O Atomix não é simplesmente um restaurante: é uma experiência gastronômica que eleva a culinária coreana a patamares extraordinários
Por Neto Costa*
Foi em novembro de 2018, numa daquelas viagens a Nova York, em que torcemos para descobrir algo especial, que tive a sorte de conseguir uma reserva no Atomix, que, na época, estava bombando na mídia gastronômica. Logo depois, veio uma crítica excelente do The New York Times e, em tempo recorde, o restaurante conquistou a primeira estrela Michelin. Foi uma trajetória meteórica que mostrou o potencial da casa.
O Chef Junghyun Park, que veio do renomado Jungsik (hoje com suas merecidas três estrelas Michelin), junto com sua esposa Ellia, criaram algo único. Após o sucesso do Atoboy, mais casual e com pratos para compartilhar, eles resolveram se aventurar no fine dining e criar o Atomix.
Recentemente, com ele já consolidado com duas estrelas Michelin e na 12ª posição mundial pelo The World’s 50 Best 2025, voltei ao Atomix e posso confirmar: continua sendo meu restaurante favorito em NYC.
A entrada é meio misteriosa – uma porta discreta na 30th Street, que lembra aqueles speakeasies escondidos. Quando você entra, é recebido no bar do primeiro andar, mas a mágica mesmo acontece quando desce para o salão principal.
Ali embaixo, você se depara com uma antessala que é quase um spoiler do que está por vir: uni, abalones, caviar, peixes da estação e até alguns caldos aromáticos que antecipam sabores que você descobrirá ao longo da noite. É como se fosse um trailer do filme que você está prestes a assistir.
A mesa em formato de “U” é genial, com apenas 14 lugares que abraçam toda a cozinha. Você fica ali, pertinho dos chefs, vendo cada movimento, cada finalização. É quase como assistir um espetáculo, no qual você é protagonista e plateia ao mesmo tempo.
Logo no início, um membro da equipe te convida para escolher seu hashi da coleção particular da Ellia. Pode parecer um detalhe simples, mas já te conecta com a experiência.
A curadoria dos ingredientes é impressionante, muitos vêm da Coreia, mas eles também garimpam o que há de melhor mundo afora. Cada prato chega numa cerâmica artesanal linda, acompanhada de um cartãozinho que explica tudo sobre aquele momento da refeição.
A carta de vinhos também merece destaque, visto que foi muito bem pensada pelo Head Sommelier Jhonel Faelnar, que reuniu as melhores referências mundiais.
O restaurante oferece, além da carta de vinhos, um menu harmonizado com opções que casam perfeitamente com cada etapa, embora eu tenha optando pela garrafa mesmo. Em minha visita, escolhi a última do ‘Les Nourissons’, um Chenin Blanc do produtor Domaine Stéphane Bernaudeau, safra 2021.
O menu de 12 etapas que fluem naturalmente pela Coreia moderna nos conduz dos sabores mais delicados aos mais complexos e intensos. Cada prato carrega a assinatura inconfundível do chef, sempre respeitando as tradições, ainda que com uma pegada contemporânea incrível.
A cada novo prato, um maitre entrega um novo cartão com a sua história, suas raízes culturais e como ele se conecta com a visão do Atomix. No final da noite, você pode levar todos os cartões como lembrança (ou um diário da sua experiência perfeita!)
O conceito do “Ato” (que significa “presente” em coreano antigo) faz todo sentido quando você termina a refeição. É realmente um presente que eles dão, usando Nova York como palco para mostrar o melhor da culinária coreana.
Confesso que, para mim, é o melhor da cidade e já conquistou completamente meu coração. O Atomix não é simplesmente um restaurante: é uma experiência gastronômica que eleva a culinária coreana a patamares extraordinários, justificando completamente seu lugar entre os melhores do mundo.
Menu degustação: US$ 385 por pessoa
Endereço: 104 E 30th St., New York, New York
* Neto Costa é sócio da Centro CATE Consultoria, criador do perfil @dochefamesa, especialista em experiências gastronômicas e idealizador do primeiro ranking gastronômico de Ribeirão Preto.
O templo da gastronomia coreana em Nova York
O Atomix não é simplesmente um restaurante: é uma experiência gastronômica que eleva a culinária coreana a patamares extraordinários
Por Neto Costa*
Foi em novembro de 2018, numa daquelas viagens a Nova York, em que torcemos para descobrir algo especial, que tive a sorte de conseguir uma reserva no Atomix, que, na época, estava bombando na mídia gastronômica. Logo depois, veio uma crítica excelente do The New York Times e, em tempo recorde, o restaurante conquistou a primeira estrela Michelin. Foi uma trajetória meteórica que mostrou o potencial da casa.
O Chef Junghyun Park, que veio do renomado Jungsik (hoje com suas merecidas três estrelas Michelin), junto com sua esposa Ellia, criaram algo único. Após o sucesso do Atoboy, mais casual e com pratos para compartilhar, eles resolveram se aventurar no fine dining e criar o Atomix.
Recentemente, com ele já consolidado com duas estrelas Michelin e na 12ª posição mundial pelo The World’s 50 Best 2025, voltei ao Atomix e posso confirmar: continua sendo meu restaurante favorito em NYC.
A entrada é meio misteriosa – uma porta discreta na 30th Street, que lembra aqueles speakeasies escondidos. Quando você entra, é recebido no bar do primeiro andar, mas a mágica mesmo acontece quando desce para o salão principal.
Ali embaixo, você se depara com uma antessala que é quase um spoiler do que está por vir: uni, abalones, caviar, peixes da estação e até alguns caldos aromáticos que antecipam sabores que você descobrirá ao longo da noite. É como se fosse um trailer do filme que você está prestes a assistir.
A mesa em formato de “U” é genial, com apenas 14 lugares que abraçam toda a cozinha. Você fica ali, pertinho dos chefs, vendo cada movimento, cada finalização. É quase como assistir um espetáculo, no qual você é protagonista e plateia ao mesmo tempo.
Logo no início, um membro da equipe te convida para escolher seu hashi da coleção particular da Ellia. Pode parecer um detalhe simples, mas já te conecta com a experiência.
A curadoria dos ingredientes é impressionante, muitos vêm da Coreia, mas eles também garimpam o que há de melhor mundo afora. Cada prato chega numa cerâmica artesanal linda, acompanhada de um cartãozinho que explica tudo sobre aquele momento da refeição.
A carta de vinhos também merece destaque, visto que foi muito bem pensada pelo Head Sommelier Jhonel Faelnar, que reuniu as melhores referências mundiais.
O restaurante oferece, além da carta de vinhos, um menu harmonizado com opções que casam perfeitamente com cada etapa, embora eu tenha optando pela garrafa mesmo. Em minha visita, escolhi a última do ‘Les Nourissons’, um Chenin Blanc do produtor Domaine Stéphane Bernaudeau, safra 2021.
O menu de 12 etapas que fluem naturalmente pela Coreia moderna nos conduz dos sabores mais delicados aos mais complexos e intensos. Cada prato carrega a assinatura inconfundível do chef, sempre respeitando as tradições, ainda que com uma pegada contemporânea incrível.
A cada novo prato, um maitre entrega um novo cartão com a sua história, suas raízes culturais e como ele se conecta com a visão do Atomix. No final da noite, você pode levar todos os cartões como lembrança (ou um diário da sua experiência perfeita!)
O conceito do “Ato” (que significa “presente” em coreano antigo) faz todo sentido quando você termina a refeição. É realmente um presente que eles dão, usando Nova York como palco para mostrar o melhor da culinária coreana.
Confesso que, para mim, é o melhor da cidade e já conquistou completamente meu coração. O Atomix não é simplesmente um restaurante: é uma experiência gastronômica que eleva a culinária coreana a patamares extraordinários, justificando completamente seu lugar entre os melhores do mundo.
Menu degustação: US$ 385 por pessoa
Endereço: 104 E 30th St., New York, New York
* Neto Costa é sócio da Centro CATE Consultoria, criador do perfil @dochefamesa, especialista em experiências gastronômicas e idealizador do primeiro ranking gastronômico de Ribeirão Preto.
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