Com demanda aquecida, entidades do setor projetam crescimento da construção no Brasil
O setor da construção civil sempre foi um pilar fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Para 2025, as perspectivas positivas para este mercado estão intrinsecamente ligadas às tendências de inovação tecnológica, sustentabilidade e às transformações socioeconômicas do país. Segundo o economista Jaime Vasconcellos, do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi), é esperado que o setor se mantenha em ascensão neste ano, mesmo com os juros mais elevados que acabam inspirando cautela.
“Com uma demanda aquecida, intrinsecamente ligada ao mercado de trabalho resiliente e que deve ser base inclusive do próprio desempenho positivo da economia brasileira ano que vem, espera-se que continuemos em uma trajetória de crescimento da construção no país, seja em desempenho de novos negócios, seja consequentemente em empregabilidade”, ressalta Vasconcellos.
Para Luiz Henrique Ferreira, CEO & Fundador da Inovatech Engenharia, o mercado da construção terá um ano de 2025 com boas oportunidades. “Isso devido ao desemprego em mínimas históricas, o que em tese aumenta o apetite por imóveis, mas por outro lado, é bastante desafiador pela elevada taxa de juros e inflação persistente”, diz. “No cenário específico do nosso setor, as oportunidades irão girar em torno do aumento de produtividade, industrialização e digitalização, uma vez que a escassez de mão de obra é irreversível”, completa.
Já o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Rodrigo Navarro, destaca que o ano de 2024 apresentou uma recuperação no faturamento da indústria de materiais de construção (aprox. 4,5% segundo projeções da FGV). “Para 2025 queremos manter esse crescimento de forma sustentável para os próximos anos. Muitos fatores devem contribuir para isso. A resiliência da indústria, com investimentos em inovação e digitalização; programas de Governo como o Minha Casa Minha Vida, obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Nova Indústria Brasil (em especial a Missão 3), marco do saneamento e retomada de obras paradas; a continuidade do crescimento do setor imobiliário; e a recuperação do varejo”, lista.
Mudança positiva no varejo
De acordo com a coordenadora do Instituto de Pesquisas da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Katia Ratnieks, o varejo de material de construção vive um novo patamar desde os anos de 2019 e 2020, quando o crescimento nominal do faturamento foi de 16,8% e 27,7%, respectivamente. Nos anos seguintes, a variação foi de 2,4% positiva e 2,8% negativa.
O Tracking Anamaco, realizado desde 2011, indica uma mudança positiva nos resultados do varejo. Em 2024, lojas com aumento nas vendas tendem a superar lojas com quedas nas vendas. “Alguns fatores, como a menor inflação, a queda na taxa de desocupação nos últimos quatro anos e a redução no percentual de famílias endividadas, favorecem um aumento no consumo”, explica.
Para ela, ainda é difícil falar sobre 2025, já que algumas medidas que impactam a economia estão sendo discutidas. “No entanto, tendo a olhar positivamente para um cenário onde deve haver incentivos para o brasileiro morar melhor. A casa passou a ter outro significado e o varejo busca alternativas para obter bons resultados, avaliando e optando por produtos e marcas que ofereçam qualidade, mas também preço competitivo e bons serviços”, conclui.
Evento nacional no segmento acontece em breve
A mais importante feira do setor de construção civil e arquitetura da América Latina, a FEICON – que abre o calendário do setor no país e oferece oportunidades para todo o mercado fechar os melhores negócios -, será realizada entre os dias 8 e 11 de abril de 2025, em São Paulo, trazendo novidades, dados relevantes e conhecimento para toda a cadeia. Vale a pena a visita!
Mercado da construção está entre os mais otimistas para 2025
Com demanda aquecida, entidades do setor projetam crescimento da construção no Brasil
O setor da construção civil sempre foi um pilar fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Para 2025, as perspectivas positivas para este mercado estão intrinsecamente ligadas às tendências de inovação tecnológica, sustentabilidade e às transformações socioeconômicas do país. Segundo o economista Jaime Vasconcellos, do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi), é esperado que o setor se mantenha em ascensão neste ano, mesmo com os juros mais elevados que acabam inspirando cautela.
“Com uma demanda aquecida, intrinsecamente ligada ao mercado de trabalho resiliente e que deve ser base inclusive do próprio desempenho positivo da economia brasileira ano que vem, espera-se que continuemos em uma trajetória de crescimento da construção no país, seja em desempenho de novos negócios, seja consequentemente em empregabilidade”, ressalta Vasconcellos.
Para Luiz Henrique Ferreira, CEO & Fundador da Inovatech Engenharia, o mercado da construção terá um ano de 2025 com boas oportunidades. “Isso devido ao desemprego em mínimas históricas, o que em tese aumenta o apetite por imóveis, mas por outro lado, é bastante desafiador pela elevada taxa de juros e inflação persistente”, diz. “No cenário específico do nosso setor, as oportunidades irão girar em torno do aumento de produtividade, industrialização e digitalização, uma vez que a escassez de mão de obra é irreversível”, completa.
Já o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Rodrigo Navarro, destaca que o ano de 2024 apresentou uma recuperação no faturamento da indústria de materiais de construção (aprox. 4,5% segundo projeções da FGV). “Para 2025 queremos manter esse crescimento de forma sustentável para os próximos anos. Muitos fatores devem contribuir para isso. A resiliência da indústria, com investimentos em inovação e digitalização; programas de Governo como o Minha Casa Minha Vida, obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Nova Indústria Brasil (em especial a Missão 3), marco do saneamento e retomada de obras paradas; a continuidade do crescimento do setor imobiliário; e a recuperação do varejo”, lista.
Mudança positiva no varejo
De acordo com a coordenadora do Instituto de Pesquisas da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Katia Ratnieks, o varejo de material de construção vive um novo patamar desde os anos de 2019 e 2020, quando o crescimento nominal do faturamento foi de 16,8% e 27,7%, respectivamente. Nos anos seguintes, a variação foi de 2,4% positiva e 2,8% negativa.
O Tracking Anamaco, realizado desde 2011, indica uma mudança positiva nos resultados do varejo. Em 2024, lojas com aumento nas vendas tendem a superar lojas com quedas nas vendas. “Alguns fatores, como a menor inflação, a queda na taxa de desocupação nos últimos quatro anos e a redução no percentual de famílias endividadas, favorecem um aumento no consumo”, explica.
Para ela, ainda é difícil falar sobre 2025, já que algumas medidas que impactam a economia estão sendo discutidas. “No entanto, tendo a olhar positivamente para um cenário onde deve haver incentivos para o brasileiro morar melhor. A casa passou a ter outro significado e o varejo busca alternativas para obter bons resultados, avaliando e optando por produtos e marcas que ofereçam qualidade, mas também preço competitivo e bons serviços”, conclui.
Evento nacional no segmento acontece em breve
A mais importante feira do setor de construção civil e arquitetura da América Latina, a FEICON – que abre o calendário do setor no país e oferece oportunidades para todo o mercado fechar os melhores negócios -, será realizada entre os dias 8 e 11 de abril de 2025, em São Paulo, trazendo novidades, dados relevantes e conhecimento para toda a cadeia. Vale a pena a visita!
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