No setor de energia, as empresas escolhem seu fornecedor e as características dessa relação de acordo com suas necessidades
A crise econômica causada pela pandemia tornou mais clara que nunca a importância para empresas e setores de reduzirem custos e terem flexibilidade de resposta a mudanças do ambiente de negócios. Além disso, a crise sanitária acelerou a adoção da transformação digital e a regulamentação de tecnologias já existentes, como telemedicina e trabalho em home office.
Dentro desse contexto, surpreende-me que mais empresas não aproveitem as oportunidades oferecidas pelo mercado livre de energia elétrica. Nele, empresas escolhem seu fornecedor e as características dessa relação de acordo com suas necessidades.
As vantagens são muitas. A economia que as empresas têm em relação ao mercado regulado de energia variam em função de vários fatores. Mas, segundo estimativas, ela fica, em média, próxima a 30%.
No total, empresas já economizaram mais de R$216 bilhões desde a criação do Mercado Livre de Energia, de acordo com a ABRACEEL (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia).
Energia personalizada
Além disso, o contrato de fornecimento de energia pode ser customizado para atender às necessidades específicas de cada empresa.
Com os consumidores cada vez mais preocupados com o impacto ambiental dos produtos que consomem, no mercado livre de energia elétrica, as empresas podem optar por consumir energia renovável, que pode ser certificada – com a origem/fonte da energia consumida (eólica, solar ou hidrelétrica) comprovadas.
Por exemplo, a Enel Trading, comercializadora de energia que atua nesse segmento, faz a gestão e a comercialização de todo portfólio de usinas de geração renovável do grupo Enel. Seus preços de médio e longo prazo são inferiores às tarifas do mercado regulado.
A contratação do modelo livre traz previsibilidade no planejamento de custos energéticos das empresas, já que não sofrem com os reajustes tarifários pela ANEEL. Os preços e as demais condições no Mercado Livre são negociados bilateralmente entre consumidores e comercializadores de energia.
Na prática, há diferentes formas das empresas se beneficiarem dessas oportunidades. Elas podem ser um modelo varejista de compra, em que o consumidor não precisa ser um agente da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
Mas passa ainda por um fornecimento de energia com representação junto à CCEE (com apoio do órgão) até um modelo mais sofisticado, de autoprodução, no qual as empresas tornam-se acionistas de uma usina de energia renovável, obtendo benefícios e redução de encargos setoriais.
Para quem?
Se você acha que tudo isto está distante da realidade do seu negócio, é hora de repensar. Você não quer se ver, em breve, em uma situação similar à de tantos comerciantes que não tinham e-commerce ou à de restaurantes que não tinham serviços de delivery quando a pandemia chegou, quer?
A regra atual permite que clientes com demanda contratada acima de 500KW possam migrar ao ambiente livre. Esse limite mínimo pode ser atingido por comunhão de carga de fato (somatório das demandas contratadas de unidades consumidoras em áreas contíguas) ou por comunhão de carga de direito (somatório das demandas contratadas da matriz e filiais).
Hoje, já estão no Mercado Livre de Energia setores como indústrias de diversos segmentos, redes de hospitais, de farmácias e de lojas, shoppings e setores de telecomunicações e saneamento.
Ademais, há um projeto de lei em tramitação no Congresso que inclui, como parte da modernização do setor, a possibilidade da abertura total do mercado livre de energia, permitindo que consumidores com demanda contratada cada vez menor possam ingressar nesse ambiente.
A depender de estudos de entidades do setor, até consumidores residenciais, já poderão ser incluídos a partir de 2025. Como em qualquer situação, quem larga na frente leva vantagem.
Mercado livre de energia: uma oportunidade pouco aproveitada
No setor de energia, as empresas escolhem seu fornecedor e as características dessa relação de acordo com suas necessidades
A crise econômica causada pela pandemia tornou mais clara que nunca a importância para empresas e setores de reduzirem custos e terem flexibilidade de resposta a mudanças do ambiente de negócios. Além disso, a crise sanitária acelerou a adoção da transformação digital e a regulamentação de tecnologias já existentes, como telemedicina e trabalho em home office.
Dentro desse contexto, surpreende-me que mais empresas não aproveitem as oportunidades oferecidas pelo mercado livre de energia elétrica. Nele, empresas escolhem seu fornecedor e as características dessa relação de acordo com suas necessidades.
As vantagens são muitas. A economia que as empresas têm em relação ao mercado regulado de energia variam em função de vários fatores. Mas, segundo estimativas, ela fica, em média, próxima a 30%.
No total, empresas já economizaram mais de R$216 bilhões desde a criação do Mercado Livre de Energia, de acordo com a ABRACEEL (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia).
Energia personalizada
Além disso, o contrato de fornecimento de energia pode ser customizado para atender às necessidades específicas de cada empresa.
Com os consumidores cada vez mais preocupados com o impacto ambiental dos produtos que consomem, no mercado livre de energia elétrica, as empresas podem optar por consumir energia renovável, que pode ser certificada – com a origem/fonte da energia consumida (eólica, solar ou hidrelétrica) comprovadas.
Por exemplo, a Enel Trading, comercializadora de energia que atua nesse segmento, faz a gestão e a comercialização de todo portfólio de usinas de geração renovável do grupo Enel. Seus preços de médio e longo prazo são inferiores às tarifas do mercado regulado.
A contratação do modelo livre traz previsibilidade no planejamento de custos energéticos das empresas, já que não sofrem com os reajustes tarifários pela ANEEL. Os preços e as demais condições no Mercado Livre são negociados bilateralmente entre consumidores e comercializadores de energia.
Na prática, há diferentes formas das empresas se beneficiarem dessas oportunidades. Elas podem ser um modelo varejista de compra, em que o consumidor não precisa ser um agente da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
Mas passa ainda por um fornecimento de energia com representação junto à CCEE (com apoio do órgão) até um modelo mais sofisticado, de autoprodução, no qual as empresas tornam-se acionistas de uma usina de energia renovável, obtendo benefícios e redução de encargos setoriais.
Para quem?
Se você acha que tudo isto está distante da realidade do seu negócio, é hora de repensar. Você não quer se ver, em breve, em uma situação similar à de tantos comerciantes que não tinham e-commerce ou à de restaurantes que não tinham serviços de delivery quando a pandemia chegou, quer?
A regra atual permite que clientes com demanda contratada acima de 500KW possam migrar ao ambiente livre. Esse limite mínimo pode ser atingido por comunhão de carga de fato (somatório das demandas contratadas de unidades consumidoras em áreas contíguas) ou por comunhão de carga de direito (somatório das demandas contratadas da matriz e filiais).
Hoje, já estão no Mercado Livre de Energia setores como indústrias de diversos segmentos, redes de hospitais, de farmácias e de lojas, shoppings e setores de telecomunicações e saneamento.
Ademais, há um projeto de lei em tramitação no Congresso que inclui, como parte da modernização do setor, a possibilidade da abertura total do mercado livre de energia, permitindo que consumidores com demanda contratada cada vez menor possam ingressar nesse ambiente.
A depender de estudos de entidades do setor, até consumidores residenciais, já poderão ser incluídos a partir de 2025. Como em qualquer situação, quem larga na frente leva vantagem.
Ricardo Amorim
Economista, apresentador e palestrante
Linkedin: ricardoamorimricam
Instagram: @ricamorim
www.ricamconsultoria.com.br
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