Um tesouro nacional, Maria Gomes é também conhecida como Fernão Pires. Pois é! Mas, afinal, quem é ela/ele? Será que não é melhor perguntar: o que é ela?
Um nome que bem poderia ser de personagem de novelas de Manoel Carlos. Ou vai me dizer que você não vê Maria Gomes correndo no Leblon? Ou, já que revelamos que ela é portuguesa, às margens do Rio Tejo, lendo um livro? Mas não tem nada disso! Maria Gomes nem é uma pessoa! Esse é, na verdade, o nome de uma das uvas brancas mais tradicionais de Portugal também conhecida como Fernão Pires em outras regiões. E embora carregue dois nomes, estamos falando da mesma variedade que hoje é símbolo de versatilidade nos vinhos lusitanos.
De onde vem a uva Maria Gomes?
Segundo o sommelier Marco Tegano, para conhecermos as características e os nuances da Maria Gomes, é preciso navegar direto para a Península Ibérica. Porque é na terra de nossos colonizadores, e somente ali, que tal uva é cultivada. “Portugal, inclusive, é reconhecido pela variedade de uvas autóctones que possui. Ou seja, uvas que só existem naquela região específica”, explica Tegano.
Seu cultivo é mais marcante em duas regiões: Bairrada e Tejo. Na Bairrada, inclusive, ela é a grande estrela entre as castas brancas, aproveitando o clima temperado e a influência atlântica. “Muito tradicional, ela é amplamente cultivada em todas as áreas produtoras de vinho do país. Mas ela mais tem presença mais acentuada nessas duas regiões, onde oficialmente ‘atende’ pelo nome Maria Gomes”, conta o sommelier.
E sim, estamos falando de uma uva antiga: a Fernão Pires é considerada uma das variedades mais tradicionais do país, presente há séculos na vitivinicultura portuguesa.
Registros apontam que ela já era cultivada em Portugal desde o século XVI, o que explica sua adaptação perfeita ao solo e ao clima locais. Na região da Bairrada, passou a ser chamada de Maria Gomes por influência popular, e o nome acabou se firmando no vocabulário dos produtores e consumidores locais. Hoje, é considerada a uva branca mais plantada do país.
Como reconhecer um vinho Maria Gomes
Os vinhos feitos com essa uva são daqueles que conquistam logo no primeiro gole. Alguns traços marcantes:
Aromas intensos e delicados ao mesmo tempo: flores brancas, laranjeira, lima e até toques de melão e pêssego.
Paladar fresco e leve: sempre agradáveis, fáceis de beber e com acidez vibrante.
Cor clara: um amarelo-palha com reflexos esverdeados que já entrega a juventude do vinho.
Além dos brancos tranquilos, a Maria Gomes também brilha nos espumantes portugueses, justamente por causa dessa acidez natural e da explosão aromática, que resultam em características muito interessantes, como aponta Tegano. “Inicialmente, pelo seu perfume aromático que é inebriante, e vai dos aromas cítricos, como laranjeiras e lima, a aromas florais. No paladar, é um vinho extremamente fresco e agradável”.
Enquanto o Alvarinho costuma entregar vinhos mais estruturados e minerais, e o Arinto se destaca pela acidez cortante, a Maria Gomes se diferencia pelo perfil aromático exuberante e pelo frescor. Por isso, é vista como uma casta versátil, que agrada tanto iniciantes quanto apreciadores mais experientes.
Peixes e frutos do mar: camarão grelhado, bacalhau fresco, ceviche.
Saladas tropicais: folhas verdes com manga ou abacaxi.
Queijos leves: queijo minas, ricota ou até uma burrata.
Sushi e sashimi: o frescor da uva casa muito bem com a delicadeza da cozinha japonesa.
E no caso dos espumantes de Maria Gomes, vale abrir a garrafa já no começo da festa: funcionam bem como aperitivo e seguem até as entradas leves.
Curiosidades e rótulos para ficar de olho
Em Portugal, alguns dos espumantes mais conhecidos levam 95% de Maria Gomes no corte, como os produzidos pela vinícola Luís Pato, referência da Bairrada.
Mesmo nos vinhos tranquilos, o estilo é quase sempre descomplicado e prazeroso, perfeito para quem gosta de vinhos frescos e aromáticos.
Para quem deseja experimentar no Brasil, alguns rótulos da região da Bairrada chegam com facilidade, como os da Luís Pato, Caves São João e Adega de Cantanhede. São vinhos que geralmente têm boa relação qualidade-preço e representam bem o frescor da Maria Gomes.
Por que vale provar
Se os tintos portugueses costumam roubar a cena, os brancos de Maria Gomes são uma descoberta deliciosa. Na próxima vez que encontrar um vinho com esse nome no rótulo, dê uma chance. Pode ser em uma taça no fim de tarde ou em um jantar leve.
O fato é a Maria Gomes é uma daquelas uvas que não pedem ocasião especial, já que conseguem transformar qualquer encontro em um momento especial.
Conheça Maria Gomes, um dos segredos do vinho português
Um tesouro nacional, Maria Gomes é também conhecida como Fernão Pires. Pois é! Mas, afinal, quem é ela/ele? Será que não é melhor perguntar: o que é ela?
Um nome que bem poderia ser de personagem de novelas de Manoel Carlos. Ou vai me dizer que você não vê Maria Gomes correndo no Leblon? Ou, já que revelamos que ela é portuguesa, às margens do Rio Tejo, lendo um livro? Mas não tem nada disso! Maria Gomes nem é uma pessoa! Esse é, na verdade, o nome de uma das uvas brancas mais tradicionais de Portugal também conhecida como Fernão Pires em outras regiões. E embora carregue dois nomes, estamos falando da mesma variedade que hoje é símbolo de versatilidade nos vinhos lusitanos.
De onde vem a uva Maria Gomes?
Segundo o sommelier Marco Tegano, para conhecermos as características e os nuances da Maria Gomes, é preciso navegar direto para a Península Ibérica. Porque é na terra de nossos colonizadores, e somente ali, que tal uva é cultivada. “Portugal, inclusive, é reconhecido pela variedade de uvas autóctones que possui. Ou seja, uvas que só existem naquela região específica”, explica Tegano.
Seu cultivo é mais marcante em duas regiões: Bairrada e Tejo. Na Bairrada, inclusive, ela é a grande estrela entre as castas brancas, aproveitando o clima temperado e a influência atlântica. “Muito tradicional, ela é amplamente cultivada em todas as áreas produtoras de vinho do país. Mas ela mais tem presença mais acentuada nessas duas regiões, onde oficialmente ‘atende’ pelo nome Maria Gomes”, conta o sommelier.
E sim, estamos falando de uma uva antiga: a Fernão Pires é considerada uma das variedades mais tradicionais do país, presente há séculos na vitivinicultura portuguesa.
Registros apontam que ela já era cultivada em Portugal desde o século XVI, o que explica sua adaptação perfeita ao solo e ao clima locais. Na região da Bairrada, passou a ser chamada de Maria Gomes por influência popular, e o nome acabou se firmando no vocabulário dos produtores e consumidores locais. Hoje, é considerada a uva branca mais plantada do país.
Como reconhecer um vinho Maria Gomes
Os vinhos feitos com essa uva são daqueles que conquistam logo no primeiro gole. Alguns traços marcantes:
Além dos brancos tranquilos, a Maria Gomes também brilha nos espumantes portugueses, justamente por causa dessa acidez natural e da explosão aromática, que resultam em características muito interessantes, como aponta Tegano. “Inicialmente, pelo seu perfume aromático que é inebriante, e vai dos aromas cítricos, como laranjeiras e lima, a aromas florais. No paladar, é um vinho extremamente fresco e agradável”.
Enquanto o Alvarinho costuma entregar vinhos mais estruturados e minerais, e o Arinto se destaca pela acidez cortante, a Maria Gomes se diferencia pelo perfil aromático exuberante e pelo frescor. Por isso, é vista como uma casta versátil, que agrada tanto iniciantes quanto apreciadores mais experientes.
Com o que combina?
A harmonização é a parte divertida, já que os vinhos de Maria Gomes são super fáceis de harmonizar. Algumas combinações certeiras:
E no caso dos espumantes de Maria Gomes, vale abrir a garrafa já no começo da festa: funcionam bem como aperitivo e seguem até as entradas leves.
Curiosidades e rótulos para ficar de olho
Para quem deseja experimentar no Brasil, alguns rótulos da região da Bairrada chegam com facilidade, como os da Luís Pato, Caves São João e Adega de Cantanhede. São vinhos que geralmente têm boa relação qualidade-preço e representam bem o frescor da Maria Gomes.
Por que vale provar
Se os tintos portugueses costumam roubar a cena, os brancos de Maria Gomes são uma descoberta deliciosa. Na próxima vez que encontrar um vinho com esse nome no rótulo, dê uma chance. Pode ser em uma taça no fim de tarde ou em um jantar leve.
O fato é a Maria Gomes é uma daquelas uvas que não pedem ocasião especial, já que conseguem transformar qualquer encontro em um momento especial.
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