Durante evento do LIDE Ribeirão Preto, Felipe Nunes mostrou dados sobre a polarização no Brasil e como essa divisão profunda vem afetando o varejo dentro e fora do país
Sócio-fundador da Quaest, empresa com foco em pesquisas observacionais e experimentais, o cientista político Felipe Nunes busca, por meio da coleta intensiva de dados, fazer uma “radiografia brasileira”, de forma a entender o comportamento dos brasileiros e, assim, orientar as empresas em temas como reputação e tendências de consumo.
Parte dessas informações que vem coletando foi apresentada a vários líderes e executivos de Ribeirão Preto e região durante um almoço promovido pelo LIDE Ribeirão Preto, nesta quinta-feira, dia 21 de março, no Absolutto Espaço de Eventos.
Dentro do tema “Como sobreviver à polarização que atinge famílias, consumidores e empresas”, o convidado, que é também comentarista político da Globonews, fez uma série de alertas e provocações, tendo como base a constatação de que, assim como na política, os consumidores estão muito mais segmentados.
Segundo Nunes, os brasileiros estão “socialmente calcificados”, o que os torna inflexíveis, e “afetivamente polarizados”, fazendo com que adversários sejam encarados como. “Se quiser saber o que acontecerá no Brasil, é só olhar para os Estados Unidos. Eles estão dois anos à nossa frente”, afirmou o cientista político.
Consumo político
Entre suas últimas medições, Nunes observou como o varejo brasileiro está sendo impactado pelo clima de polarização. “Consumir está se transformando em um ato político, fazendo com que as empresas fiquem sujeitas à discriminação por viés político”, apontou, com base em várias pesquisas conduzidas pela Quaest.
Nesse sentido, ele concluiu ainda essa calcificação dá sinais de que deve permanecer por muito tempo e que as empresas precisam estar preparadas para “um longo inverno”. “Para isso, todas elas precisam conhecer o cliente acima de qualquer coisa e entender: quem é, quem as pessoas acham que ela é e quem ela quer ser”, orientou.
O analista
Felipe Nunes | Crédito: Rafael Cautella
Afirmando que, assim como um termômetro, seu papel é “medir a febre”, Felipe Nunes é Ph.D. em Ciência Política e mestre em Estatística pela Universidade da Califórnia em Los Angeles.
Além de comentarista, atua hoje como professor de estratégia de mercado e política brasileira na UFMG, sendo que, no meio acadêmico, coleciona trabalhos sobre desinformação, eleições e metodologia publicados nas principais revistas científicas do mundo.
Lançado em 2023, seu livro “Biografia do Abismo”, escrito em parceria com o jornalista Thomas Traumann, se tornou best seller entre as obras de teor político.
‘Consumir está se transformando em ato político’, alerta cientista político
Durante evento do LIDE Ribeirão Preto, Felipe Nunes mostrou dados sobre a polarização no Brasil e como essa divisão profunda vem afetando o varejo dentro e fora do país
Sócio-fundador da Quaest, empresa com foco em pesquisas observacionais e experimentais, o cientista político Felipe Nunes busca, por meio da coleta intensiva de dados, fazer uma “radiografia brasileira”, de forma a entender o comportamento dos brasileiros e, assim, orientar as empresas em temas como reputação e tendências de consumo.
Parte dessas informações que vem coletando foi apresentada a vários líderes e executivos de Ribeirão Preto e região durante um almoço promovido pelo LIDE Ribeirão Preto, nesta quinta-feira, dia 21 de março, no Absolutto Espaço de Eventos.
Dentro do tema “Como sobreviver à polarização que atinge famílias, consumidores e empresas”, o convidado, que é também comentarista político da Globonews, fez uma série de alertas e provocações, tendo como base a constatação de que, assim como na política, os consumidores estão muito mais segmentados.
Segundo Nunes, os brasileiros estão “socialmente calcificados”, o que os torna inflexíveis, e “afetivamente polarizados”, fazendo com que adversários sejam encarados como. “Se quiser saber o que acontecerá no Brasil, é só olhar para os Estados Unidos. Eles estão dois anos à nossa frente”, afirmou o cientista político.
Consumo político
Entre suas últimas medições, Nunes observou como o varejo brasileiro está sendo impactado pelo clima de polarização. “Consumir está se transformando em um ato político, fazendo com que as empresas fiquem sujeitas à discriminação por viés político”, apontou, com base em várias pesquisas conduzidas pela Quaest.
Nesse sentido, ele concluiu ainda essa calcificação dá sinais de que deve permanecer por muito tempo e que as empresas precisam estar preparadas para “um longo inverno”. “Para isso, todas elas precisam conhecer o cliente acima de qualquer coisa e entender: quem é, quem as pessoas acham que ela é e quem ela quer ser”, orientou.
O analista
Afirmando que, assim como um termômetro, seu papel é “medir a febre”, Felipe Nunes é Ph.D. em Ciência Política e mestre em Estatística pela Universidade da Califórnia em Los Angeles.
Além de comentarista, atua hoje como professor de estratégia de mercado e política brasileira na UFMG, sendo que, no meio acadêmico, coleciona trabalhos sobre desinformação, eleições e metodologia publicados nas principais revistas científicas do mundo.
Lançado em 2023, seu livro “Biografia do Abismo”, escrito em parceria com o jornalista Thomas Traumann, se tornou best seller entre as obras de teor político.
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