Cuidados com o couro cabeludo podem ser resposta contra problemas capilares

Felipe Restini, especialista em saúde capilar, explica quais cuidados com o couro cabeludo são necessários para uma boa saúde capilar

O fim de problemas capilares como oleosidade ou queda dos fios pode estar mais próximo do que você imagina – por meio de uma solução surpreendentemente simples! Saindo um pouco das recomendações tradicionais, como o uso de produtos finalizadores ou da atenção especial à hidratação capilar, a solução para tais situações está também nos cuidados realizados direta e literalmente na raiz do problema: o couro cabeludo.

De acordo com o cabeleireiro Felipe Restini, o segredo do couro cabeludo é a higiene. “O couro cabeludo deve estar sempre limpo e devemos evitar agressões diretas a ele no dia a dia: seja por ações mecânicas, químicas ou térmicas”, explica o especialista em saúde capilar. 

Para a higienização correta, é recomendado uma esfregação suave, evitando o uso das unhas, mas, ao mesmo tempo, com uma certa aplicação de força, a fim de ajudar a limpeza, o desprendimento dos resíduos e o estímulo da microcirculação que previne a queda de cabelo, a descamação e a seborreia. 

Com relação a produtos químicos, eles devem ser usados com bastante cautela e sempre manuseados por quem os conhece. “Procure sempre um bom profissional para executar as químicas de cor ou forma. Hoje em dia já existem metodologias que permitem ter o cabelo dos sonhos, com saúde e beleza deslumbrantes”.

Os cuidados com o couro cabeludo

Além da higienização, o profissional explica que é necessário a prevenção e a reposição de ativos, por meio de:

• Ações mecânicas: evite o atrito entre fios e mãos, toalha ou quaisquer outros objetos e a tração excessiva dos fios, seja puxando com as mãos ou em rabos-de-cavalo muito apertados
• Ações térmicas: cuidado no uso excessivo do calor, como secador ou chapinhas, babyliss e afins. Mas o cuidado não quer dizer “não usar”. Na verdade, seria “use do jeito certo e com um PROTETOR TÉRMICO eficaz”.
• Reposição de ativos: procure sempre realizar tratamentos com altas concentrações de ativos reconstrutores e lubrificantes da fibra, de preferência com pH próximo a 4,5.
• Intoxicação por metais, cloro ou derivados do petróleo: na água com a qual lavamos o cabelo ou em alguns produtos cosméticos, estão presentes esses resíduos que se ligam quimicamente aos fios e, ali, destroem a fibra capilar e bloqueiam a ação de outros tratamentos ou químicas, deixando os cabelos embaraçados, opacos e quebradiços.

Ainda falando sobre a intoxicação por metais, é importante dizer que eles não basta o uso de shampoo para se livrar deles. “Por se ligarem quimicamente aos fios, se faz necessário o uso de ativos que eu chamo de ‘quelantes’, que conseguem se ligar a esses resíduos com maior afinidade química, desprendendo-os dos fios para podermos mandá-los pelo ralo, literalmente”, ensina o especialista. 

Uma opção que o cabeleireiro indica é o Detox Quelante, feito com base em vinagre e 5 passos:

1. Lave o cabelo 2x com shampoo anti-resíduos;
2. Aplique o vinagre puro e deixe agir de 5 a 10 minutos;
3. Lave novamente com shampoo específico para o seu tipo de cabelo;
4. Aplique novamente o vinagre puro e deixe agir 5 a 10 minutos;
5. Aplique uma máscara de acordo com o seu tipo cabelo;

Observação: Lembre-se de enxaguar muito bem o cabelo em cada etapa!

Pode lavar o cabelo todos os dias?

SIM! Segundo o cabeleireiro, quanto mais estimulamos a microcirculação e quanto menos sujeira e resíduos no couro cabeludo, mais saudável ele será e menor o risco de ter problemas como queda, descamação e descontrole de oleosidade.

Ainda assim, existem ativos que devem ser evitados ao escolher o shampoo e o condicionador que usaremos. Dentre os principais, estão os derivados de petróleo: petrolatos, óleos minerais ou parafina líquida. Em vez disso, procure por queratina hidrolizada, panthenol e óleos vegetais.

Dica de especialista: A composição dos produtos que aparecem no contrarrótulo são apresentadas em ordem decrescente, de acordo com a concentração dos ativos. Ou seja, os primeiros itens da lista de ingredientes são os ativos mais presentes no produto, e os últimos, os menos presentes.

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