No Dia do Refugiado, um encontro on-line permitirá que os participantes aprendem mais detalhes com quem precisou fugir para o Brasil
O Brasil é destaque internacional no acolhimento de pessoas refugiadas. Em 2023, quando o mundo atingiu a marca de 114 milhões de pessoas deslocadas à força, o país alcançou também o total de 710 mil refugiados acolhidos vindos de nações em crise, como Venezuela, Haiti, Síria, Ucrânia e Afeganistão.
Para chamar atenção a esse grave cenário, o dia 20 de junho foi escolhido para celebrar o Dia Mundial do Refugiado e é também nesse dia que a ONG Planeta de TODOS realizará um evento on-line e gratuito com a participação de refugiados do Afeganistão e do Myanmar, para que eles compartilhem suas histórias e contem como o refúgio lhes possibilitou novos recomeços.
“O evento tem como objetivo incentivar o debate e o conhecimento sobre as crises migratórias e a importância do refúgio para comunidades historicamente perseguidas e em situação de vulnerabilidade. O destaque será para as histórias de quem, hoje, está na condição de refugiado, mas continua sendo, acima de tudo, um ser humano em busca de uma vida melhor, segura e com oportunidades”, explica André Naddeo, diretor-executivo do Planeta de TODOS.
Para participar do evento organizado no Dia Mundial do Refugiado, basta acessar o link de exibição on-line, gratuito e aberto ao público (clique aqui).
Em um espaço dedicado ao aprendizado sobre o cenário migratório vivido pelos imigrantes, eles compartilharão como tem sido o processo de integração social e cultural em uma terra tão distante de sua própria cultura.
“Sinto a falta dos meus pais, mas supero isso por um desejo maior: sobreviver. Quero aprender português, começar a trabalhar e trazê-los para cá, dar uma vida melhor para eles”, afirma Mohammed Yahya, um dos afegãos acolhidos pela ONG em Ribeirão Preto e que está há um ano sem ver os pais – desde quando fugiu para o Irã a fim de, depois, recorrer ao Brasil.
No seu país de origem, os hazara são perseguidos pelo Talibã, grupo radical que voltou ao poder e não os reconhece como afegãos, promovendo uma série de ataques e atentados com vias de genocídio e limpeza étnica.
História de superação
Amin Khairul é refugiado apátrida do Myanmar, da etnia rohingya, minoria étnica muçulmana não reconhecida pelo governo local, que também protagonizará o evento. Quando criança, aos 11 anos, Amin foi o único sobrevivente de sua vila após o massacre em Myanmar, episódio que o obrigou a seguir os passos de seu povo e buscar refúgio no país vizinho, Bangladesh.
Foi na Grécia, em 2018, que Khairul conheceu a ONG Planeta de TODOS, quando vivia em Atenas, sem moradia fixa, e foi selecionado para integrar o projeto. Após 17 anos, Amin é membro de uma organização grega de apoio a menores refugiados.
“Há quase duas décadas, a perseguição contra a etnia rohingya gerou um impacto irreversível em minha vida. Sem a minha família, ainda criança, me tornei um refugiado e, hoje, me dedico a acolher crianças e adolescentes que estão passando pela mesma violência, na esperança de um futuro melhor, com segurança e oportunidades”, destaca Amin.
Evento em Ribeirão reúne refugiados e discute dinâmicas migratórias
No Dia do Refugiado, um encontro on-line permitirá que os participantes aprendem mais detalhes com quem precisou fugir para o Brasil
O Brasil é destaque internacional no acolhimento de pessoas refugiadas. Em 2023, quando o mundo atingiu a marca de 114 milhões de pessoas deslocadas à força, o país alcançou também o total de 710 mil refugiados acolhidos vindos de nações em crise, como Venezuela, Haiti, Síria, Ucrânia e Afeganistão.
Para chamar atenção a esse grave cenário, o dia 20 de junho foi escolhido para celebrar o Dia Mundial do Refugiado e é também nesse dia que a ONG Planeta de TODOS realizará um evento on-line e gratuito com a participação de refugiados do Afeganistão e do Myanmar, para que eles compartilhem suas histórias e contem como o refúgio lhes possibilitou novos recomeços.
“O evento tem como objetivo incentivar o debate e o conhecimento sobre as crises migratórias e a importância do refúgio para comunidades historicamente perseguidas e em situação de vulnerabilidade. O destaque será para as histórias de quem, hoje, está na condição de refugiado, mas continua sendo, acima de tudo, um ser humano em busca de uma vida melhor, segura e com oportunidades”, explica André Naddeo, diretor-executivo do Planeta de TODOS.
Para participar do evento organizado no Dia Mundial do Refugiado, basta acessar o link de exibição on-line, gratuito e aberto ao público (clique aqui).
Lugar de fala
Acolhidos pela ONG Planeta de TODOS em sua 1ª casa-abrigo inaugurada no Brasil, na cidade de Ribeirão Preto, os refugiados afegãos da comunidade étnica hazara serão protagonistas do evento.
Em um espaço dedicado ao aprendizado sobre o cenário migratório vivido pelos imigrantes, eles compartilharão como tem sido o processo de integração social e cultural em uma terra tão distante de sua própria cultura.
“Sinto a falta dos meus pais, mas supero isso por um desejo maior: sobreviver. Quero aprender português, começar a trabalhar e trazê-los para cá, dar uma vida melhor para eles”, afirma Mohammed Yahya, um dos afegãos acolhidos pela ONG em Ribeirão Preto e que está há um ano sem ver os pais – desde quando fugiu para o Irã a fim de, depois, recorrer ao Brasil.
No seu país de origem, os hazara são perseguidos pelo Talibã, grupo radical que voltou ao poder e não os reconhece como afegãos, promovendo uma série de ataques e atentados com vias de genocídio e limpeza étnica.
História de superação
Amin Khairul é refugiado apátrida do Myanmar, da etnia rohingya, minoria étnica muçulmana não reconhecida pelo governo local, que também protagonizará o evento. Quando criança, aos 11 anos, Amin foi o único sobrevivente de sua vila após o massacre em Myanmar, episódio que o obrigou a seguir os passos de seu povo e buscar refúgio no país vizinho, Bangladesh.
Foi na Grécia, em 2018, que Khairul conheceu a ONG Planeta de TODOS, quando vivia em Atenas, sem moradia fixa, e foi selecionado para integrar o projeto. Após 17 anos, Amin é membro de uma organização grega de apoio a menores refugiados.
“Há quase duas décadas, a perseguição contra a etnia rohingya gerou um impacto irreversível em minha vida. Sem a minha família, ainda criança, me tornei um refugiado e, hoje, me dedico a acolher crianças e adolescentes que estão passando pela mesma violência, na esperança de um futuro melhor, com segurança e oportunidades”, destaca Amin.
Evento “Dia Mundial do Refugiado”
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