A cientista Thais Guaratini, que desenvolveu pesquisas na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto e no Instituto de Química da USP, ficou com o prêmio na categoria Líder Industrial
Uma iniciativa nascida nos laboratórios da USP em Ribeirão Preto rendeu o prêmio Mulheres Brasileiras na Química 2022, na categoria Líder Industrial, para a farmacêutica Thais Guaratini. Organizada pela American Chemical Society (ACS) e Sociedade Brasileira de Química (SBQ), a premiação promove a igualdade de gênero na ciência, tecnologia, engenharia e matemática, além de reconhecer mulheres cientistas com contribuições relevantes no âmbito da química e ciências relacionadas.
Graduada e com mestrado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, e doutorado pelo Instituto de Química (IQ) da USP, Thais conta que seu interesse em empreender nasceu durante a pós-graduação, quando teve a oportunidade de estar em um laboratório e participar de um projeto que uniu a indústria e pesquisa de inovação, e ainda, na mesma época, com a chegada do projeto Supera Parque na USP em Ribeirão Preto, ela começou a participar de atividades e palestras do projeto, aumentando ainda mais seu interesse no empreendedorismo.
Com a vontade de transformar a pesquisa científica em inovação, em 2008, a farmacêutica, em conjunto com três colegas, começou a buscar parcerias dentro das empresas, a fim de transformar o conhecimento em soluções para a indústria, surgindo assim um modelo de negócio inovador, a Lychnoflora, que conta até hoje com a parceria de pesquisadores da USP, agregando um capital científico importante para a empresa.
Com 14 anos de trajetória na ciência, Thais acredita que fazer ciência no Brasil é um desafio enorme. “Durante essa caminhada, a gente viu e viveu muita transformação, e esse caminhar, de uma maneira sustentável e sólida, eu tenho certeza que foi e é possível pelas pessoas incríveis que estão com a gente”.
Além da Lychnoflora, Thais participa do quadro societário da empresa Heborá, um empreendimento feminino, com foco na qualificação de mulheres do campo através da produção e processamento de mel, própolis e cera. A empresária conta que “esse trabalho vai muito além de desenvolvimento tecnológico e inovação, é um propósito de vida, na tentativa de retornar a sociedade o conhecimento que a gente teve a oportunidade de absorver e construir dentro da universidade pública”.
Parceria com a USP
A farmacêutica conta que a Lychnoflora nasceu dentro da USP, com o quadro societário composto por um professor aposentado da academia e três egressas da universidade. Desde o início, foi estabelecida uma parceria entre a empresa e instituição, no que Thais define como uma “ponte” de sucesso, constituindo um modelo de negócio estruturado.
A parceria é vantajosa para todos os envolvidos. Para a empresa, foi a forma encontrada de sempre se manterem atualizados, acessando tecnologia de ponta e participando ativamente da construção do conhecimento. Para a Universidade, traz um viés prático de problemas vividos dentro da indústria, além de trazer um retorno financeiro, abrindo possibilidade do crescimento dos laboratórios de pesquisas.
O setor da indústria também se beneficia com a parceria, como conta Thais, “a gente acaba agilizando a obtenção das respostas que a indústria precisa, que tem um tempo diferente e celeridade na obtenção de resultado, essa catálise que a Lychnoflora faz entre a Universidade e a indústria traz novas possibilidades, abre novas portas e fomenta a informação”.
Importância do prêmio
Para a farmacêutica, ser uma das ganhadoras do prêmio, é o reconhecimento de uma trajetória de vida profissional, um trabalho em conjunto, com todos colaboradores e educadores que fizeram parte dessa história de sucesso, é o “reconhecimento de uma construção coletiva”, pontua Thais.
Além do reconhecimento, o prêmio traz impactos na visibilidade do empreendedorismo feminino. “Eu espero que isso desperte ou incentive, outras meninas e mulheres, para iniciarem ou se aprofundarem na carreira científica e no empreendedorismo. Eu realmente acredito que para a gente evoluir, a gente precisa ter diversidade e uma sociedade mais igualitária, em todos os sentidos”.
Empresa criada na USP em Ribeirão rende prêmio Mulheres Brasileiras na Química
A cientista Thais Guaratini, que desenvolveu pesquisas na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto e no Instituto de Química da USP, ficou com o prêmio na categoria Líder Industrial
Uma iniciativa nascida nos laboratórios da USP em Ribeirão Preto rendeu o prêmio Mulheres Brasileiras na Química 2022, na categoria Líder Industrial, para a farmacêutica Thais Guaratini. Organizada pela American Chemical Society (ACS) e Sociedade Brasileira de Química (SBQ), a premiação promove a igualdade de gênero na ciência, tecnologia, engenharia e matemática, além de reconhecer mulheres cientistas com contribuições relevantes no âmbito da química e ciências relacionadas.
Graduada e com mestrado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, e doutorado pelo Instituto de Química (IQ) da USP, Thais conta que seu interesse em empreender nasceu durante a pós-graduação, quando teve a oportunidade de estar em um laboratório e participar de um projeto que uniu a indústria e pesquisa de inovação, e ainda, na mesma época, com a chegada do projeto Supera Parque na USP em Ribeirão Preto, ela começou a participar de atividades e palestras do projeto, aumentando ainda mais seu interesse no empreendedorismo.
Com a vontade de transformar a pesquisa científica em inovação, em 2008, a farmacêutica, em conjunto com três colegas, começou a buscar parcerias dentro das empresas, a fim de transformar o conhecimento em soluções para a indústria, surgindo assim um modelo de negócio inovador, a Lychnoflora, que conta até hoje com a parceria de pesquisadores da USP, agregando um capital científico importante para a empresa.
Com 14 anos de trajetória na ciência, Thais acredita que fazer ciência no Brasil é um desafio enorme. “Durante essa caminhada, a gente viu e viveu muita transformação, e esse caminhar, de uma maneira sustentável e sólida, eu tenho certeza que foi e é possível pelas pessoas incríveis que estão com a gente”.
Além da Lychnoflora, Thais participa do quadro societário da empresa Heborá, um empreendimento feminino, com foco na qualificação de mulheres do campo através da produção e processamento de mel, própolis e cera. A empresária conta que “esse trabalho vai muito além de desenvolvimento tecnológico e inovação, é um propósito de vida, na tentativa de retornar a sociedade o conhecimento que a gente teve a oportunidade de absorver e construir dentro da universidade pública”.
Parceria com a USP
A farmacêutica conta que a Lychnoflora nasceu dentro da USP, com o quadro societário composto por um professor aposentado da academia e três egressas da universidade. Desde o início, foi estabelecida uma parceria entre a empresa e instituição, no que Thais define como uma “ponte” de sucesso, constituindo um modelo de negócio estruturado.
A parceria é vantajosa para todos os envolvidos. Para a empresa, foi a forma encontrada de sempre se manterem atualizados, acessando tecnologia de ponta e participando ativamente da construção do conhecimento. Para a Universidade, traz um viés prático de problemas vividos dentro da indústria, além de trazer um retorno financeiro, abrindo possibilidade do crescimento dos laboratórios de pesquisas.
O setor da indústria também se beneficia com a parceria, como conta Thais, “a gente acaba agilizando a obtenção das respostas que a indústria precisa, que tem um tempo diferente e celeridade na obtenção de resultado, essa catálise que a Lychnoflora faz entre a Universidade e a indústria traz novas possibilidades, abre novas portas e fomenta a informação”.
Importância do prêmio
Para a farmacêutica, ser uma das ganhadoras do prêmio, é o reconhecimento de uma trajetória de vida profissional, um trabalho em conjunto, com todos colaboradores e educadores que fizeram parte dessa história de sucesso, é o “reconhecimento de uma construção coletiva”, pontua Thais.
Além do reconhecimento, o prêmio traz impactos na visibilidade do empreendedorismo feminino. “Eu espero que isso desperte ou incentive, outras meninas e mulheres, para iniciarem ou se aprofundarem na carreira científica e no empreendedorismo. Eu realmente acredito que para a gente evoluir, a gente precisa ter diversidade e uma sociedade mais igualitária, em todos os sentidos”.
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