A pauta da tokenização tem assumido protagonismo frente à inovação no setor
É perceptível a falta de diversidade e representatividade feminina no ecossistema da inovação, especialmente no mercado imobiliário. Basta vermos eventos ligados ao tema com a lista homogênea de palestrantes para entender a importância de termos mais vozes diversas frente ao tema. Afinal, esta é uma problemática que impacta diretamente a mentalidade para a inovação.
Quem nos ajuda a entender o motivo é a presidente da SAP, Adriana Aroulho, quando afirma: “Pessoas iguais tendem a pensar igual. Pela natureza do negócio de tecnologia, precisamos pensar de forma diferente. E isso traz resultado tanto financeiro quanto de engajamento.”
A pauta da tokenização tem assumido protagonismo frente à inovação no setor. Helena Henkin atua como executiva da área de blockchain, tokens e criptoativos e, atualmente, está como Head de Global Partnerships na Startup Israelense SolidBlock.
Helena conversou com exclusividade para a coluna “O Mercado por Elas” e reforçou a presença feminina também no sistema inovador da tecnologia aplicada ao real estate.
A primeira grande vantagem da tokenização é o fim da barreira geográfica, as ofertas de tokenização têm sempre a possibilidade de serem globais, o que por si só afeta profundamente a maneira de investir em produtos imobiliários, beneficiando investidore(a)s e também quem faz a oferta.
De forma prática, qual a aplicabilidade da tokenização? Quais os tipos de tokens imobiliários existentes e quais as vantagens de se tokenizar um ativo Imobiliário?
As aplicabilidades e vantagens são muitas, mas se eu tiver que dizer de maneira concisa, a tokenização digitaliza produtos financeiros tradicionais, ou seja, os tokens são uma ponte para a Web3, ou para uma nova maneira de fazer negócio utilizando tecnologia, que têm evoluído muito rapidamente, vide as grandes instituições bancárias já adotando a tecnologia blockchain e a tokenização. Países da Europa, Ásia e os Estados Unidos já experimentam diversas iniciativas de tokenizar ativos imobiliários.
Como você vê a maturidade do mercado brasileiro para o tema?
A tokenização de ativos imobiliários surgiu há três anos, com o famoso case da Aspen Coin (da SolidBlock), o mercado brasileiro começou a olhar para o tema um pouco mais tarde, porém nos últimos oito meses eu vejo um grande avanço, não só com a vinda da SolidBlock para cá, mas com diversas outras iniciativas. Eu acredito que em relação ao conhecimento de tecnologia e modelos de negócio juridicamente seguros, ainda há um bom caminho a ser percorrido.
Vontade há, mas por estarmos falando de valores mobiliários, é preciso ter muito cuidado com a estruturação dos produtos. Isso dito, vejo no Brasil um potencial enorme para liderar, no mínimo, o mercado de tokenização da América Latina.
O que falta para termos mais vozes femininas liderando este tema?
As empresas baseadas em tecnologia blockchain, apesar de oferecerem muitos produtos disruptivos, ainda seguem números muito semelhantes a outros setores tradicionais em relação à porcentagem de mulheres ocupando cargos de liderança.
Porém, por ser um mercado muito novo, acredito que seja mais fácil buscar mais inclusão. A melhor forma possível ainda é a da formação de mais mulheres em temas como tokenização, investimentos em criptoativos, tecnologia blockchain, etc.
Eu estou comprometida em alguns projetos bem grandes nesse sentido, por exemplo, sou embaixadora da EVE NFT (primeira DAO só de mulheres da LATAM), e estou organizando um workshop em liderança feminina e blockchain com grandes executivas da área. Uma puxa a outra.
Quais são os desafios para a popularização deste modelo de negócio?
O maior desafio do Brasil atualmente é o jurídico, sem uma legislação clara fica difícil convencer empresas médias a investir em um projeto de tokenização, apenas as grandes entendem e bancam os riscos. Na mesma proporção, há o desafio da informação de qualidade, há muitos modelos de negócios duvidosos que podem ferir a confiabilidade nesse mercado e o tornar impopular. Por último, a acessibilidade, tornar os processos que envolvem blockchain o mais user-friendly possíveis com certeza vai alavancar a adoção desse tipo de investimento.
*Elisa Rosenthal é Diretora presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário. LinkedIn Top Voices, TEDx Speaker. Colunista na Revista HSM Management, no Conecta Imobi Mundo Zumm e na Exame Invest.Autora de “Proprietárias: A ascensão da liderança feminina no setor imobiliário”.
O mercado por elas: a voz feminina da tokenização
A pauta da tokenização tem assumido protagonismo frente à inovação no setor
É perceptível a falta de diversidade e representatividade feminina no ecossistema da inovação, especialmente no mercado imobiliário. Basta vermos eventos ligados ao tema com a lista homogênea de palestrantes para entender a importância de termos mais vozes diversas frente ao tema. Afinal, esta é uma problemática que impacta diretamente a mentalidade para a inovação.
Quem nos ajuda a entender o motivo é a presidente da SAP, Adriana Aroulho, quando afirma: “Pessoas iguais tendem a pensar igual. Pela natureza do negócio de tecnologia, precisamos pensar de forma diferente. E isso traz resultado tanto financeiro quanto de engajamento.”
A pauta da tokenização tem assumido protagonismo frente à inovação no setor. Helena Henkin atua como executiva da área de blockchain, tokens e criptoativos e, atualmente, está como Head de Global Partnerships na Startup Israelense SolidBlock.
Helena conversou com exclusividade para a coluna “O Mercado por Elas” e reforçou a presença feminina também no sistema inovador da tecnologia aplicada ao real estate.
A primeira grande vantagem da tokenização é o fim da barreira geográfica, as ofertas de tokenização têm sempre a possibilidade de serem globais, o que por si só afeta profundamente a maneira de investir em produtos imobiliários, beneficiando investidore(a)s e também quem faz a oferta.
De forma prática, qual a aplicabilidade da tokenização? Quais os tipos de tokens imobiliários existentes e quais as vantagens de se tokenizar um ativo Imobiliário?
As aplicabilidades e vantagens são muitas, mas se eu tiver que dizer de maneira concisa, a tokenização digitaliza produtos financeiros tradicionais, ou seja, os tokens são uma ponte para a Web3, ou para uma nova maneira de fazer negócio utilizando tecnologia, que têm evoluído muito rapidamente, vide as grandes instituições bancárias já adotando a tecnologia blockchain e a tokenização. Países da Europa, Ásia e os Estados Unidos já experimentam diversas iniciativas de tokenizar ativos imobiliários.
Como você vê a maturidade do mercado brasileiro para o tema?
A tokenização de ativos imobiliários surgiu há três anos, com o famoso case da Aspen Coin (da SolidBlock), o mercado brasileiro começou a olhar para o tema um pouco mais tarde, porém nos últimos oito meses eu vejo um grande avanço, não só com a vinda da SolidBlock para cá, mas com diversas outras iniciativas. Eu acredito que em relação ao conhecimento de tecnologia e modelos de negócio juridicamente seguros, ainda há um bom caminho a ser percorrido.
Vontade há, mas por estarmos falando de valores mobiliários, é preciso ter muito cuidado com a estruturação dos produtos. Isso dito, vejo no Brasil um potencial enorme para liderar, no mínimo, o mercado de tokenização da América Latina.
O que falta para termos mais vozes femininas liderando este tema?
As empresas baseadas em tecnologia blockchain, apesar de oferecerem muitos produtos disruptivos, ainda seguem números muito semelhantes a outros setores tradicionais em relação à porcentagem de mulheres ocupando cargos de liderança.
Porém, por ser um mercado muito novo, acredito que seja mais fácil buscar mais inclusão. A melhor forma possível ainda é a da formação de mais mulheres em temas como tokenização, investimentos em criptoativos, tecnologia blockchain, etc.
Eu estou comprometida em alguns projetos bem grandes nesse sentido, por exemplo, sou embaixadora da EVE NFT (primeira DAO só de mulheres da LATAM), e estou organizando um workshop em liderança feminina e blockchain com grandes executivas da área. Uma puxa a outra.
Quais são os desafios para a popularização deste modelo de negócio?
O maior desafio do Brasil atualmente é o jurídico, sem uma legislação clara fica difícil convencer empresas médias a investir em um projeto de tokenização, apenas as grandes entendem e bancam os riscos. Na mesma proporção, há o desafio da informação de qualidade, há muitos modelos de negócios duvidosos que podem ferir a confiabilidade nesse mercado e o tornar impopular. Por último, a acessibilidade, tornar os processos que envolvem blockchain o mais user-friendly possíveis com certeza vai alavancar a adoção desse tipo de investimento.
*Elisa Rosenthal é Diretora presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário. LinkedIn Top Voices, TEDx Speaker. Colunista na Revista HSM Management, no Conecta Imobi Mundo Zumm e na Exame Invest. Autora de “Proprietárias: A ascensão da liderança feminina no setor imobiliário”.
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