Matéria-prima ganhou relevância no cenário agrícola brasileiro devido aos recordes alcançados na produção e exportação de açúcar
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na safra 2024/25 pode bater novo recorde, superando o ciclo atual (2023/24), com projeções do setor acima de 43 milhões de toneladas. O produtor rural Rafael Agostinho, também engenheiro Agrônomo de Dumont, parte da região metropolitana de Ribeirão Preto, afirma que a previsão é de um aumento da produção devido aos preços praticados no mercado global. “A demanda tem sido enorme, o nosso açúcar tem muito prestigio lá fora”.
A cana-de-açúcar é uma matéria-prima bastante flexível e, além do açúcar, deriva o etanol. “A questão é que o preço do etanol não esta atrativo no último ano. Isso fez com que as usinas voltassem cerca de 70% da atenções para o açúcar”, analisa Agostinho. O produtor ainda ressalta que tudo depende das condições climáticas para o início da próxima moagem, cujo início é em abril.
Em 2023, os preços do açúcar no estado de São Paulo remuneraram 100% mais que os do etanol, segundo o Cepea. Os players de combustíveis no Brasil esperam por sinais do governo que garantam o crescimento da demanda para continuidade da atividade, como aumento da mistura de etanol anidro dos atuais 27% para 30% na gasolina.
Crédito: Arquivo Pessoal | Rafael Agostinho
Ainda segundo o Cepea, na ICE Futures US, os preços do demerara podem não continuar nos patamares elevados observados no ano anterior, principalmente quando a nova safra começar no Brasil, em abril/24. Até lá, os preços internacionais ainda poderão subir, em especial por conta do cenário da Índia – o país está preocupado com a oferta interna de açúcar e está focado nas eleições em maio/24, portanto, pode não priorizar as exportações, visando reduzir os preços internos.
Além disso, os preços do adoçante nas bolsas devem seguir acompanhando as dificuldades climáticas na Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar, que tem enfrentado dificuldades na produção de cana-de-açúcar. Na Tailândia, segundo maior exportador de açúcar, a produção também está em queda, afetando a participação do país no mercado global. O Brasil seguirá tendo papel-chave no balanço de oferta e demanda global.
Produção de açúcar pode superar recorde em 2024
Matéria-prima ganhou relevância no cenário agrícola brasileiro devido aos recordes alcançados na produção e exportação de açúcar
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na safra 2024/25 pode bater novo recorde, superando o ciclo atual (2023/24), com projeções do setor acima de 43 milhões de toneladas. O produtor rural Rafael Agostinho, também engenheiro Agrônomo de Dumont, parte da região metropolitana de Ribeirão Preto, afirma que a previsão é de um aumento da produção devido aos preços praticados no mercado global. “A demanda tem sido enorme, o nosso açúcar tem muito prestigio lá fora”.
A cana-de-açúcar é uma matéria-prima bastante flexível e, além do açúcar, deriva o etanol. “A questão é que o preço do etanol não esta atrativo no último ano. Isso fez com que as usinas voltassem cerca de 70% da atenções para o açúcar”, analisa Agostinho. O produtor ainda ressalta que tudo depende das condições climáticas para o início da próxima moagem, cujo início é em abril.
Em 2023, os preços do açúcar no estado de São Paulo remuneraram 100% mais que os do etanol, segundo o Cepea. Os players de combustíveis no Brasil esperam por sinais do governo que garantam o crescimento da demanda para continuidade da atividade, como aumento da mistura de etanol anidro dos atuais 27% para 30% na gasolina.
Ainda segundo o Cepea, na ICE Futures US, os preços do demerara podem não continuar nos patamares elevados observados no ano anterior, principalmente quando a nova safra começar no Brasil, em abril/24. Até lá, os preços internacionais ainda poderão subir, em especial por conta do cenário da Índia – o país está preocupado com a oferta interna de açúcar e está focado nas eleições em maio/24, portanto, pode não priorizar as exportações, visando reduzir os preços internos.
Além disso, os preços do adoçante nas bolsas devem seguir acompanhando as dificuldades climáticas na Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar, que tem enfrentado dificuldades na produção de cana-de-açúcar. Na Tailândia, segundo maior exportador de açúcar, a produção também está em queda, afetando a participação do país no mercado global. O Brasil seguirá tendo papel-chave no balanço de oferta e demanda global.
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