Especialistas apontam benefícios de acreditar em Papai Noel para o desenvolvimento da criança e falam sobre a origem do bom velhinho
Em tempos de muita tecnologia e um mundo cada vez mais conectado, a magia do Natal e a figura do Papai Noel continuam sendo um ponto de encontro entre crianças e adultos. A história que tem imaginação e fantasia também marca uma fase do crescimento e desenvolvimento dos pequenos. Nesta fase, surge uma dúvida comum entre pais e responsáveis: até quando é saudável acreditar no Papai Noel?
Para a psicóloga Bianca Ferreira Larangeira, do Marista Escola Social Ecológica, a figura do Papai Noel auxilia no desenvolvimento cognitivo e social das crianças. “Esse clima natalino está no nosso contexto social e cultural. Se os familiares e responsáveis utilizarem de uma maneira positiva, todo esse encantamento contribui para a criatividade, imaginação e para inserir o lúdico de maneira saudável na vida da criança”, revela.
Ao mesmo tempo, os pais devem compreender que existe diferença entre os termos imaginação e fantasia. “Essa fantasia, além de ser uma tradição cultural, desempenha um papel essencial no desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças. Ela ajuda a fomentar a imaginação, a criatividade, elementos fundamentais para a formação de uma mentalidade aberta e resiliente.”, reforça.
O período também pode ser importante para lidar com algumas competências, como a paciência. Ensinar sobre frustrações e expectativas durante o mês de preparação é uma oportunidade para os familiares abordarem o tempo de espera e que até lá outras atividades serão feitas.
Até quando acreditar em Papai Noel é saudável
Um estudo da Universidade de Exeter, realizado, em 2018 apontou que as crianças deixam de acreditar no Papai Noel por volta dos 8 anos.
Para a psicóloga, é importante que esse seja um processo natural nas famílias – não mentir é a melhor saída. O diálogo com as crianças possibilitará que os pais e familiares entendam quando é o melhor momento para falar sobre o tema.
“Se ela já sinaliza que está em dúvida, os pais podem responder com outra pergunta, como: ‘mas o que você pensa sobre isso?’ e ir construindo essa resposta junto. No caso de a criança já saber sobre o tema, vale a família reforçar que o Papai Noel existe ainda para aqueles que acreditam”, destaca.
Segundo a psicóloga, é também preciso estar atento se a crença no Bom Velhinho está causando algum isolamento ou bullying. Conforme os anos forem passando, é interessante iniciar uma conversa sobre o assunto com a criança ou com o pré-adolescente.
Quem é o Papai Noel?
De origem histórica, a figura do bom velhinho se encaixa em diferentes contextos históricos, sociais e religiosos. Também conhecido como São Nicolau, Father Christmas e Santa Klaus em outras partes do mundo, a historiadora Scarlett Dantas, professora de História do Centro Universitário de Brasília (CEUB), nos contou um pouco sobre as origens e as diversas simbologias que envolvem o personagem.
A mistura de tradições que permitiu às crianças acredito no Papai Noel inclui:
1. São Nicolau
Um cristão grego, que viveu no Império Romano entre 270 e 343 e se tornou bispo de Mira. Em virtude dos relatos de milagres associados a ele, São Nicolau foi canonizado e é reverenciado como santo na Igreja Católica e Ortodoxa.
A tradição britânica considerava um velhinho bem-humorado e gorducho, que usava roupas com peles vermelhas ou verdes, e que gostava de bebida, comida e música.
Em virtude dos conflitos religiosos do século XVII, os puritanos teriam tentado eliminar as tradições e heranças culturais consideradas católicas. “O Natal foi proibido pelo parlamento britânico em 1644, sendo restaurado 16 anos depois. Como o Father Christmas não tinha vinculação direta com um santo, sua figura se popularizou entre puritanos e católicos”, explica.
No Brasil, o nome ‘Papai Noel’ está vinculado ao ‘Papai Natal’, como é chamado em Portugal.
3. Santa Klaus
No Ocidente, a figura do Papai Noel foi disseminada nos Estados Unidos. Devido à presença de imigrantes, essas heranças folclóricas e de diferentes tradições se misturaram e transformaram na primeira metade do século XIX, a figura de Santa Klaus.
O poema “A visit from Saint Nicholas”, mais conhecido como “The Night Before Christmas”, de Clement Clarke Moore, se popularizou em 1823. “Ele foi o responsável por conceber a figura do Papai Noel, inclusive a ideia de que ele se transporta em um trenó puxado por renas voadoras”, acrescenta a docente do CEUB.
Por que é importante para as crianças acreditar no Papai Noel?
Especialistas apontam benefícios de acreditar em Papai Noel para o desenvolvimento da criança e falam sobre a origem do bom velhinho
Em tempos de muita tecnologia e um mundo cada vez mais conectado, a magia do Natal e a figura do Papai Noel continuam sendo um ponto de encontro entre crianças e adultos. A história que tem imaginação e fantasia também marca uma fase do crescimento e desenvolvimento dos pequenos. Nesta fase, surge uma dúvida comum entre pais e responsáveis: até quando é saudável acreditar no Papai Noel?
Para a psicóloga Bianca Ferreira Larangeira, do Marista Escola Social Ecológica, a figura do Papai Noel auxilia no desenvolvimento cognitivo e social das crianças. “Esse clima natalino está no nosso contexto social e cultural. Se os familiares e responsáveis utilizarem de uma maneira positiva, todo esse encantamento contribui para a criatividade, imaginação e para inserir o lúdico de maneira saudável na vida da criança”, revela.
Ao mesmo tempo, os pais devem compreender que existe diferença entre os termos imaginação e fantasia. “Essa fantasia, além de ser uma tradição cultural, desempenha um papel essencial no desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças. Ela ajuda a fomentar a imaginação, a criatividade, elementos fundamentais para a formação de uma mentalidade aberta e resiliente.”, reforça.
O período também pode ser importante para lidar com algumas competências, como a paciência. Ensinar sobre frustrações e expectativas durante o mês de preparação é uma oportunidade para os familiares abordarem o tempo de espera e que até lá outras atividades serão feitas.
Até quando acreditar em Papai Noel é saudável
Um estudo da Universidade de Exeter, realizado, em 2018 apontou que as crianças deixam de acreditar no Papai Noel por volta dos 8 anos.
Para a psicóloga, é importante que esse seja um processo natural nas famílias – não mentir é a melhor saída. O diálogo com as crianças possibilitará que os pais e familiares entendam quando é o melhor momento para falar sobre o tema.
“Se ela já sinaliza que está em dúvida, os pais podem responder com outra pergunta, como: ‘mas o que você pensa sobre isso?’ e ir construindo essa resposta junto. No caso de a criança já saber sobre o tema, vale a família reforçar que o Papai Noel existe ainda para aqueles que acreditam”, destaca.
Segundo a psicóloga, é também preciso estar atento se a crença no Bom Velhinho está causando algum isolamento ou bullying. Conforme os anos forem passando, é interessante iniciar uma conversa sobre o assunto com a criança ou com o pré-adolescente.
Quem é o Papai Noel?
De origem histórica, a figura do bom velhinho se encaixa em diferentes contextos históricos, sociais e religiosos. Também conhecido como São Nicolau, Father Christmas e Santa Klaus em outras partes do mundo, a historiadora Scarlett Dantas, professora de História do Centro Universitário de Brasília (CEUB), nos contou um pouco sobre as origens e as diversas simbologias que envolvem o personagem.
A mistura de tradições que permitiu às crianças acredito no Papai Noel inclui:
1. São Nicolau
Um cristão grego, que viveu no Império Romano entre 270 e 343 e se tornou bispo de Mira. Em virtude dos relatos de milagres associados a ele, São Nicolau foi canonizado e é reverenciado como santo na Igreja Católica e Ortodoxa.
“Muitos de seus milagres estão vinculados à prática da caridade, às doações e à ressuscitação de crianças. Em decorrência disso, 6 de dezembro foi consagrado à troca de presenteshttps://portalzumm.com.br/natal-solidario-da-todos-internacional-arrecada-mais-de-200-mil-brinquedos/ e às crianças. ‘São Nicolau’, ‘Saint Nicolas’ e ‘Sinterklaas’ significam o mesmo nome em diferentes origens”, destaca.
2. Papai Noel/Father Christmas
A tradição britânica considerava um velhinho bem-humorado e gorducho, que usava roupas com peles vermelhas ou verdes, e que gostava de bebida, comida e música.
Em virtude dos conflitos religiosos do século XVII, os puritanos teriam tentado eliminar as tradições e heranças culturais consideradas católicas. “O Natal foi proibido pelo parlamento britânico em 1644, sendo restaurado 16 anos depois. Como o Father Christmas não tinha vinculação direta com um santo, sua figura se popularizou entre puritanos e católicos”, explica.
No Brasil, o nome ‘Papai Noel’ está vinculado ao ‘Papai Natal’, como é chamado em Portugal.
3. Santa Klaus
No Ocidente, a figura do Papai Noel foi disseminada nos Estados Unidos. Devido à presença de imigrantes, essas heranças folclóricas e de diferentes tradições se misturaram e transformaram na primeira metade do século XIX, a figura de Santa Klaus.
O poema “A visit from Saint Nicholas”, mais conhecido como “The Night Before Christmas”, de Clement Clarke Moore, se popularizou em 1823. “Ele foi o responsável por conceber a figura do Papai Noel, inclusive a ideia de que ele se transporta em um trenó puxado por renas voadoras”, acrescenta a docente do CEUB.
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