Juliana Evangelista, da Isaac Padaria, enfrentou o imprevisto com paixão, disciplina e foco na qualidade. Aos poucos, construiu uma marca que é a sua cara
Por Miguel El Debs*
Tem gente que empreende por oportunidade, outros, por necessidade. Mas há um tipo raro de empreendedor que empreende por amor e se reinventa mesmo quando tudo ao redor parece sugerir o contrário. A Juliana Evangelista é uma dessas pessoas.
Ela começou sua jornada profissional em áreas bem diferentes: engenharia civil, agronegócio, gestão de desempenho… até que um dia, em 2017, decidiu mudar tudo. O gatilho? Um desejo antigo de fazer algo com mais paixão. O café foi a porta de entrada, enquanto o pão foi a paixão descoberta no caminho. “Sou viciada em café e comecei a estudar para ser barista. Mas me apaixonei mesmo foi pela panificação.”
O aprendizado foi intenso, prático, autodidata e virou um pequeno laboratório em uma cidade do Mato Grosso do Sul. O plano: testar o modelo de negócio antes de dar um passo maior. E foi justamente o que ela fez! Em 2019, durante a pandemia, mudou-se, então, para Ribeirão Preto, onde começaria tudo do zero. Literalmente.
Juliana, da ISAAC Padaria | Crédito: Divulgação
Quando o corpo diz não
Logo no início da nova fase, Juliana recebeu um diagnóstico que poderia ter mudado tudo: uma doença autoimune, com restrições físicas que colocavam em risco sua rotina na panificação, uma atividade exaustiva. Mas ela escolheu seguir.
Mudou a forma de trabalhar, adaptou seus horários, respeitou os limites do corpo sem abrir mão da entrega. “Tem dias difíceis, com certeza, mas minha determinação e propósito são maiores.”
De fornadas em casa a marca consolidada
Chegando a Ribeirão sem conhecer ninguém, Juliana começou fazendo fornadas em casa. Distribuiu amostras, ouviu o público, testou receitas. Aos poucos, o negócio cresceu: primeiro um espaço para retiradas, depois o ponto fixo da Isaac Padaria, que carrega no nome e no mascote o amor da família: o gato Isaac.
Todo o crescimento foi feito com pés no chão. “Fomos entendendo o que o público queria e o que podíamos oferecer, sempre respeitando nossa essência”.
Juliana tem foco obsessivo na qualidade dos produtos, mas também sabe que sem saúde financeira, nada se sustenta. “Desde o início cuidamos muito da parte financeira, porque é isso que garante tranquilidade para inovar e seguir.”
Aprender na marra e continuar
Como muitos empreendedores, Juliana aprendeu quase tudo na prática. E sentiu na pele as dificuldades de empreender no Brasil. “Achava que haveria mais apoio institucional, mas é um processo muito cansativo. Muitas vezes, a gente desiste de buscar ajuda porque não tem energia pra continuar”.
Apesar disso, ela foi em frente e aprendeu com os próprios erros: como a compra equivocada de equipamentos no início, que custaram produtividade e geraram estresse. Hoje, ela investe no que sabe que funciona, mesmo que custe mais.
Toda semana tem novidade na vitrine e nenhuma é moda passageira. “Inovamos dentro do nosso estilo. Não seguimos só tendência. Queremos criar uma experiência diferente”.
Miguel El Debs | Crédito: Érico Andrade
A história da Juliana me lembra que empreender é criar raízes em solo incerto; é se lançar no desconhecido, sentindo medo, mas com uma vontade enorme de fazer dar certo; é acreditar tanto no que se constrói, que até o mascote vira símbolo de propósito.
Se você conhece alguém cuja história empreendedora merece ser contada, escreva para contato@grupozumm.com.br
* Miguel El Debs, sócio do Grupo ZK, conselheiro estratégico de empresas de pequeno e médio porte e Head do LIDE Empreendedor | Ribeirão Preto
Entre fornadas e reviravoltas, nasceu uma marca com alma
Juliana Evangelista, da Isaac Padaria, enfrentou o imprevisto com paixão, disciplina e foco na qualidade. Aos poucos, construiu uma marca que é a sua cara
Por Miguel El Debs*
Tem gente que empreende por oportunidade, outros, por necessidade. Mas há um tipo raro de empreendedor que empreende por amor e se reinventa mesmo quando tudo ao redor parece sugerir o contrário. A Juliana Evangelista é uma dessas pessoas.
Ela começou sua jornada profissional em áreas bem diferentes: engenharia civil, agronegócio, gestão de desempenho… até que um dia, em 2017, decidiu mudar tudo. O gatilho? Um desejo antigo de fazer algo com mais paixão. O café foi a porta de entrada, enquanto o pão foi a paixão descoberta no caminho. “Sou viciada em café e comecei a estudar para ser barista. Mas me apaixonei mesmo foi pela panificação.”
O aprendizado foi intenso, prático, autodidata e virou um pequeno laboratório em uma cidade do Mato Grosso do Sul. O plano: testar o modelo de negócio antes de dar um passo maior. E foi justamente o que ela fez! Em 2019, durante a pandemia, mudou-se, então, para Ribeirão Preto, onde começaria tudo do zero. Literalmente.
Quando o corpo diz não
Logo no início da nova fase, Juliana recebeu um diagnóstico que poderia ter mudado tudo: uma doença autoimune, com restrições físicas que colocavam em risco sua rotina na panificação, uma atividade exaustiva. Mas ela escolheu seguir.
Mudou a forma de trabalhar, adaptou seus horários, respeitou os limites do corpo sem abrir mão da entrega. “Tem dias difíceis, com certeza, mas minha determinação e propósito são maiores.”
De fornadas em casa a marca consolidada
Chegando a Ribeirão sem conhecer ninguém, Juliana começou fazendo fornadas em casa. Distribuiu amostras, ouviu o público, testou receitas. Aos poucos, o negócio cresceu: primeiro um espaço para retiradas, depois o ponto fixo da Isaac Padaria, que carrega no nome e no mascote o amor da família: o gato Isaac.
Todo o crescimento foi feito com pés no chão. “Fomos entendendo o que o público queria e o que podíamos oferecer, sempre respeitando nossa essência”.
Juliana tem foco obsessivo na qualidade dos produtos, mas também sabe que sem saúde financeira, nada se sustenta. “Desde o início cuidamos muito da parte financeira, porque é isso que garante tranquilidade para inovar e seguir.”
Aprender na marra e continuar
Como muitos empreendedores, Juliana aprendeu quase tudo na prática. E sentiu na pele as dificuldades de empreender no Brasil. “Achava que haveria mais apoio institucional, mas é um processo muito cansativo. Muitas vezes, a gente desiste de buscar ajuda porque não tem energia pra continuar”.
Apesar disso, ela foi em frente e aprendeu com os próprios erros: como a compra equivocada de equipamentos no início, que custaram produtividade e geraram estresse. Hoje, ela investe no que sabe que funciona, mesmo que custe mais.
Toda semana tem novidade na vitrine e nenhuma é moda passageira. “Inovamos dentro do nosso estilo. Não seguimos só tendência. Queremos criar uma experiência diferente”.
A história da Juliana me lembra que empreender é criar raízes em solo incerto; é se lançar no desconhecido, sentindo medo, mas com uma vontade enorme de fazer dar certo; é acreditar tanto no que se constrói, que até o mascote vira símbolo de propósito.
Se você conhece alguém cuja história empreendedora merece ser contada, escreva para contato@grupozumm.com.br
* Miguel El Debs, sócio do Grupo ZK, conselheiro estratégico de empresas de pequeno e médio porte e Head do LIDE Empreendedor | Ribeirão Preto
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