Já diz a sabedoria popular que a amizade é um amor que nunca morre. E de acordo com estudos recentes, ter amigos também pode melhorar a saúde mental. Se tratando de cultura ou ciência, um grupo de amigas de Ribeirão Preto conta como a conexão entre elas – que se conheceram praticando esportes – se transformou em uma amizade feminina para a vida toda
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a amizade é uma relação tão importante para o desenvolvimento psíquico e social que ganhou uma data para ser oficialmente celebrada em todo o mundo: 20 de julho. Já um estudo da Universidade da Califórnia revelou que essa relação de proximidade não apenas ajuda a promover a saúde e o bem-estar, como está ligada ao sucesso profissional.
Na contramão de uma cultura ultrapassada de rivalidade feminina, estabelecer vínculos principalmente entre mulheres é muito importante, como explica a psicóloga Camila Scaff. “A amizade feminina oferece suporte emocional significativo, criando um espaço seguro para compartilhar sentimentos e vulnerabilidades. É da essência do feminino, quando está no equilíbrio e polaridade correta (sem disputa), acolher e cuidar”.
Camila explica que há, na biologia e na psique feminina, a predisposição para tais comportamentos. Logo, estar em um ambiente onde se possa dar e receber acolhimento e empatia é o exercício concreto de algo que já é inato.
“Estar em um grupo no qual criam-se vínculos emocionais diminui os níveis de estresse e aumenta o sentimento de pertencimento. Isso reflete na melhora da autoestima e motiva a lidar com problemas como a ansiedade”.
Por isso, o convite de hoje é para um passeio de bike com Eliane Haddad, Michelle Villela, Renata Salomão e Vanessa Rizzi
Vanessa Rizzi e Renata Salomão| Crédito: Érico Andrade
O esporte promovendo conexões
As quatro amigas se conheceram por meio de uma paixão em comum: o esporte. O quarteto pratica corrida, ciclismo, natação e já participou de uma prova de Triathlon.
Os encontros acabam sendo diários para os treinos e, nos finais de semana, ainda sobra um tempo de qualidade para um happy hour. De acordo com Renata, sem sombra de dúvida, a construção e o vínculo no esporte é levado para a vida pessoal e profissional.
“São nestes momentos de convivência quase diária que falamos sobre nossas dores, dificuldades, desafios e sonhos. É ali que encontramos a cura e as soluções para muitas coisas e onde os novos projetos surgem. A motivação das amigas faz tudo parecer mais possível”, afirma a corretora de imóveis, que é mãe de dois filhos.
Já para Vanessa, que também é mãe de dois e casada, estar entre amigas compartilhando os desafios, as dores, os amores, as conquistas, os problemas e todas as glórias da vida é um combustível essencial.
“Nossa amizade impulsiona o estilo de vida saudável que tenho buscado para mim. Estamos sempre unidas com objetivos ‘fitness’ e o processo de preparação dessas metas exige de nós muito tempo, força e dedicação. Durante esse processo, nos apoiamos! Esse apoio demanda disponibilidade e paciência da outra parte e, com isso, o sentimento de gratidão e reconhecimento se fortalece cada vez mais. Por exemplo, para a prova de Triathlon: criamos um grupo de treino, entendemos a disponibilidade e a dificuldade de cada uma e então entramos num consenso. Uma das situações incluiu a natação. Era nosso ponto fraco e quase não tínhamos agenda para isso. Definimos nadar às 5h da manhã, às segundas e quartas, além das aulas às sextas. Imagina que família, trabalho, vida social continuavam na rotina. Cada dia uma vivenciava uma situação particular (dores, festas, estresses, filhos…) mas o compromisso de estar às 4h50 na piscina não falhava”, relembra.
Casada e atuando como analista de inteligência de mercado, Michelle acredita que as relações de amizade contribuem efetivamente para a longevidade, porque nos esforçamos para estar bem em prol do outro.
“A qualquer momento, uma amiga pode precisar de nós por qualquer motivo, e se não estivermos bem fisicamente e mentalmente não poderemos proporcionar a ajuda que a outra necessita. Isso inclui estar bem na carreira também. Ver o sucesso de uma instintivamente nos faz buscar o nosso melhor na profissão”, afirma Michelle.
Para Eliane, falar sobre amizade feminina envolve uma gama ampla de sentimentos: carinho, afeição, respeito, lealdade, cumplicidade, proteção e confiança. “Entre mulheres, então, podemos acrescentar poder, compaixão, fraternidade, maternidade…Unir o esporte a esses pontos em comum que existem entre nós só pode resultar em resiliência. Essa relação nos ajuda a superar os obstáculos com mais força e os desafios com mais sabedoria. O esporte nos aproxima muito pelo fato de precisar de constância e dedicação quase que diária. Esse vínculo independe de idade, ser mãe, avó, casada ou solteira, ser magra ou gorda. Basta querer ter uma vida saudável e ‘correr atrás’. A gente consegue encaixar tudo isso na nossa rotina e ser feliz”, ressalta a fisioterapeuta, que é casada e mãe de três.
Antes de mais nada, é necessário, segundo a psicóloga, se abrir para construir novos vínculos e saber que as novas relações jamais serão em sua dinâmica de manutenção, como na infância ou na adolescência.
“Na vida adulta, a disposição socioemocional é outra: é mais criteriosa e seletiva. A maturidade muda de estirpe: procuramos pessoas que possam contribuir em algum nível para nossas vidas, com a capacidade de praticar a escuta ativa sem julgamentos e nos acolher, e que, claro, tenham gostos em comum com os nossos”.
A especialista ainda ressalta que o ideal é se engajar-se em atividades que tenham a ver com o que reconhecemos gostar e nos fazer bem – aliando gosto ao propósito. “É natural da psique feminina colocar o outro em primeiro lugar. Logo, o que sobra de energia psíquica para usufruto próprio é escasso. Sendo assim, é potencialmente revitalizador e curador para as mulheres toda e qualquer atividade nas quais possam estar em grupo: fazendo, criando ou discutindo algo acerca do que lhes faz sentido e que lhes nutre a própria essência feminina, como um grupo que tenha o mesmo propósito”.
A potência da amizade feminina
Já diz a sabedoria popular que a amizade é um amor que nunca morre. E de acordo com estudos recentes, ter amigos também pode melhorar a saúde mental. Se tratando de cultura ou ciência, um grupo de amigas de Ribeirão Preto conta como a conexão entre elas – que se conheceram praticando esportes – se transformou em uma amizade feminina para a vida toda
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a amizade é uma relação tão importante para o desenvolvimento psíquico e social que ganhou uma data para ser oficialmente celebrada em todo o mundo: 20 de julho. Já um estudo da Universidade da Califórnia revelou que essa relação de proximidade não apenas ajuda a promover a saúde e o bem-estar, como está ligada ao sucesso profissional.
Na contramão de uma cultura ultrapassada de rivalidade feminina, estabelecer vínculos principalmente entre mulheres é muito importante, como explica a psicóloga Camila Scaff. “A amizade feminina oferece suporte emocional significativo, criando um espaço seguro para compartilhar sentimentos e vulnerabilidades. É da essência do feminino, quando está no equilíbrio e polaridade correta (sem disputa), acolher e cuidar”.
Camila explica que há, na biologia e na psique feminina, a predisposição para tais comportamentos. Logo, estar em um ambiente onde se possa dar e receber acolhimento e empatia é o exercício concreto de algo que já é inato.
Por isso, o convite de hoje é para um passeio de bike com Eliane Haddad, Michelle Villela, Renata Salomão e Vanessa Rizzi
O esporte promovendo conexões
As quatro amigas se conheceram por meio de uma paixão em comum: o esporte. O quarteto pratica corrida, ciclismo, natação e já participou de uma prova de Triathlon.
Os encontros acabam sendo diários para os treinos e, nos finais de semana, ainda sobra um tempo de qualidade para um happy hour. De acordo com Renata, sem sombra de dúvida, a construção e o vínculo no esporte é levado para a vida pessoal e profissional.
“São nestes momentos de convivência quase diária que falamos sobre nossas dores, dificuldades, desafios e sonhos. É ali que encontramos a cura e as soluções para muitas coisas e onde os novos projetos surgem. A motivação das amigas faz tudo parecer mais possível”, afirma a corretora de imóveis, que é mãe de dois filhos.
Já para Vanessa, que também é mãe de dois e casada, estar entre amigas compartilhando os desafios, as dores, os amores, as conquistas, os problemas e todas as glórias da vida é um combustível essencial.
“Nossa amizade impulsiona o estilo de vida saudável que tenho buscado para mim. Estamos sempre unidas com objetivos ‘fitness’ e o processo de preparação dessas metas exige de nós muito tempo, força e dedicação. Durante esse processo, nos apoiamos! Esse apoio demanda disponibilidade e paciência da outra parte e, com isso, o sentimento de gratidão e reconhecimento se fortalece cada vez mais. Por exemplo, para a prova de Triathlon: criamos um grupo de treino, entendemos a disponibilidade e a dificuldade de cada uma e então entramos num consenso. Uma das situações incluiu a natação. Era nosso ponto fraco e quase não tínhamos agenda para isso. Definimos nadar às 5h da manhã, às segundas e quartas, além das aulas às sextas. Imagina que família, trabalho, vida social continuavam na rotina. Cada dia uma vivenciava uma situação particular (dores, festas, estresses, filhos…) mas o compromisso de estar às 4h50 na piscina não falhava”, relembra.
Casada e atuando como analista de inteligência de mercado, Michelle acredita que as relações de amizade contribuem efetivamente para a longevidade, porque nos esforçamos para estar bem em prol do outro.
“A qualquer momento, uma amiga pode precisar de nós por qualquer motivo, e se não estivermos bem fisicamente e mentalmente não poderemos proporcionar a ajuda que a outra necessita. Isso inclui estar bem na carreira também. Ver o sucesso de uma instintivamente nos faz buscar o nosso melhor na profissão”, afirma Michelle.
Para Eliane, falar sobre amizade feminina envolve uma gama ampla de sentimentos: carinho, afeição, respeito, lealdade, cumplicidade, proteção e confiança. “Entre mulheres, então, podemos acrescentar poder, compaixão, fraternidade, maternidade…Unir o esporte a esses pontos em comum que existem entre nós só pode resultar em resiliência. Essa relação nos ajuda a superar os obstáculos com mais força e os desafios com mais sabedoria. O esporte nos aproxima muito pelo fato de precisar de constância e dedicação quase que diária. Esse vínculo independe de idade, ser mãe, avó, casada ou solteira, ser magra ou gorda. Basta querer ter uma vida saudável e ‘correr atrás’. A gente consegue encaixar tudo isso na nossa rotina e ser feliz”, ressalta a fisioterapeuta, que é casada e mãe de três.
A amizade feminina na vida adulta
Antes de mais nada, é necessário, segundo a psicóloga, se abrir para construir novos vínculos e saber que as novas relações jamais serão em sua dinâmica de manutenção, como na infância ou na adolescência.
A especialista ainda ressalta que o ideal é se engajar-se em atividades que tenham a ver com o que reconhecemos gostar e nos fazer bem – aliando gosto ao propósito. “É natural da psique feminina colocar o outro em primeiro lugar. Logo, o que sobra de energia psíquica para usufruto próprio é escasso. Sendo assim, é potencialmente revitalizador e curador para as mulheres toda e qualquer atividade nas quais possam estar em grupo: fazendo, criando ou discutindo algo acerca do que lhes faz sentido e que lhes nutre a própria essência feminina, como um grupo que tenha o mesmo propósito”.
Leia também
Além da lista de metas! Como começar o ano sem procrastinação?
Gabriela Bombarda, microfisioterapeuta e especialista em física quântica explica quais recursos podemos …
Livia Perissoto e Ju Mateo falam sobre a maternidade em tempos de superexposição online
Na era em que as crianças e os adolescentes vivem em um …
Está na hora de mudar de profissão ou é apenas cansaço de fim de ano?
O final de um ciclo – mesmo que apenas temporal – desperta …
Uma prática solidária que transforma vidas e gera negócios
Motivado pelo impacto positivo que pode provocar, o empresário Tales Vilar é …