos, Marcella conta que preferiu não se limitar a um nicho, com medo de não conseguir espaço no mercado, tomado pelas grandes varejistas. Mas logo percebeu que ter foco era justamente o segredo para atrair o público que ela gostaria.
“Brincamos dentro da loja, e eu explico nos treinamentos, que o nosso intuito é ter brinquedos inteligentes, ou seja, brinquedos que promovam aprendizados, coordenação motora, noções espaciais, concentração… enfim, com os quais seja possível a criança se desenvolver através do brincar”.
Dessa forma, a Bambalalão Brinquedos faz uma curadoria rigorosa para selecionar produtos variados e criativos, focando nos artesanais, diferentes e que conquistem os pequenos, como a linha Faz de Conta, na qual ambientes como cozinha e oficinas são todas reproduzidas em madeira, junto com suas comidinhas e ferramentas.
“As crianças ficam alucinadas e é muito bacana ver esse resgate, esse brilho no olhar com esses brinquedos em madeira, ou com os fantoches, a própria casinha de boneca. Porque é o brincar do faz de conta, o brincar da criatividade, o brincar da criança precisando participar da brincadeira”.
E o antigo também faz sucesso entre os novos – basta apenas dar a chance dos dois se encontrarem: elástico para a brincadeira do pula-elástico; cinco Marias; bolinha de gude e carrinho de rolimã passam de gerações para gerações, resgatando o verdadeiro sentido de brincar.
Tipos de brinquedos
Nesse universo do “desenvolver e aprender brincando”, os brinquedos podem ser considerados educativos, pedagógicos, artísticos e musicais. Mesmo existindo as categorias, Marcella explica que não é raro elas se confundirem, visto que os brinquedos oferecem mais de uma vantagem ao mesmo tempo.
“Educativo é todo brinquedo que traz algum tipo de aprendizado ou desenvolvimento de forma natural, ali, brincando, sem auxílio de nada mais. Já os que chamamos de pedagógicos, são aqueles utilizados para um aprendizado específico, inclusive em salas de aula. Mas, na realidade, eles se misturam, porque quase todos os pedagógicos são educativos, e os pedagógicos apenas são mais usados por profissionais”, explica.
Para exemplificar, ela cita os alfabetos, as letrinhas, os joguinhos de sílabas ou de montar palavras que são usados na alfabetização; para a matemática, tem o dominó, os ábacos e os quebra-cabeças.
Existem ainda os musicais – paixão da criançada –, que ensinam, por meio dos sons, tanto noções de musicalidade, quanto conhecimentos gerais; e os artísticos, que precisam da criança para construir, pintar e montar, “algo que sabemos ser muito importante para a criatividade, para entender como as coisas são feitas, para ter a capacidade de resolver problemas e achar soluções ‘fora da caixinha’”, afirma Marcella.
Outro aspecto muito importante desses brinquedos, segundo ela, é o incentivo ao convívio social. “Os jogos eletrônicos, por exemplo, desenvolvem habilidades, como coordenação motora e concentração, mas de uma forma fora do mundo, digamos assim, meio que deixando os pequenos sozinhos. Já os brinquedos inteligentes incentivam e ensinam a interagir em comunidade. Em uma atividade com outra pessoa, as crianças precisam aprender a perder, a emprestar, a esperar a vez, a seguir regras, a ter paciência. Enfim, muitos valores os quais a tecnologia vem eliminando”.
Desenvolvimento em etapas
Normalmente, os brinquedos são também categorizados por faixas etárias, estabelecidas de acordo com parâmetros do Inmetro. Segundo Marcella, seguir essa indicação é importante, mas não deve ser o único critério na hora de escolher um brinquedo.
“Apesar da idade ser necessária, é fundamental observar a criança e o contexto do qual ela faz parte. Por exemplo: muitos brinquedos são indicados para mais de 3 anos por conter peças pequenas que podem ser engolidas. O perigo é real e tem que ser respeitado. Mas é diferente de um brinquedo de alfabetização, que é indicado de acordo com um entendimento da idade com a qual a criança será alfabetizada – o que pode acontecer em fases diferentes”, explica.
A partir de tais critérios e apostando nos brinquedos inteligentes, a proprietária da Bambalalão garante, sem medo de errar, que pelo menos 90% das crianças que entram na loja saem com um brinquedo diferente daquele que queriam quando entraram. “E isso é muito gratificante. Hoje, conseguimos trabalhar realmente só com a linha de produtos na qual acreditamos, sem o risco de sermos taxados de uma loja ‘chata’. Muito pelo contrário: todos ficam encantados com a variedade e a quantidade de brinquedos diferentes e bacanas que temos. O brilho nos olhos das crianças e os sorrisos dos pais fazem a gente ver que estamos no caminho certo”.
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