Letícia Wolf explica como os profissionais da nutrição usam da genética para tornarem tratamentos e protocolos para um corpo mais saudável mais personalizados
A busca por um corpo saudável pode se mostrar uma jornada dolorosa e demorada, especialmente quando o conceito de “saudável” se perdeu no meio do caminho e virou sinônimo de determinados dígitos na balança.
Para ter uma noção, a pesquisa foi realizada com 2.086 pessoas de todo o país, mas a amostragem aponta para uma média de 48 mil brasileiros que já fizeram uso de alguma substância – mesmo que somente chá – na busca de reduzir alguns quilos. Isso seria equivalente a mais ou menos 618 Maracanãs lotados.
Acontece que a busca por um corpo saudável é diferente para cada pessoa. Dá mesma maneira que uns têm uma tendência maior ao ganho de peso, outros possuem um metabolismo mais acelerado, e por conta disso precisam consumir mais calorias. Dessa forma, a nutrigenética surge como uma forma de tornar o atendimento mais direcionado e específico.
A nutrigeneticista Letícia Wolf explica que por muito tempo, na saúde como um todo, se trabalhava no escuro, na base da tentativa e erro. Segundo ela, a utilização de exames de precisão, especialmente do exame genético, mudou completamente o cenário.
“A nutrigenética nos permite ter um mapa do indivíduo, entender suas maiores necessidades nutricionais, como funciona seu metabolismo e quais caminhos precisamos seguir. É a possibilidade real de trabalhar a verdadeira nutrição personalizada e de precisão, com muito mais assertividade nas condutas”, explica a profissional.
Mas o que é um corpo saudável?
Para não perder de vista que saúde não significa redução de medida (ou pelo menos nem sempre), Letícia conta que um corpo saudável é aquele que funciona bem. “É ter energia ao longo do dia, boa qualidade de sono, boa digestão, força muscular, boa resposta imunológica, marcadores bioquímicos adequados, equilíbrio hormonal e um estilo de vida que sustenta tudo isso”. Como ela mesma diz, vai muito além de um número na balança ou do IMC.
Na hora da consulta, o que muda?
A partir do exame genético feito com a saliva, o profissional especializado vai ler e interpretar os resultados procurando compreender como o nosso corpo, de maneira individual, vai metabolizar e se comportar diante de determinados nutrientes.
“Na área da saúde, ainda se trabalha muito com protocolos e estudos populacionais que não consideram a individualidade. A genômica vem justamente para mudar isso, permitindo que o cuidado seja pensado caso a caso, respeitando o que cada organismo realmente precisa”, destaca Larissa.
Apesar de ser um campo relativamente novo da nutrição, ele tem avançado a passos largos graças a necessidade de se trabalhar com essa personalização. “Esse é o nosso papel como profissionais da saúde: estudar, se atualizar e trazer a precisão para a prática clínica”.
A nutrigenética enquanto meio de qualidade de vida
Um de seus pacientes, Gabriel Calil, conta que ao se consultar com a Letícia, sentiu um atendimento mais humanizado e um entendimento melhor das suas necessidades e da disponibilidade para fazer as mudanças necessárias. “Sempre precisei de acompanhamento nutricional devido às minhas heranças genéticas, mas nunca consegui seguir por muito tempo”, conta Calil.
Através da análise dos exames, a nutrigeneticista pode indicar um protocolo específico para o paciente que contava com recomendações que iam do sono à alimentação. “Regular a qualidade do sono com a suplementação indicada, me deu muito mais disposição para o dia a dia. A partir daí, minha alimentação e suplementação foi se estabilizando em um patamar saudável e minha qualidade de vida aumentou significativamente”, complementa o paciente.
Segundo a profissional esse tipo de abordagem minimiza erros, otimiza tempo e permite uma personalização real de dieta, suplementação e estilo de vida. “Antes, eu precisava testar e observar se o paciente respondia. Hoje, eu sei de antemão qual caminho seguir”.
Genética para engordar, isso existe mesmo?
Letícia explica que sim, algumas genéticas favorecem o ganho de peso. Apesar disso, um dos outros ramos da nutrição associados à genética, a epigenética, explica muito bem que o determinante são os fatores ambientais: alimentação, atividade física, sono, estresse, estilo de vida.
A genética pode favorecer, mas não determina. Mesmo quem tem predisposição pode ter resultados excelentes com um estilo de vida realmente personalizado.
– Letícia Wolf
Assim, a nutrigenética é para todos, mesmo que seja indicada mas preferencialmente para os pacientes que precisam de um grau maior de individualização como pessoas com sintomas persistentes, dificuldades metabólicas, sensibilidades alimentares, doenças crônicas, atletas, mulheres que desejam engravidar ou gestantes.
A profissional conta que seu sonho e propósito de trabalho é tornar o teste genético mais acessível. “Acredito profundamente na genômica nutricional e por isso atuo em várias frentes: consultório, palestras, produção científica e formação de profissionais. Criei inclusive um grupo de consultoria, justamente para capacitar profissionais da saúde a interpretar e aplicar exames genéticos na prática”.
Para além disso, ela também luta para que a genômica se torne uma disciplina-base nas universidades, já que como ela mesma diz: “tudo começa pela educação”.
Nutrigenética pode ser um caminho mais seguro e certeiro para o corpo saudável
Letícia Wolf explica como os profissionais da nutrição usam da genética para tornarem tratamentos e protocolos para um corpo mais saudável mais personalizados
A busca por um corpo saudável pode se mostrar uma jornada dolorosa e demorada, especialmente quando o conceito de “saudável” se perdeu no meio do caminho e virou sinônimo de determinados dígitos na balança.
Em 2022, por exemplo, uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) em parceria com o Instituto Datafolha revelou que 24% dos brasileiros já usaram alguma substância para emagrecer.
Para ter uma noção, a pesquisa foi realizada com 2.086 pessoas de todo o país, mas a amostragem aponta para uma média de 48 mil brasileiros que já fizeram uso de alguma substância – mesmo que somente chá – na busca de reduzir alguns quilos. Isso seria equivalente a mais ou menos 618 Maracanãs lotados.
Acontece que a busca por um corpo saudável é diferente para cada pessoa. Dá mesma maneira que uns têm uma tendência maior ao ganho de peso, outros possuem um metabolismo mais acelerado, e por conta disso precisam consumir mais calorias. Dessa forma, a nutrigenética surge como uma forma de tornar o atendimento mais direcionado e específico.
A nutrigeneticista Letícia Wolf explica que por muito tempo, na saúde como um todo, se trabalhava no escuro, na base da tentativa e erro. Segundo ela, a utilização de exames de precisão, especialmente do exame genético, mudou completamente o cenário.
Mas o que é um corpo saudável?
Para não perder de vista que saúde não significa redução de medida (ou pelo menos nem sempre), Letícia conta que um corpo saudável é aquele que funciona bem. “É ter energia ao longo do dia, boa qualidade de sono, boa digestão, força muscular, boa resposta imunológica, marcadores bioquímicos adequados, equilíbrio hormonal e um estilo de vida que sustenta tudo isso”. Como ela mesma diz, vai muito além de um número na balança ou do IMC.
Na hora da consulta, o que muda?
A partir do exame genético feito com a saliva, o profissional especializado vai ler e interpretar os resultados procurando compreender como o nosso corpo, de maneira individual, vai metabolizar e se comportar diante de determinados nutrientes.
“Na área da saúde, ainda se trabalha muito com protocolos e estudos populacionais que não consideram a individualidade. A genômica vem justamente para mudar isso, permitindo que o cuidado seja pensado caso a caso, respeitando o que cada organismo realmente precisa”, destaca Larissa.
Apesar de ser um campo relativamente novo da nutrição, ele tem avançado a passos largos graças a necessidade de se trabalhar com essa personalização. “Esse é o nosso papel como profissionais da saúde: estudar, se atualizar e trazer a precisão para a prática clínica”.
A nutrigenética enquanto meio de qualidade de vida
Um de seus pacientes, Gabriel Calil, conta que ao se consultar com a Letícia, sentiu um atendimento mais humanizado e um entendimento melhor das suas necessidades e da disponibilidade para fazer as mudanças necessárias. “Sempre precisei de acompanhamento nutricional devido às minhas heranças genéticas, mas nunca consegui seguir por muito tempo”, conta Calil.
Através da análise dos exames, a nutrigeneticista pode indicar um protocolo específico para o paciente que contava com recomendações que iam do sono à alimentação. “Regular a qualidade do sono com a suplementação indicada, me deu muito mais disposição para o dia a dia. A partir daí, minha alimentação e suplementação foi se estabilizando em um patamar saudável e minha qualidade de vida aumentou significativamente”, complementa o paciente.
Segundo a profissional esse tipo de abordagem minimiza erros, otimiza tempo e permite uma personalização real de dieta, suplementação e estilo de vida. “Antes, eu precisava testar e observar se o paciente respondia. Hoje, eu sei de antemão qual caminho seguir”.
Genética para engordar, isso existe mesmo?
Letícia explica que sim, algumas genéticas favorecem o ganho de peso. Apesar disso, um dos outros ramos da nutrição associados à genética, a epigenética, explica muito bem que o determinante são os fatores ambientais: alimentação, atividade física, sono, estresse, estilo de vida.
Assim, a nutrigenética é para todos, mesmo que seja indicada mas preferencialmente para os pacientes que precisam de um grau maior de individualização como pessoas com sintomas persistentes, dificuldades metabólicas, sensibilidades alimentares, doenças crônicas, atletas, mulheres que desejam engravidar ou gestantes.
A profissional conta que seu sonho e propósito de trabalho é tornar o teste genético mais acessível. “Acredito profundamente na genômica nutricional e por isso atuo em várias frentes: consultório, palestras, produção científica e formação de profissionais. Criei inclusive um grupo de consultoria, justamente para capacitar profissionais da saúde a interpretar e aplicar exames genéticos na prática”.
Para além disso, ela também luta para que a genômica se torne uma disciplina-base nas universidades, já que como ela mesma diz: “tudo começa pela educação”.
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