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Portal Zumm
Alto da Serra, em Serra Negra | Crédito: Amanda Pioli
Viagens

Um destino, múltiplas rotas: a reinvenção do turismo de Serra Negra

By Amanda Pioli on 3 de outubro de 2025

Com raízes italianas, a cidade ficou muito conhecida como estância mineral e centro de compras. Agora, sem renegar o passado (pelo contrário!), ela mostra que tem muitas outras experiências autênticas a oferecer

Provavelmente, você já viu no seu feed das redes sociais alguém posando na Fontana di Trevi brasileira; pode ser até mesmo que você já tenha tirado uma foto na réplica tupiniquim de uma das mais famosas atrações turísticas italianas. Afinal, o monumento se tornou um dos locais mais instragamáveis do país e, consequentemente, o símbolo da cidade onde está localizada: Serra Negra (SP), município a cerca de 260km de Ribeirão Preto.

Placa da Fontana Di Trevi em Serra Negra | Crédito: Amanda Pioli
Placa do monumento resgata raízes italianas de Serra Negra

O sucesso da atração, entretanto, faz uma cortina de fumaça para a realidade turística serrana, que soube se reinventar e, hoje, oferece muitas opções que vão desde estâncias minerais e centro de compras, motivos que tanto motivaram o turismo local nas últimas décadas, até múltiplas rotas temáticas, como do Queijo e do Vinho, do Café e do Alto da Serra.

Experiências de luxo, especialmente em setores como hospedagem e gastronomia, também fazem parte dessa diversidade turística e são, inclusive, a razão que tem atraído muitos ribeirão-pretanos para lá, segundo relato de empreendedores locais.

Essa reinvenção é em grande parte conduzida pela Ashores (Associação dos Hotéis e Restaurantes de Serra Negra), atualmente presidida por Cibele Dib e composta por 48 hotéis e 18 restaurantes. Criada em 1992, a instituição promove uma reestruturação do setor turístico nos últimos anos, especialmente por meio da iniciativa “Visite Serra Negra” (@visiteserranegraoficial), por meio da qual foram criadas, entre outras ações, as rotas temáticas.

Assim, a diversidade de experiências autênticas que a cidade proporciona (e a distância conveniente) faz com que seja possível pensar nela como um destino para vários dias, mas também um fim de semana muito bem aproveitado – sabendo que sobrarão vários motivos (e vontade!) para retornar assim que possível.

Confira, a seguir, opções de atividades e inspire-se a descobrir Serra Negra!

Sabores misturados à paisagem

Situada entre as montanhas, Serra Negra chega a uma altitude de 1.300m, tornando possível apreciar paisagens deslumbrantes de diferentes locais da cidade, como o Alto da Serra, ponto mais alto do município. 

Vista do Alto da Serra | Crédito: Amanda Pioli
Vista do Alto da Serra
Cervejaria Dortmund, no Alto da Serra | Crédito: Amanda Pioli
Cervejaria Dortmund, no Alto da Serra

Dali, se estende um camarote natural para apreciar o pôr do sol: além de um lugar privilegiado, um conjunto de trailers gastronômicos oferece comes e bebes diversificados, entre os quais se destacam produtos de origem local, como a cerveja e chopp artesanal Dortmund e o coquetel Demi Panachê, invenção da Família Carra, cujo Sítio Bom Retiro está inserido na paisagem serrana ao redor da cidade e é aberto à visitação.

Nesta propriedade onde ainda vivem diferentes gerações, é possível conhecer a história da família responsável pela produção de uma grande variedade de vinhos e cachaças artesanais. No acervo familiar, iniciado em 1958 e exibido a poucos grupos de visitantes, as garrafas só são retiradas da reserva em caso de batizado ou casamento na família. Segundo os Carra, é uma forma das novas gerações conhecerem as mais antigas, inclusive aquelas que já se foram.

Propriedade da Família Carra | Crédito: Amanda Pioli
Entrada do Sítio Bom Retiro
Brasão da Família Carra | Crédito: Amanda Pioli
Brasão da Família Carra
Vinhos da Família Carra | Crédito: Amanda Pioli
Reserva familiar Carra

E, embora não estejam ali as uvas que dão origem aos produtos, a fazenda é palco de uma degustação completíssima com 10 rótulos, entre brancos e tintos, e uma segunda opção, com cinco tipos de cachaça.

Seja qual for a escolha do visitante, ele receberá uma explicação detalhada da produção, dada pelos próprios membros da família, e poderá provar o Demi Panachê, uma mistura de vinho e refrigerante à base de limão, de inspiração francesa e que tem o chef Erick Jacquin como garoto-propaganda. A bebida é o único produto da família que é vendido fora dos limites de Serra Negra. 

Vinhos da Família Carra | Crédito: Amanda Pioli
Sequência de vinhos da Família Carra para degustação

Também em meio às belezas naturais de Serra Negra, a pequena propriedade rural da Família Silotto chama atenção pelo aproveitamento do espaço, que reúne parreiras, galpões de produção de vinho e cachaça, a casa dos proprietários e até um museu, instalado dentro de barril de 60 mil litros que foi já utilizado para guardar cachaça.

Cada detalhe da vinícola e alambique permite sentir a paixão pela produção que sobrevive a quatro gerações, desde 1934, e é a única produção de Serra Negra certificada pelo Ministério da Agricultura. Também impressiona a quantidade de rótulos, que têm todas as etapas de produção desenvolvidas ali mesmo.

Vinícola Família Silotto | Crédito: Amanda Pioli
Vinícola Família Silotto | Crédito: Amanda Pioli
Vinícola Família Silotto | Crédito: Amanda Pioli
Vinícola Família Silotto | Crédito: Amanda Pioli
Vinícola Família Silotto | Crédito: Amanda Pioli

Em meio a tantos detalhes que as tornam únicas, as duas produções têm em comum o forte aspecto de negócio familiar, na qual a sucessão acontece como consequência do amor e não da obrigação. 

Riqueza gastronômica

Tais experiências trazem à tona também as raízes italianas do município paulista, onde a Fontana di Trevi é só a “cereja do bolo” das tradições herdadas do outro lado do oceano. Da região rural, com quase toda história familiar passando pela imigração do século XIX, até nomes de ruas e o festival anual Festa D’Italia, tudo parece carregar traços dessa fusão cultural.

Sendo assim, não é surpresa encontrar, na gastronomia da cidade, restaurantes cuja expertise na culinária italiana (mas não só) condiz com experiências que, até há pouco tempo, só eram encontradas nas grandes cidades.

Central Pizza & Bar, no Centro de Serra Negra | Crédito: Amanda Pioli
Central Pizza & Bar, no Centro de Serra Negra

No Central Pizza & Bar, por exemplo, aberto há cerca de 2 anos no coração da cidade (ao lado da praça central), encontramos pizzas no estilo napolitano. Isso significa uma massa extremamente leve, de fermentação lenta, feita com farinha italiana (que realmente apresenta diferenças em relação à farinha brasileira, relacionados aos elementos e não necessariamente à qualidade) e um recheio que não pesa graças a ingredientes selecionados. 

O restaurante instalado em um casarão clássico renovado ainda oferece opções veganas e sem glúten, que mantêm o mesmo sabor. Tudo conduzido por um pizzaiolo com mais de 30 anos de profissão e com o envolvimento direto do proprietário, que participa do processo de finalização das pizzas.

Ainda andando pelo Centro, outros pontos chamam atenção, como a padaria Panne, o bar Café Boteco e o novo buffet por quilo Norma, que logo descobrimos pertencer ao mesmo proprietário: Rafael Dias Accorsi, apontado pela Ashores e vários associados como um “visionário” do turismo de Serra Negra, cuja inovação nos próprios negócios fez com que outros também se modernizassem.

La Terrazza, em Serra Negra | Crédito: Amanda Pioli
Entrada do La Terrazza
Ambiente interno do La Terrazza | Crédito: Amanda Pioli
Ambiente interno do La Terrazza

Mas o auge do seu trabalho parece convergir para o La Terrazza, um restaurante que só o ambiente já justifica a visita. Contudo, quando os pratos chegam à mesa, a escolha se comprova como certa! 

Também no estilo italiano – tanto pelos sabores, quanto pela forma com que é dividido –, o menu é de responsabilidade do chef Allan Trigo, que há 4 anos garante um belo exemplo de alta gastronomia em Serra Negra, com receitas de personalidade, especialmente na releituras de clássicos.

Prato italiano do La Terrazza | Crédito: Amanda Pioli
Opção do menu criado pelo chef Allan Trigo
Cannolo, do La Terrazza | Crédito: Amanda Pioli
um típico cannolo italiano

E, ao longo de uma noite passada nos restaurantes, vários momentos continuam surpreendendo: a simpatia e o conhecimento da equipe; o uso e a valorização de ingredientes de produtores locais; o selo de sustentabilidade da Fundación Restaurantes Sostenibles, da Espanha, que o coloca como único restaurante no Brasil com tal certificação; e a gerente Tatiana Mosca, uma antropóloga que soube transformar sua carreira acadêmica em modelo de gerência, para estabelecer padrões elevadíssimos de hospitalidade e dedicação à capacitação e formação de pessoas.

Experiências autênticas

Outro empreendimento serrano que impressiona, mas já há 30 anos, é o Hotel Pousada Shangri-la, que pode ser tanto uma experiência de hospedagem sofisticada, quanto de requintadas refeições, ou simplesmente um ambiente de contemplação, já que, localizado em um dos pontos mais altos da cidade, sua vista para os vales de Serra Negra é de deixar o queixo caído.

Hotel Pousada Shangri-La | Crédito: Amanda Pioli
Quartos e vista do hotel pousada e restaurante Shangi-La

Enquanto hospedaria, o Shangri-la possui 20 quartos pensados na lógica do culto ao bem-estar. O sentimento que se quis construir foi o de estar em casa, mas com um serviço 5 estrelas. Missão alcançada com sucesso! E sempre cercada de elementos que conduzem ao relaxamento, como fragrâncias específicas para cada momento do dia e música ambiente.

Esses detalhes também podem ser sentidos no restaurante, onde são servidos café da manhã, almoço e jantar, com menus de inspiração franco-italiana criados pelo chef francês Jean Claude. É uma nova e diferente oportunidade de experimentar sabores combinados de uma forma autoral (como quase tudo em Serra Negra!).

Detalhe do restaurante Shangri-La | Crédito: Amanda Pioli
Decoração do restaurante Shangri-La
Sobremesa do restaurante Shangri-La | Crédito: Amanda Pioli
Prato do restaurante Shangri-La

Da mesma forma, até a pausa para o café na cidade pode vir cheia de inspiração. Parte muito importante do turismo local, a bebida preferida do brasileiro também é produzida em meio às montanhas da região, envolvendo anos de tradição e dedicação, como no Sítio São Geraldo, onde nasce o Café Nonno Marchi.

Não fugindo da quase regra local de uma administração familiar, a marca de café orgânico e produção sustentável já ganhou inúmeros concursos de cafés especiais e foi considerada o 2° melhor café do estado de São Paulo em 2020. O produto é criado a partir das variedades do café-arábica Arara, Catuaí, Mundo Novo e Tupi (recentemente apresentada ao mercado).

Fazenda do Café Nonno Marchi | Crédito: Amanda Pioli
Variedades do Café Nonno Marchi | Crédito: Amanda Pioli
Área de analise do Café Nonno Marchi | Crédito: Amanda Pioli
Diego Silva, barista do Café Nonno Marchi | Crédito: Amanda Pioli
Diego Silva, barista do Café Nonno Marchi | Crédito: Amanda Pioli
No Sítio São Geraldo, descobrimos cada etapa da criação do Café Nonno Marchi

Além de poder degustar a bebida, uma ida ao Sítio São Geraldo permite uma conversa animada com os proprietários Roberto e Rosana, que moram no local, e com o barista Diego Silva (conhecido nas redes como @oamantedocafe), que dá um show de conhecimento para quem gosta de saber mais sobre a bebida.

Inclusive, um conselho do especialista: “café é uma questão de prova: fazer e provar. Não existe certo ou errado”, defende.

Posted in Viagens.
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