Fomos entender com a profissional Vivian Cognetti como a suplementação vitamínica, tão disseminada nas redes sociais, realmente funciona
Se você segue celebridades ou pessoas ligadas ao famoso estilo de vida “fit”, já deve ter se deparado, mais de uma vez, com fotos de cápsulas e pílulas. Tem quem poste uma única dose, ou gente compartilhando a mão cheia de suplementos, para os mais diversos objetivos. Mas será que tem necessidade disso? Todo mundo precisa de suplementação?
Começando pela última pergunta, a nutricionista integrativa Vivian Cognetti responde de forma direta: não! “Se você tem uma boa base, uma rotina de alimentação saudável e variada, com frutas, vegetais, legumes e verduras frescas, baixo consumo de alimentos industrializados, dorme bem, se hidrata adequadamente e é ativo fisicamente, você já está cultivando muito bem a sua saúde. Hoje, um problema é que grande parte das pessoas não atende a isto e quer compensar os hábitos ruins com a suplementação”, avisa.
A especialista explica que, se forem constatadas deficiências de nutrientes e compostos no organismo (por meio de exames de sangue), algumas vezes realmente não basta apenas melhorar a qualidade da alimentação – e é quando a suplementação entra.
Alguns déficits, de fato, são comuns. Por exemplo: mulheres estão mais sujeitas à falta de ferro em virtude das perdas de sangue na menstruação; os vegetarianos e veganos tendem a sofrer com a falta de vitamina B12, cuja a fonte na alimentação são de origem animal. “Outra vitamina muito lembrada hoje é a vitamina D, visto que, com o estilo de vida atual, temos um menor período de exposição ao sol, levando a níveis reduzidos. Alimentação pobre em verduras e legumes frescos verdes-escuros levam à baixa de magnésio, um mineral importante para diversas funções. Então, existem diversas circunstancias de deficiências e suas eventuais consequências para a saúde”.
Contudo, isso não significa sair tomando suplementos sem limite ou só porque a influencers X falou que aquilo traz resultados maravilhosos. “Muitos produtos divulgados por figuras públicas não são necessariamente bons e elas sequer os usam; é puro marketing. Não os tenha como referência! A suplementação de colágeno, por exemplo, é bastante controversa, mesmo por parte dos profissionais. O mais comum de acontecer é a pessoa investir num produto que não é bom ou não tem o resultado desejado”, ressalta Vivian.
Suplementação e riscos
A máxima “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose” não existe à toa. De acordo com a nutricionista, a autoprescrição de vitaminas e suplementos pode impactar de forma negativa na saúde, principalmente se em doses elevadas ou por períodos muito prolongados.
“Quando a suplementação é feita por conta própria, sem a orientação de um profissional, pode ser que não traga benefícios. E isso é muito comum, pois o que a pessoa está tomando não necessariamente a beneficia de alguma forma, ou não é aquilo que ela precisa para resolver sua queixa”, aponta.
No caso de cápsulas de suplemento voltadas à beleza, as dosagens tendem a ser comumente mais baixas, logo é pouco provável algum efeito nocivo à saúde. Os nutrientes mais encontrados nestes produtos costumam ser:
Zinco: importante para a síntese proteica e de colágeno.
Silício: um nutriente que sinaliza a produção das “proteínas da beleza” – queratina (cabelo), colágeno e elastina (pele).
Vitamina C: antioxidante e auxilia na produção de colágeno.
Ácido hialuronico: tem um papel na hidratação e viço da pele, de dentro para a fora.
De novo, a tendência da suplementação feita por conta, nesses casos, é de a pessoa não ter uma percepção de resultado. “O ideal é que a suplementação seja feita de forma individualizada a partir da avaliação de exames de sangue e também levando em conta os sinais e os sintomas, e as queixas do paciente. E claro, seus objetivos. Desta forma, há um direcionamento do que e por quanto tempo deve ser complementado os nutrientes”, conclui Vivian.
Nutricionista avalia suplementação à alimentação: necessidade ou moda?
Fomos entender com a profissional Vivian Cognetti como a suplementação vitamínica, tão disseminada nas redes sociais, realmente funciona
Se você segue celebridades ou pessoas ligadas ao famoso estilo de vida “fit”, já deve ter se deparado, mais de uma vez, com fotos de cápsulas e pílulas. Tem quem poste uma única dose, ou gente compartilhando a mão cheia de suplementos, para os mais diversos objetivos. Mas será que tem necessidade disso? Todo mundo precisa de suplementação?
Começando pela última pergunta, a nutricionista integrativa Vivian Cognetti responde de forma direta: não! “Se você tem uma boa base, uma rotina de alimentação saudável e variada, com frutas, vegetais, legumes e verduras frescas, baixo consumo de alimentos industrializados, dorme bem, se hidrata adequadamente e é ativo fisicamente, você já está cultivando muito bem a sua saúde. Hoje, um problema é que grande parte das pessoas não atende a isto e quer compensar os hábitos ruins com a suplementação”, avisa.
A especialista explica que, se forem constatadas deficiências de nutrientes e compostos no organismo (por meio de exames de sangue), algumas vezes realmente não basta apenas melhorar a qualidade da alimentação – e é quando a suplementação entra.
Alguns déficits, de fato, são comuns. Por exemplo: mulheres estão mais sujeitas à falta de ferro em virtude das perdas de sangue na menstruação; os vegetarianos e veganos tendem a sofrer com a falta de vitamina B12, cuja a fonte na alimentação são de origem animal. “Outra vitamina muito lembrada hoje é a vitamina D, visto que, com o estilo de vida atual, temos um menor período de exposição ao sol, levando a níveis reduzidos. Alimentação pobre em verduras e legumes frescos verdes-escuros levam à baixa de magnésio, um mineral importante para diversas funções. Então, existem diversas circunstancias de deficiências e suas eventuais consequências para a saúde”.
Contudo, isso não significa sair tomando suplementos sem limite ou só porque a influencers X falou que aquilo traz resultados maravilhosos. “Muitos produtos divulgados por figuras públicas não são necessariamente bons e elas sequer os usam; é puro marketing. Não os tenha como referência! A suplementação de colágeno, por exemplo, é bastante controversa, mesmo por parte dos profissionais. O mais comum de acontecer é a pessoa investir num produto que não é bom ou não tem o resultado desejado”, ressalta Vivian.
Suplementação e riscos
A máxima “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose” não existe à toa. De acordo com a nutricionista, a autoprescrição de vitaminas e suplementos pode impactar de forma negativa na saúde, principalmente se em doses elevadas ou por períodos muito prolongados.
“Quando a suplementação é feita por conta própria, sem a orientação de um profissional, pode ser que não traga benefícios. E isso é muito comum, pois o que a pessoa está tomando não necessariamente a beneficia de alguma forma, ou não é aquilo que ela precisa para resolver sua queixa”, aponta.
No caso de cápsulas de suplemento voltadas à beleza, as dosagens tendem a ser comumente mais baixas, logo é pouco provável algum efeito nocivo à saúde. Os nutrientes mais encontrados nestes produtos costumam ser:
De novo, a tendência da suplementação feita por conta, nesses casos, é de a pessoa não ter uma percepção de resultado. “O ideal é que a suplementação seja feita de forma individualizada a partir da avaliação de exames de sangue e também levando em conta os sinais e os sintomas, e as queixas do paciente. E claro, seus objetivos. Desta forma, há um direcionamento do que e por quanto tempo deve ser complementado os nutrientes”, conclui Vivian.
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