A cantora ribeirão-pretana encantou a Seleção Brasileira de Futebol Feminino e Ronaldo ‘Fenômeno’, um dos maiores jogadores de todos os tempos
Tímida fora do palco, mas um furacão que exala alegria, simpatia e muito talento em cima dele. A cantora ribeirão-pretana Gabi Fernandes encantou a Seleção Brasileira de Futebol Feminino e lançou recentemente uma música em homenagem à Ronaldo Fenômeno, um dos maiores jogadores de futebol da história.
Em bate-papo exclusivo com o Mundo Zumm, Gabi fala sobre o começo na música, a relação próxima com o esporte – especialmente com o futebol feminino -, como foi conciliar a carreira artística com a de fonoaudióloga, e suas grandes conquistas nos últimos anos.
O início na música
Mundo Zumm: Gabi, nos conte um pouco sobre você. Como a música entrou na sua vida?
Gabi Fernandes: Eu tenho 28 anos de idade, sou nascida e criada em Ribeirão Preto. A música entrou na minha vida, de fato, aos 8 anos, quando aprendi a tocar violão. Mas foi aos 14 que virou coisa séria, profissão mesmo. Foi ali que meus pais viram que não era só brincadeira de tocar e cantar: eu sentei com eles e pedi para trocar minha festa de 15 anos pela gravação de um CD. Eu já compunha algumas músicas e esse trabalho foi só de músicas autorais. E desde então, eu não parei. Eu tive muita influência de um tio, que tocava violão e eu achava aquilo bonito. Mas eu sempre fui uma criança que gostava muito de música, então, foi um caminho natural. Mesmo meus pais não tocando nenhum instrumento e sem ter relação nenhuma com a música, eu era muito musical. E acabei tendo muito apoio deles e da minha família para seguir cantando, tocando, compondo, e isso foi aumentando e alimentando o meu sonho.
Entre a ciência e a arte
M.Z: Você é formada em fonoaudiologia, certo? Como conciliava/concilia a vida na ciência e na música?
G.F: Eu sou fonoaudióloga de formação, mas a música entrou antes na minha vida. Então, antes de ser da área médica, eu já tinha uma carreira artística. Eu ainda atuo como fonoaudióloga, mas bem menos que antes. Por muito tempo, eu levei as duas profissões juntas, dividindo 50% da minha vida em cada área. Hoje, é cerca de 80% para shows e 20% para atender pacientes. Mas tem sido um processo natural: conforme minha vida artística cresce, eu fico com menos tempo para me dedicar aos pacientes. Como eu me especializei em voz, principalmente, em voz cantada, a fonoaudiologia me ajudou muito na música e vice-versa. Inclusive, em outubro eu fui convidada pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia para palestrar no Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, onde dei uma aula sobre preparação vocal no canto sertanejo.
A relação com o esporte
M.Z: Você tem uma relação muito próxima com o futebol feminino, encontros com grandes craques do esporte, já cantou na Arena Corinthians, muita coisa incrível. Fala um pouco sobre sua relação com o esporte?
G.F: Desde pequena, antes mesmo de conhecer a música, aprender a tocar instrumentos, cantar, eu tenho uma relação muito próxima com o esporte. Eu já pratiquei tudo o que se possa imaginar: futebol, vôlei, ballet, judô, caratê e mais alguns outros. Mas eu sempre tive uma paixão e uma habilidade diferentes no futebol. E até os meus 14 anos, naquela fase que decidi seguir uma carreira artística, o meu grande sonho era ser jogadora de futebol. E em 2019, durante a Copa do Mundo de Futebol Feminino, na França, a seleção perdeu para as anfitriãs, mas em um jogo muito disputado, e eu queria mandar um recado para elas, de que eu e todo o Brasil estávamos orgulhosos do que elas fizeram. E então eu fiz uma paródia de uma música falando sobre algumas jogadoras, lances da Copa, o panorama do futebol feminino, e postei na internet. E aí várias atletas começaram a me seguir, repostar, e a conexão foi crescendo. Foi uma parceria que rendeu frutos legais para elas, para mim e para o esporte. Todo mundo ganhou.
Tudo o que eu construí e conquistei nos últimos anos, foi porque eu decidi abrir para as pessoas as minhas paixões, os meus hobbies. Além da Gabi cantora, passaram a conhecer a Gabi ‘pessoa’. E na pandemia eu percebi o dom que tenho de escrever sobre a história das pessoas, e isso me conectou com muita gente, me levou a lugares que talvez nem o dinheiro levaria. Eu conheci o Ronaldo e o Neymar, por exemplo, porque eu toquei essas pessoas emocionalmente, através da música. E como eu vejo isso? Tudo o que eu conquistei foi por ser verdadeira e natural com o que eu fiz. Às vezes nem o dinheiro é capaz de te levar a um lugar que você vai conseguir chegar através da emoção, tocando as pessoas pelo lado humano.
Os próximos passos
M.Z: O ano está acabando e você segue em uma crescente muito grande. Quais são os próximos planos da Gabi Fernandes?
G.F: A Gabi dos próximos anos é um foguete que não dá ré! Nestes últimos anos eu vim em uma crescente muito forte e a minha intenção é não parar. De que forma eu vou fazer e já estou fazendo? Não parando de criar! Esse é o meu principal objetivo: continuar criando coisas novas, que venham de dentro do meu coração, sem perder minha essência, minhas causas, tudo o que eu defendo e acredito. Dentro dos próximos planos, eu estou com lançamentos programados do DVD que gravei em São Paulo. Começamos neste mês e vai até janeiro. E em fevereiro, provavelmente, vem o lançamento do meu documentário. Tem muita coisa para as pessoas acompanharem da minha música, da minha vida e do meu trabalho daqui para frente.
As duas “Gabi’s”
M.Z: Gabi, existe diferença entre a pessoa que está no palco e fora dele? E o que há em comum?
G.F: A diferença da Gabriela e da Gabi Fernandes, talvez, é a timidez fora dos palcos. Eu sou mais quieta e retraída, quando eu não conheço a pessoa. Mas quando estou com os amigos e a família, sou muito extrovertida e brincalhona. Na hora de trabalhar, antes de subir no palco, sou bem firme, séria e rigorosa com todos os processos que envolvem o meu trabalho e a minha carreira. Em cima do palco eu sempre tenho que entregar alegria, uma vibe legal e leveza. A Gabi do palco tem que ser sem boletos, preocupações e estresse. Mesmo que dentro de mim tenha um nervosismo, ali, na hora, eu tenho que esquecer de tudo. E fora dos palcos é a Gabi ‘ser-humano’, que fica feliz, triste, que chora, que dá risada. Mas essas duas ‘Gabis’ têm uma coisa em comum: a determinação.
E fora dos palcos? Quem é Gabi Fernandes
A cantora ribeirão-pretana encantou a Seleção Brasileira de Futebol Feminino e Ronaldo ‘Fenômeno’, um dos maiores jogadores de todos os tempos
Tímida fora do palco, mas um furacão que exala alegria, simpatia e muito talento em cima dele. A cantora ribeirão-pretana Gabi Fernandes encantou a Seleção Brasileira de Futebol Feminino e lançou recentemente uma música em homenagem à Ronaldo Fenômeno, um dos maiores jogadores de futebol da história.
Em bate-papo exclusivo com o Mundo Zumm, Gabi fala sobre o começo na música, a relação próxima com o esporte – especialmente com o futebol feminino -, como foi conciliar a carreira artística com a de fonoaudióloga, e suas grandes conquistas nos últimos anos.
O início na música
Mundo Zumm: Gabi, nos conte um pouco sobre você. Como a música entrou na sua vida?
Gabi Fernandes: Eu tenho 28 anos de idade, sou nascida e criada em Ribeirão Preto. A música entrou na minha vida, de fato, aos 8 anos, quando aprendi a tocar violão. Mas foi aos 14 que virou coisa séria, profissão mesmo. Foi ali que meus pais viram que não era só brincadeira de tocar e cantar: eu sentei com eles e pedi para trocar minha festa de 15 anos pela gravação de um CD. Eu já compunha algumas músicas e esse trabalho foi só de músicas autorais. E desde então, eu não parei. Eu tive muita influência de um tio, que tocava violão e eu achava aquilo bonito. Mas eu sempre fui uma criança que gostava muito de música, então, foi um caminho natural. Mesmo meus pais não tocando nenhum instrumento e sem ter relação nenhuma com a música, eu era muito musical. E acabei tendo muito apoio deles e da minha família para seguir cantando, tocando, compondo, e isso foi aumentando e alimentando o meu sonho.
Entre a ciência e a arte
M.Z: Você é formada em fonoaudiologia, certo? Como conciliava/concilia a vida na ciência e na música?
G.F: Eu sou fonoaudióloga de formação, mas a música entrou antes na minha vida. Então, antes de ser da área médica, eu já tinha uma carreira artística. Eu ainda atuo como fonoaudióloga, mas bem menos que antes. Por muito tempo, eu levei as duas profissões juntas, dividindo 50% da minha vida em cada área. Hoje, é cerca de 80% para shows e 20% para atender pacientes. Mas tem sido um processo natural: conforme minha vida artística cresce, eu fico com menos tempo para me dedicar aos pacientes. Como eu me especializei em voz, principalmente, em voz cantada, a fonoaudiologia me ajudou muito na música e vice-versa. Inclusive, em outubro eu fui convidada pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia para palestrar no Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, onde dei uma aula sobre preparação vocal no canto sertanejo.
A relação com o esporte
M.Z: Você tem uma relação muito próxima com o futebol feminino, encontros com grandes craques do esporte, já cantou na Arena Corinthians, muita coisa incrível. Fala um pouco sobre sua relação com o esporte?
G.F: Desde pequena, antes mesmo de conhecer a música, aprender a tocar instrumentos, cantar, eu tenho uma relação muito próxima com o esporte. Eu já pratiquei tudo o que se possa imaginar: futebol, vôlei, ballet, judô, caratê e mais alguns outros. Mas eu sempre tive uma paixão e uma habilidade diferentes no futebol. E até os meus 14 anos, naquela fase que decidi seguir uma carreira artística, o meu grande sonho era ser jogadora de futebol. E em 2019, durante a Copa do Mundo de Futebol Feminino, na França, a seleção perdeu para as anfitriãs, mas em um jogo muito disputado, e eu queria mandar um recado para elas, de que eu e todo o Brasil estávamos orgulhosos do que elas fizeram. E então eu fiz uma paródia de uma música falando sobre algumas jogadoras, lances da Copa, o panorama do futebol feminino, e postei na internet. E aí várias atletas começaram a me seguir, repostar, e a conexão foi crescendo. Foi uma parceria que rendeu frutos legais para elas, para mim e para o esporte. Todo mundo ganhou.
Tudo o que eu construí e conquistei nos últimos anos, foi porque eu decidi abrir para as pessoas as minhas paixões, os meus hobbies. Além da Gabi cantora, passaram a conhecer a Gabi ‘pessoa’. E na pandemia eu percebi o dom que tenho de escrever sobre a história das pessoas, e isso me conectou com muita gente, me levou a lugares que talvez nem o dinheiro levaria. Eu conheci o Ronaldo e o Neymar, por exemplo, porque eu toquei essas pessoas emocionalmente, através da música. E como eu vejo isso? Tudo o que eu conquistei foi por ser verdadeira e natural com o que eu fiz. Às vezes nem o dinheiro é capaz de te levar a um lugar que você vai conseguir chegar através da emoção, tocando as pessoas pelo lado humano.
Os próximos passos
M.Z: O ano está acabando e você segue em uma crescente muito grande. Quais são os próximos planos da Gabi Fernandes?
G.F: A Gabi dos próximos anos é um foguete que não dá ré! Nestes últimos anos eu vim em uma crescente muito forte e a minha intenção é não parar. De que forma eu vou fazer e já estou fazendo? Não parando de criar! Esse é o meu principal objetivo: continuar criando coisas novas, que venham de dentro do meu coração, sem perder minha essência, minhas causas, tudo o que eu defendo e acredito. Dentro dos próximos planos, eu estou com lançamentos programados do DVD que gravei em São Paulo. Começamos neste mês e vai até janeiro. E em fevereiro, provavelmente, vem o lançamento do meu documentário. Tem muita coisa para as pessoas acompanharem da minha música, da minha vida e do meu trabalho daqui para frente.
As duas “Gabi’s”
M.Z: Gabi, existe diferença entre a pessoa que está no palco e fora dele? E o que há em comum?
G.F: A diferença da Gabriela e da Gabi Fernandes, talvez, é a timidez fora dos palcos. Eu sou mais quieta e retraída, quando eu não conheço a pessoa. Mas quando estou com os amigos e a família, sou muito extrovertida e brincalhona. Na hora de trabalhar, antes de subir no palco, sou bem firme, séria e rigorosa com todos os processos que envolvem o meu trabalho e a minha carreira. Em cima do palco eu sempre tenho que entregar alegria, uma vibe legal e leveza. A Gabi do palco tem que ser sem boletos, preocupações e estresse. Mesmo que dentro de mim tenha um nervosismo, ali, na hora, eu tenho que esquecer de tudo. E fora dos palcos é a Gabi ‘ser-humano’, que fica feliz, triste, que chora, que dá risada. Mas essas duas ‘Gabis’ têm uma coisa em comum: a determinação.
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