Projeto já beneficiou 25 hectares de fazendas da região com o plantio de cerca de 42 mil árvores de cerrado e mata atlântica a partir de recursos de crédito de carbono
Milhares de árvores recém-plantadas com recursos de crédito de carbono em propriedades rurais da região são provas vivas do pioneirismo de Ribeirão Preto, principalmente quando o assunto é agronegócio.
Enquanto Petrobrás e BNDES acabam de assinar uma parceria para movimentar o mercado nacionalmente, criando um projeto para reflorestar a Amazônia, a região ribeirão-pretana estreava no ano passado um programa de venda antecipada de crédito de carbono, que hoje já rende frutos – ou, melhor dizendo, cerca de 42 mil árvores de cerrado e mata atlântica plantadas em 25 hectares de propriedades rurais da Alta Mogiana.
O programa
O resultado vem do programa “Ana Primavesi”, do Instituto Ubá de Sustentabilidade, cuja meta é alcançar 2 mil hectares reflorestados somente na região de Ribeirão Preto – algo em torno de 3 milhões e 350 mil árvores nativas. Ele já está disponível para todos os proprietários rurais do estado de São Paulo.
O programa é viável até mesmo para os pequenos agricultores por causa da venda antecipada de crédito de carbono para grandes empresas. Trata-se de uma cadeia produtiva com três pontas:
o cliente (uma empresa que compra antecipadamente os créditos de carbono, financiando o projeto);
o Instituto Ubá (que desenvolve o projeto e presta assessoria ao agricultor até que as árvores estejam adultas);
o agricultor (que é beneficiado ao ter sua propriedade restaurada com o plantio das árvores nativas, adequando suas terras ao Código Florestal).
A engenheira florestal Marina Gavaldão, diretora executiva do Instituto Ubá, explica que no caso dos projetos da região de Ribeirão Preto, quase todos os recursos vêm da compra antecipada de carbono pelo cliente, que, assim, compensa suas emissões de gases de efeito estufa.
Fazenda Morro Azul passa por reflorestamento em novembro de 2024 | Crédito: Divulgação
“Isso inclui as auditorias, insumos e acompanhamento técnico. Os proprietários rurais, em contrapartida, fazem as operações de manejo e transferem o direito sob os créditos de carbono ao cliente. Sob nossa supervisão, eles se engajam para manter as florestas durante 40 anos, prazo exigido pela legislação”, afirma.
Benefícios do crédito de carbono
De cinco em cinco anos, até o final de um contrato de 40 anos, a Ubá visitará a fazenda Morro Azul para monitorar o crescimento das plantas, medindo o carbono existente nelas na presença de um técnico certificado.
Thaís Costacurta, proprietária da fazenda, comemora a proposta: “É uma ideia perfeita. Era muito caro para gente reflorestar sozinhas essa parte degradada, seria impossível”.
Proprietários rurais usam crédito de carbono para reflorestar a região
Projeto já beneficiou 25 hectares de fazendas da região com o plantio de cerca de 42 mil árvores de cerrado e mata atlântica a partir de recursos de crédito de carbono
Milhares de árvores recém-plantadas com recursos de crédito de carbono em propriedades rurais da região são provas vivas do pioneirismo de Ribeirão Preto, principalmente quando o assunto é agronegócio.
Enquanto Petrobrás e BNDES acabam de assinar uma parceria para movimentar o mercado nacionalmente, criando um projeto para reflorestar a Amazônia, a região ribeirão-pretana estreava no ano passado um programa de venda antecipada de crédito de carbono, que hoje já rende frutos – ou, melhor dizendo, cerca de 42 mil árvores de cerrado e mata atlântica plantadas em 25 hectares de propriedades rurais da Alta Mogiana.
O programa
O resultado vem do programa “Ana Primavesi”, do Instituto Ubá de Sustentabilidade, cuja meta é alcançar 2 mil hectares reflorestados somente na região de Ribeirão Preto – algo em torno de 3 milhões e 350 mil árvores nativas. Ele já está disponível para todos os proprietários rurais do estado de São Paulo.
O programa é viável até mesmo para os pequenos agricultores por causa da venda antecipada de crédito de carbono para grandes empresas. Trata-se de uma cadeia produtiva com três pontas:
A engenheira florestal Marina Gavaldão, diretora executiva do Instituto Ubá, explica que no caso dos projetos da região de Ribeirão Preto, quase todos os recursos vêm da compra antecipada de carbono pelo cliente, que, assim, compensa suas emissões de gases de efeito estufa.
“Isso inclui as auditorias, insumos e acompanhamento técnico. Os proprietários rurais, em contrapartida, fazem as operações de manejo e transferem o direito sob os créditos de carbono ao cliente. Sob nossa supervisão, eles se engajam para manter as florestas durante 40 anos, prazo exigido pela legislação”, afirma.
Benefícios do crédito de carbono
De cinco em cinco anos, até o final de um contrato de 40 anos, a Ubá visitará a fazenda Morro Azul para monitorar o crescimento das plantas, medindo o carbono existente nelas na presença de um técnico certificado.
Thaís Costacurta, proprietária da fazenda, comemora a proposta: “É uma ideia perfeita. Era muito caro para gente reflorestar sozinhas essa parte degradada, seria impossível”.
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