Primeiro semestre de 2024 foi marcado pela liberação de novos tratamentos para tumores de colo de útero e endométrio
No Brasil, cerca de 30 mil mulheres recebem, anualmente, o diagnóstico de algum tipo de tumor ginecológico, de acordo com INCA (Instituto Nacional de Câncer). Felizmente, o avanço da medicina, aliado ao desempenho de profissionais da área, tem possibilitado novos tratamentos para dois destes tumores.
Uma das novidades impacta o tratamento do câncer de colo de útero, o 3º mais incidente entre as mulheres. A doença recebeu um novo aliado capaz de reduzir sua progressão e também o risco de morte em 30%.
A combinação do Pembrolizumabe, uma imunoterapia, com quimiorradioterapia apresentou uma melhora significativa na sobrevida global em pessoas com diagnóstico de câncer de colo de útero localmente avançado.
O tratamento tem como base o estudo KEYNOTE-A18, que envolveu 176 centros médicos e 1.060 pacientes tratadas com a associação entre a imunoterapia e o tratamento convencional, realizado com quimioterapia e radioterapia. A aprovação foi feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no final de abril.
“Este é um dos maiores estudos já realizados com pacientes com câncer de colo do útero. A junção de imunoterapia ao tratamento já pré-existente para o tumor localmente avançado proporcionará um aumento da sobrevida para essas mulheres”, comenta Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão.
Câncer de endométrio
Responsável por mais de 7 mil novos casos da neoplasia no país – com risco estimado de 7 a cada 100 mil mulheres na região Sudeste -, o câncer de endométrio também ganhou uma nova opção terapêutica.
A combinação da imunoterapia Durvalumabe com quimioterapia provou ser capaz de reduzir em até 58% o risco de progressão ou morte da doença em estágio avançado de um subtipo com deficiência de enzimas de reparo do DNA, que corresponde a cerca de 20% a 30% dos casos.
Aprovada em março pela Anvisa, a nova combinação é baseada no estudo de fase III DUO-E, que avaliou o tratamento de primeira linha de 718 pacientes com a doença avançada ou recorrente com três diferentes regimes.
“Esta combinação é um marco, já que se passaram 20 anos sem inovação na luta contra a neoplasia de endométrio. Podemos dizer que este é o início de um novo cenário do câncer, que sempre foi sinônimo de um prognóstico desfavorável. Estamos caminhando para cada vez mais encontrarmos possibilidades de combinações de tratamentos, que visam maior qualidade de vida para os pacientes”, pontua Diocésio.
Imunoterapias fortalecem tratamentos contra cânceres ginecológicos
Primeiro semestre de 2024 foi marcado pela liberação de novos tratamentos para tumores de colo de útero e endométrio
No Brasil, cerca de 30 mil mulheres recebem, anualmente, o diagnóstico de algum tipo de tumor ginecológico, de acordo com INCA (Instituto Nacional de Câncer). Felizmente, o avanço da medicina, aliado ao desempenho de profissionais da área, tem possibilitado novos tratamentos para dois destes tumores.
Uma das novidades impacta o tratamento do câncer de colo de útero, o 3º mais incidente entre as mulheres. A doença recebeu um novo aliado capaz de reduzir sua progressão e também o risco de morte em 30%.
A combinação do Pembrolizumabe, uma imunoterapia, com quimiorradioterapia apresentou uma melhora significativa na sobrevida global em pessoas com diagnóstico de câncer de colo de útero localmente avançado.
O tratamento tem como base o estudo KEYNOTE-A18, que envolveu 176 centros médicos e 1.060 pacientes tratadas com a associação entre a imunoterapia e o tratamento convencional, realizado com quimioterapia e radioterapia. A aprovação foi feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no final de abril.
“Este é um dos maiores estudos já realizados com pacientes com câncer de colo do útero. A junção de imunoterapia ao tratamento já pré-existente para o tumor localmente avançado proporcionará um aumento da sobrevida para essas mulheres”, comenta Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão.
Câncer de endométrio
Responsável por mais de 7 mil novos casos da neoplasia no país – com risco estimado de 7 a cada 100 mil mulheres na região Sudeste -, o câncer de endométrio também ganhou uma nova opção terapêutica.
A combinação da imunoterapia Durvalumabe com quimioterapia provou ser capaz de reduzir em até 58% o risco de progressão ou morte da doença em estágio avançado de um subtipo com deficiência de enzimas de reparo do DNA, que corresponde a cerca de 20% a 30% dos casos.
Aprovada em março pela Anvisa, a nova combinação é baseada no estudo de fase III DUO-E, que avaliou o tratamento de primeira linha de 718 pacientes com a doença avançada ou recorrente com três diferentes regimes.
“Esta combinação é um marco, já que se passaram 20 anos sem inovação na luta contra a neoplasia de endométrio. Podemos dizer que este é o início de um novo cenário do câncer, que sempre foi sinônimo de um prognóstico desfavorável. Estamos caminhando para cada vez mais encontrarmos possibilidades de combinações de tratamentos, que visam maior qualidade de vida para os pacientes”, pontua Diocésio.
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